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20 mil contratados em 2023: alunos valorizam educação profissional na rede estadual

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Fazer um curso curso técnico ou profissionalizante aumenta as chances de ingresso no mercado de trabalho enquanto o aluno ainda estuda. Foi o que aconteceu com 20 mil estudantes da rede estadual de ensino do Paraná somente em 2023. Por isso, neste 23 de setembro, Dia Nacional da Educação Profissional e Tecnológica, a Secretaria Estadual da Educação (Seed-PR) apresenta algumas histórias de quem escolheu essa  modalidade de ensino e já colhe os bons frutos no mercado de trabalho. 

Neste ano, 32% dos estudantes que ingressaram no Ensino Médio escolheram a modalidade. No País, são 11%. “A perspectiva é que a gente alcance 41% dos estudantes em 2025”, adianta Daiane Fraile, que chefia o Departamento da Educação Profissional na Seed. 

No fator empregabilidade, houve um crescimento considerável de oportunidades de primeiro emprego também em 2024. “Depois dos 20 mil contratos no ano passado, a perspectiva é atingir mais de 30 mil este ano. Já estamos com 22 mil em andamento, a partir da parceria com o setor produtivo e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, o Senai-PR,  de acordo com a demanda de cada região”, complementa Fraile. 

Gabriela Valaski Gonzalez, de 17 anos, cursa hoje a 3ª série do curso técnico de Administração de Empresas integrado ao Ensino Médio do Colégio Estadual São Cristóvão, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Trabalhando desde o ano passado como estagiária administrativa na Secretaria Municipal de Finanças, a jovem não tem dúvidas de que foi contratada em razão do curso. “Como a vaga era na área em que estou estudando, os recrutadores gostaram do meu currículo. Senti que a oportunidade foi mais fácil e rápida”, diz.  

Almejando voos ainda mais altos, Gabriela pretende especializar-se na área de moda e garante que o aprendizado no segmento administrativo será útil no futuro. “Pretendo cursar Design de Moda e já terei uma boa base de Administração, que aprendi no Ensino Médio e esse conhecimento vai contribuir, não só profissionalmente, mas também na minha gestão pessoal de finanças e até no meu tempo”,  defende.

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“Outra vantagem em estar inserido nessa modalidade de ensino é ganhar o próprio dinheiro para investir em outros cursos, comprar o que precisa ou até ajudar os pais no orçamento de casa”, finaliza. 

Foi assim também com Natanieli Machado da Cruz, de 15 anos, do curso de Marketing do Colégio Cívico-Militar Lamenha Lins, na capital. Ela optou pela modalidade “quase sem querer”, e nem imaginava que ficaria tão encantada pela área. “Eu precisava estudar de manhã e era o único curso que tinha no horário. Então, fui apenas para ‘cumprir tabela’. Só que, desde que entrei no colégio, me deslumbrei, busquei trabalho e com o meu salário fui fazendo vários cursos paralelos para complementar”, conta. “Minha geração tem uma oportunidade muito grande e basta agarrar”, acrescenta a jovem que, em 2023, conseguiu oportunidade numa empresa de serigrafia.

DESTAQUE– Entre os destaques dos avanços implantados pela Secretaria da Educação do Paraná, a Educação Profissional figura absoluta. São 44 cursos Técnicos/Profissionalizantes na rede estadual e outros 34 Técnicos integrados ao Ensino Médio espalhados por todo o Estado. 

Quando foi contratada no colégio particular no qual trabalha desde o início do ano, Mariana Marques Flores, que também estuda Marketing no CCM Lamenha Lins, estava em outra área. Entretanto, ao saberem que ela já tinha noções de comunicação, foi logo alçada para o setor. “Tenho ajudado a fazer vídeos para as redes sociais, atuo nas campanhas, estou inserida em diversos projetos que desenvolvem minha criatividade e agregam muito para mim.  Vou levar para a vida”, afirma

Mariana enxerga o curso profissional como uma oportunidade, tanto para a entrada no mercado de trabalho, como para a escolha da profissão. “Já tenho certeza da minha escolha de ensino  superior, que será a área de comunicação. Cinema, Jornalismo, Publicidade. Estou estudando todas as possibilidades”, indica. 

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Em 2024, a Educação profissional/Técnica na rede estadual do Paraná está presente em  708 escolas, totalizando 114 mil matrículas, em 259 municípios. São 11 eixos tecnológicos que abrangem, entre outros, cursos técnicos em Administração; Agronegócio; Desenvolvimento de Sistemas; Enfermagem; Farmácia; Marketing; Planejamento e Controle de Produção.

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A expansão de oferta está focada em cursos técnicos integrados ao Ensino Médio. Em 2018, foram realizadas 15.166 matrículas. Em 2024, houve 42.863, uma alta de mais de 128%. “Tal crescimento se deve tanto à reconfiguração do Ensino Médio quanto à própria demanda mercado de trabalho que vem exigindo do profissional a incorporação de habilidades técnicas específicas, necessárias para desempenhar determinadas funções”, destaca o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

“A educação profissional não apenas proporciona emprego imediato aos estudantes, elevando sua renda, mas também abre caminho para a verticalização, permitindo a transição para uma graduação na área. É por isso que o Governo do Estado vem investindo de forma tão importante nessa modalidade,  expandindo o número de vagas e a oferta de cursos”, completa Miranda.

ENSINO QUE TRANSFORMA –  Quase 30% dos estudantes que optam  pelos cursos técnicos no Paraná ingressam no mercado de trabalho por intermédio dos programas de estágio remunerado, entre eles, o Jovem  Aprendiz. 

Foi o que aconteceu com o hoje consultor Jan Paulo Vicari Natel, que foi aluno do curso técnico em Administração no período de 2006 e 2010. “Com 16 anos, eu já fazia estágio no setor de documentação do Hospital do Trabalhador. De lá pra cá, nunca mais parei de trabalhar. O ensino técnico foi a porta de entrada para que eu encontrasse uma oportunidade e também para que eu pudesse me manter empregado e capacitado para os desafios iniciais da vida profissional”, conta. 

SOBRE A DATA – O Dia Nacional dos Profissionais de Nível Técnico foi estabelecido pela Lei 11.940 de 2009. A escolha da data é uma referência à assinatura do decreto de criação de 19 escolas de Aprendizes Artífices, em 1909, pelo então presidente Nilo Peçanha. 

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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