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Goiás proíbe o cultivo de feijão para combater a mosca-branca

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O Estado de Goiás proibiu desde esta sexta-feira 20.09) o cultivo e a presença de plantas voluntárias do feijoeiro comum. A medida, que se estenderá até 20 de outubro, é uma iniciativa da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) para reduzir a incidência da mosca-branca, vetor do vírus do Mosaico Dourado do Feijoeiro, uma doença que pode causar sérios danos à cultura.

A Agrodefesa, responsável pela fiscalização, publicou em junho uma Instrução Normativa que instituiu o Programa Estadual de Prevenção e Controle de Pragas para a Cultura do Feijoeiro Comum. O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destacou a importância econômica do feijoeiro para o estado e a necessidade de medidas integradas de manejo de pragas para proteger a produção.

O vazio sanitário também inclui exceções para alguns municípios, como Anhanguera, Campo Alegre de Goiás, Catalão, Corumbaíba, Cumari, Davinópolis, Goiandira, Ipameri, Nova Aurora, Ouvidor, Três Ranchos e Urutaí. Nesses locais, o vazio sanitário começa em 20 de setembro, mas a semeadura poderá ser iniciada a partir de 6 de outubro, devido a um calendário de plantio anterior que não pôde ser ajustado a tempo.

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Mário Sérgio de Oliveira, coordenador dos Programas de Grandes Culturas da Agrodefesa, explicou que a decisão de permitir um período de transição até a safra de 2025 visa evitar prejuízos aos produtores que não tiveram tempo hábil para reprogramar suas atividades. Em casos específicos, a Agrodefesa poderá autorizar a semeadura e a manutenção de plantas vivas de feijão fora do calendário estabelecido, mediante solicitação prévia e assinatura de um Termo de Compromisso e Responsabilidade.

A gerente de Sanidade Vegetal, Daniela Rézio, esclareceu que essas exceções são permitidas para cultivos destinados à pesquisa científica, produção de sementes genéticas e outras situações justificadas por dados técnico-científicos, como alterações climáticas desfavoráveis. A medida busca equilibrar a proteção fitossanitária com as necessidades dos produtores, garantindo a sustentabilidade da cultura do feijoeiro em Goiás.

Fonte: Pensar Agro

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Algodão volta a crescer no Paraná e reforça liderança do Brasil no mercado mundial

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Depois de anos praticamente fora do mapa da cotonicultura, o Paraná está voltando a produzir algodão em pluma e reacendendo um ciclo que já foi símbolo de força agrícola no Estado. Quem se lembra das décadas de 1980 e 1990 sabe: o Paraná já foi o líder nacional na produção da fibra. Mas com o passar do tempo, a infestação do bicudo-do-algodoeiro, o avanço da soja e dificuldades econômicas acabaram derrubando a cultura.

Agora, o cenário é de esperança e retomada. A Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) lançou um projeto para incentivar o plantio de algodão e recuperar a importância da pluma na região. Para a safra 2024/25, a área plantada no Estado deve chegar a 1,8 mil hectares, segundo estimativas da Conab. Pode parecer pouco, mas o plano é ambicioso: a meta da Acopar é atingir 60 mil hectares nos próximos anos.

Entre os fatores que tornam essa retomada promissora está o menor custo de produção no Paraná, quando comparado a outras regiões produtoras. O clima mais ameno em certas áreas, o uso mais eficiente de insumos e a proximidade com portos e centros industriais ajudam a melhorar a competitividade da pluma paranaense.

Outro ponto a favor é o avanço tecnológico. Com sementes mais resistentes, maquinário moderno e práticas de manejo mais sustentáveis, os produtores têm hoje condições muito melhores do que nas décadas passadas para lidar com pragas como o bicudo e obter bons rendimentos.

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Brasil na liderança mundial – O momento não poderia ser mais favorável. O Brasil é, desde 2024, o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. O setor cresceu nos últimos anos com base em três pilares: tecnologia, qualidade e rentabilidade. A produção brasileira de pluma aumentou pelo terceiro ano seguido em 2023 e segue firme em 2024.

Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,9 milhão de hectares de algodão, com uma produção estimada em 3,7 milhões de toneladas de pluma. A produtividade média ficou em 1,8 tonelada por hectare, e o principal destino da exportação foi a China, um mercado exigente que reconhece a qualidade da fibra brasileira.

Os principais estados produtores continuam sendo Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul, mas o avanço do Paraná mostra que o mapa do algodão pode voltar a se expandir.

Um pouco da história – O ciclo do algodão no Brasil começou no século 18, especialmente no Nordeste. Durante os séculos XVIII e XIX, o país chegou a ser um dos maiores fornecedores do mundo. Mas nas décadas de 1980 e 1990, a cultura foi gravemente afetada pelo bicudo-do-algodoeiro, uma praga devastadora que levou muitos produtores a abandonarem o cultivo.

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Com o tempo, o setor se reorganizou, investiu pesado em pesquisa, controle biológico e práticas sustentáveis, e reconquistou espaço no mercado internacional.

A iniciativa da Acopar é vista com entusiasmo por técnicos, agrônomos e produtores. A retomada do algodão no Paraná representa não só diversificação da produção agrícola, mas também mais opções de renda para o campo, geração de empregos e incremento para a indústria têxtil regional.

Além disso, a cotonicultura permite o uso racional da área agrícola, com sistemas de rotação de culturas que ajudam a preservar o solo e controlar pragas de forma natural.

Para o produtor rural, o momento é de olhar com atenção para o algodão. Com planejamento, tecnologia e apoio técnico, a pluma pode voltar a brilhar nas lavouras do Paraná — e com ela, toda uma cadeia produtiva pode se fortalecer.

Fonte: Pensar Agro

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