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6ª Corrida do Fogo leva mais de duas mil pessoas às ruas de Curitiba

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O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) realizou na manhã deste domingo (8) a 6ª edição da Corrida do Fogo, que desde o ano passado faz parte do calendário oficial das corridas de rua de Curitiba. A edição de 2024 retomou o trajeto original da prova, com largada e chegada no quartel do Comando-Geral, no Centro da capital paranaense. A disputa, nas distâncias de 5 km e 10 km, envolveu mais de 2 mil inscritos, em duas categorias (militar e comunidade). É o maior número de participantes desde que a competição foi criada.

Para o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, coronel Manoel Vasco de Figueiredo Junior, a atividade foi um sucesso, coroada por um domingo ensolarado. “A avaliação é positiva. Tivemos aqui não só os nossos bombeiros, mas também as outras forças de segurança e, o mais importante, os paranaenses participando desse grande evento que já faz parte da história da Corporação”, afirmou, destacando a importância da relação com a sociedade.

“Essa aproximação é o principal motivo de estarmos aqui junto com a população, ter eles dentro do quartel dos bombeiros, entendendo que aqui também é a casa deles. Temos um imenso prazer em receber cada um dessas pessoas que hoje estão chegando aqui cansados, mas bastante motivados com essa corrida maravilhosa”, complementou.

A prova, promovida pelo Centro de Educação Física e Desporto do CBMPR (Cefid-CBMPR), tem ainda uma preocupação com o bem-estar. 

“É importante ter uma corrida de rua que leve a marca do Corpo de Bombeiros, que simbolize aqueles valores que a nossa Instituição tenta trazer: de qualidade de vida, de fomento de incentivo ao desporto; e todas as práticas sociais que são relacionadas a esse evento”, comentou o major Giovanni Raphael Ferreira, que participou da organização da prova.

VENCEDORES –  O primeiro a atravessar a linha de chegada foi Patrick Gularte Vieira, 27 anos, com o tempo de 16`11”. Especialista em corridas, ele é treinador profissional e atleta. Tem no currículo vitórias na meia-maratona de Curitiba em 2022 e 2023. A Corrida do Fogo faz parte de um processo de recuperação de lesão que o deixou afastado das disputas. “Venho numa crescente. Estive lesionado de novembro do ano passado até praticamente três meses atrás, com lesão na panturrilha, então eu voltei a treinar, voltei a me recondicionar, e agora eu estou em fase de preparação para provas maiores”, comentou ele, que considerou o evento deste domingo “impecável e muito bem sinalizado”.

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“Toda prova é um trabalho mental, tem que estar bem preparado mental e fisicamente. Saí um pouco atrás porque não consegui ficar perto do pórtico. O início foi muito difícil, tinha muita subida, mas, depois da metade, assumi a liderança?, disse ele, que disputou a Corrida do Fogo pela primeira vez. Curti bastante”, finalizou, antes de comemorar o triunfo nos 5 km.

No feminino, a primeira a vencer o trajeto foi a soldado Bruna Pereira da Silva, de 30 anos, que fechou o percurso em 21’38”. Integrante do 7º Grupamento de Bombeiros, de Colombo, ela treina corrida há dois anos. Atualmente, a rotina é de quatro treinos por semana, intercalando com a atividade no quartel e aproveitando os dias de folga.

“Foi emocionante. É a primeira vez que faço esse percurso e isso é sempre um desafio. Tem também aquela adrenalina, aquela vontade de fazer uma boa prova. Nunca é fácil, mas dentro do que meu corpo podia entregar hoje, deu tudo certo, saiu dentro do que eu tinha planejado”, celebrou.

Ela admitiu que, como bombeira, é uma sensação especial poder vencer um evento da Corporação. Lembrou, porém, que o grande objetivo não é o pódio. “Sempre dá para melhorar. Vamos procurar evoluir a performance nas próximas provas, mas o mais importante é nos manter ativos, engajar essa prova tão legal, que representa a nossa Instituição. Tempo e pódio são consequências. O que conta é a vontade de estar aqui, de promover a atividade física e o esporte. É o que mais vale”, finalizou

Já no trajeto mais longo, de 10 km, os vencedores geral foram Francisco Luiz Viana Neto, no masculino (34’06”); e Marjorie Sandy Canile de Cristo, no feminino (42’24”).

INCLUSÃO – A Corrida do Fogo também proporcionou, pelo segundo ano seguido, a participação de Pessoas com Deficiência (PCDs). Esse projeto de inclusão mobilizou 10 cadetes do CBMPR. Trajados com equipamentos de proteção individual (EPIs) de com EPIs de combate a incêndio florestal, quatro cadetes completaram a prova auxiliando deficientes visuais a cruzarem a linha de chegada. Esse grupo contou ainda com o apoio de seis cadetes com EPIs de combate a incêndio urbano, que inclui cilindros de ar nas costas, totalizando cerca de 20 kg só de equipamentos.

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Um dos guias foi o cadete Gustavo Sabatoski, de 24 anos, que disse não ter como descrever a sensação dessa experiência, ao lado do deficiente visual Samuel Vitorino de Olveira, de 53 anos. “Faltando 400 metros, começamos a comemorar. Conforme o Samuel vai escutando o som da chegada, vai motivando, dando aquela alegria. A gente ficou arrepiado, foi muito emocionante”, comentou.

“Achei excelente. O guia veio explicando todos os detalhes, foi uma corrida maravilhosa. Corremos juntos pela primeira vez, mas parecia que nos conhecíamos há muito tempo”, falou Samuel, que tem no currículo 15 participações em eventos como este. E resumiu a sensação deste domingo. “A última prova é sempre a melhor”, contou, rindo. Eles completaram o percurso em 28’01”.

A prova no quartel do Comando-Geral teve ainda uma versão kids, para crianças de 3 a 13 anos, que enfrentaram distâncias bem reduzidas – entre 50 m e 500 m -, adaptadas às respectivas idades.

Premiação – Tanto para os pequenos quanto para os adultos, todos os competidores que concluíram a prova receberam medalhas especiais de participação. Além disso, foram entregues troféus para os cinco melhores no geral dos 5 km e 10 km, nas categorias militar e comunidade. Também levaram troféus para casa os três primeiros colocados em cada uma das dez divisões de faixas etárias em disputa nos 5 km e nos 10 km.

Os resultados deste domingo podem ser consultados no site da Assessocor.

A primeira edição da Corrida do Fogo foi organizada em 2016, sendo disputada anualmente até 2019. Durante os anos da pandemia de Covid-19 (2020, 2021 e 2022), o evento foi suspenso, tendo sido retomado em 2023, quando ocorreu a única edição noturna da prova. Presente no calendário das corridas de rua de Curitiba, as próximas edições da Corrida do Fogo já têm data estipulada. Em 2025, será no dia 1º de novembro; em 2026, a prova está marcada para 9 de novembro.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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