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MUPA inaugura exposição “Vênus como mirada”, de Val Souza, neste domingo

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No domingo, dia 22 de setembro, a partir das 10h, o Museu Paranaense (MUPA) inaugura a exposição “Vênus como mirada”, da artista Val Souza. Já na terça-feira (24), às 19h, a artista conversa com a jornalista e professora Fabiana Moraes. A entrada para a mostra é gratuita, com classificação indicativa para maiores de 12 anos.

Val Souza foi uma das contempladas no IV Edital de Ocupação do Espaço Vitrine do MUPA, programa que tem como objetivo selecionar propostas interdisciplinares de exposição em diálogo com as disciplinas científicas da instituição. O trabalho parte da pesquisa da artista com autorrepresentação fotográfica para refletir sobre o imaginário social do corpo da mulher negra no Brasil, colocando em tensão noções de beleza, amor, erotismo e sensualidade.

“Estou muito feliz pois é minha primeira vez em Curitiba expondo”, afirma Val. “É interessante pra mim pensar de que outras formas o imaginário negro pode ocupar essa cidade [Curitiba]. Uma cidade que muitas vezes as pessoas acreditam que não é negra. O Brasil é negro”.

A partir de uma série de impressões lenticulares, a artista sobrepõe autorretratos com imagens de mulheres negras do século XIX, criando camadas de conexão histórica que questionam o olhar colonial.

“Nesse movimento de interseção entre imagens, corpos e tempos, Val Souza transfere a essas mulheres do século XIX, ao mesmo instante que recebe delas, suas dimensões de beleza, amor e afetividade. Se fazem simultânea e alternadamente signo e símbolo uma da outra. A partir do que, todas elas se tornam Vênus”, escreve Guilherme Cunha, que assina o texto crítico para a exposição.

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MESA DE CONVERSA – No dia 24, terça-feira, às 19h, ocorre a mesa de conversa “Desfazer a trama”. Com entrada gratuita, Val Souza e a jornalista e professora Fabiana Moraes conversam sobre regimes históricos de visibilidade do corpo negro e como, em seu trabalho, a artista o contrapõe ao se apropriar de imagens históricas.

Como pensar o corpo preto e periférico que ama a si e (re)inaugura toda uma ordem de visibilidade? Uma visibilidade que não pede licença, um ato político que é não procurar ser a Vênus, mas atualizá-la, ocupá-la? Quem é a Vênus, afinal? São algumas das questões mobilizadas para o encontro.

ARTISTA – Val Souza nasceu em São Paulo. Com a prática da performance, ações propositivas, fotografias, vídeos, objetos e instalações, aborda símbolos e discursos que fundamentam o imaginário social brasileiro, contrapondo-o a práticas de retomada, abundância, autonomia e alegria.

Trabalha a circulação de subjetividades por meio da contínua autoexposição de seu corpo, da produção de imagens de si e o uso de mitologia e iconografias. A artista se vale dos instrumentos da filosofia, mitologia e da crítica cultural para elaborar outras narrativas, conexões e leituras com base em pesquisas iconográficas sobre a representação histórica de mulheres negras.

Mestra em Dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e formada em pedagogia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, participou de mostras e festivais em cidades do Brasil e em outros países, como Angola, França e Alemanha. Recebeu, entre outras premiações, a Bolsa de Fotografia ZUM do Instituto Moreira Salles (ZUM IMS 2020); prêmio “Life Before Colonialism”, organizado por PLACE for Africa; MeineWelt e.V. e Goethe-Institut em Mannheim (2022); Photo Prix da Aliança Francesa (2023); foi selecionada para o programa “Nova Fotografia” do Museu da Imagem e do Som (MIS-SP), em 2023; também recebeu o prêmio Leda Maria Martins na categoria ancestralidade; em 2024, sua obra “Vênus” integrou a publicação da Foam Magazine #65 Talent; participou da 2ª edição do programa “Contra-Flecha” da galeria Almeida & Dale, indicada ao Prêmio PIPA 2024. Atualmente é artista residente da Bolsa Pampulha.

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Fabiana Moraes é professora do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Jornalista com mestrado em Comunicação e doutorado em Sociologia, ambos pela UFPE. Pesquisa mídia, imprensa, poder, raça, hierarquização social, imagem e arte. Lançou cinco livros: Os Sertões (Cepe, 2010); Nabuco em Pretos e Brancos (Massangana, 2012); No País do Racismo Institucional (Ministério Público de Pernambuco, 2013); O Nascimento de Joicy (Arquipélago Editorial, 2015); Jomard Muniz de Britto – professor em transe (Cepe, 2017); A pauta é uma arma de combate (2022) e Ter medo de quê? Textos sobre luta e lantejoula (Arquipélago, 2024). É vencedora dos prêmios Esso, Petrobras de Jornalismo, Embratel e Cristina Tavares.

Serviço:

Inauguração da exposição

Data: domingo, 22 de setembro de 2024

Horário: A partir das 10h

Local: Museu Paranaense (MUPA) – R. Kellers, 289 – São Francisco, Curitiba

Classificação: maiores de 12 anos

Entrada Gratuita

Fonte: Governo PR

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Governo reúne 17 expositores para apresentar o turismo paranaense na ExpoLondrina

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O turismo paranaense está sendo promovido pelo Governo do Estado durante a 63° Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina), uma das principais feiras agropecuárias do País. A Secretaria do Turismo (Setu-PR) está divulgando do segmento durante a feira, que segue até o próximo dia 13.

A pasta reuniu 17 expositores de artesanato e gastronomia de onze municípios paranaenses dentro do espaço Expo Sabores. E no pavilhão Expo Negócios e Varejo, estão dez expositores de hotéis, resorts, estâncias, agências turísticas e demais serviços do setor.

“Essa é uma grande feira, tanto em retorno financeiro aos expositores quanto de viabilidade ao Paraná. Por isso a importância de trazermos o turismo estadual para cá, junto de quem conduz o setor, que são as empresas, trabalhadores e prestadores de serviços turísticos”, disse Leonaldo Paranhos, secretário estadual do Turismo.

Organizada pela Sociedade Rural de Londrina, a exposição ocupa mais de 200 mil metros quadrados, com aproximadamente 300 expositores e deve atrair um público estimado em 500 mil visitantes. Ela é uma plataforma estratégica para empresas que desejam se expandir no mercado, fortalecer sua marca e criar novas conexões com clientes e parceiros comerciais.

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“A ExpoLondrina é importante também ao turismo, atraindo visitantes de todo o Brasil e mundo, além de investimentos que consolidam Londrina como destino em destaque. Os hotéis estão lotados, os restaurantes cheios e toda a cadeia econômica da cidade está em movimento na cidade”, explicou Herica Galli, diretora de Turismo do município.

OPORTUNIDADE – Em 2024, a ExpoLondrina recebeu mais de 470 mil visitantes e movimentou cerca de R$ 1,26 bilhão em negócios, além de gerar aproximadamente 9 mil empregos diretos e indiretos. Uma boa oportunidade aos expositores da feira.

“Agradeço muito ao Governo do Estado e à Secretaria do Turismo pela oportunidade de estar mostrando o meu trabalho e conhecer novos clientes”, disse a expositora Elisa Gerais Greca, da empresa Ofício.

Rosangela Silva, também agradeceu ao Estado pela oportunidade. “Faço parte do projeto Caminhos do Limoeiro, que fomenta o turismo rural em Londrina, vendendo as minhas geleias artesanais. Eu agradeço a oportunidade de estar aqui com a Secretaria do Turismo, que tem feito com que o setor estadual expanda cada vez mais”, ressaltou.

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IMPACTO POSITIVO – A ExpoLondrina tem um impacto direto na região, impulsionando o comercio, a industria hoteleira, restaurantes e serviços, além da geração de empregos, fixos e temporários.

“Esse é um dos grandes eventos do setor da América Latina, por isso o fomento ao turismo é importante, porque a feira movimenta o comércios, hotéis e gira a nossa economia. Hoje nós percebemos que além de toda a questão do agronegócio, que é a base do evento, o turismo também tem espaço como mercado. Agradeço ao Governo do Estado pelo apoio à programação”, afirmou Fernando Teixeira, presidente do Londrina Convention & Bureau.

Fonte: Governo PR

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