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População idosa vai superar jovens com menos de 15 anos em 2027 no Paraná

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Até 2027, o número pessoas com mais de 60 anos de idade residindo no Paraná deve superar a proporção daquelas com menos de 15 anos. A informação consta nas mais recentes projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feitas a partir de dados do Censo 2022 e analisadas pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

Chamado de Índice de Envelhecimento , o indicador reflete a relação entre a população oficialmente classificada pelo IBGE como idosa (pessoas com 60 anos ou mais) e a população jovem (pessoas com menos de 15 anos). O cálculo é feito a partir da divisão do primeiro grupo etário pelo segundo, multiplicado por 100.

Na prática, quando o índice supera o valor de 100, significa que há mais idosos do que jovens entre a população geral. No Paraná, isso ocorrerá pela primeira vez em 2027, quando o Índice de Envelhecimento chegará a 100,1 – atualmente, ele está em 87,6. No Brasil, a inversão na proporção entre jovens e idosos deve acontecer dois anos depois, passando dos atuais 81,3 para 102,2 em 2029.

O cenário traçado pelo IBGE aponta que esta é uma tendência que deve se acentuar ao longo das próximas décadas. Em 2046, o Índice de Envelhecimento projetado para o Paraná passará de 200, momento em que o número de idosos será o dobro dos jovens. Outra marca emblemática deve acontecer em 2069, quando haverá três pessoas com mais de 60 anos para cada um com menos de 15 residindo no Estado.

Além da presença de mais pessoas na faixa da terceira idade, elas também viverão por mais tempo. A expectativa de vida para um paranaense nascido em 2000 era de 72,2 anos, passando para 76,8 anos em 2024 e devendo chegar a 83,9 para os nascidos em 2070, segundo as atuais projeções. Os números evidenciam a melhoria das condições de vida da população e a boa estrutura de atendimento na área de saúde no Paraná.

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No mesmo estudo, as projeções apontam que o Paraná tem a terceira menor taxa de mortalidade infantil do Brasil e que deverá ultrapassar 12 milhões de habitantes até 2027.

POLÍTICAS PÚBLICAS – O aumento constante no número de idosos demanda uma atenção cada vez maior do poder público. No Paraná, o Governo do Estado se antecipou a essa necessidade e passou a fortalecer programas e políticas públicas voltadas a esta parcela crescente da população a partir de 2019, em parceria com os municípios.

Entre as iniciativas, um dos destaques está na área de habitação, com a criação do programa Viver Mais Paraná, que consiste na construção de condomínios residenciais exclusivos para idosos, onde os moradores também recebem atendimentos de saúde e assistência social. Até 2026, deverão estar em funcionamento 35 condomínios, somando 1.400 casas e R$ 244 milhões investidos pelo Governo do Estado.

Outra iniciativa de destaque é a Cidade do Idoso, cujo projeto-piloto foi implantado em Irati, que reúne uma série de serviços gratuitos para a terceira idade. No local, os idosos podem praticar atividades físicas, de integração social e cultural, receber atendimentos médicos especializados, participar de aulas de informática, letramento, dança e música, além de ter acesso a uma cozinha comunitária.

Desde 2023, estes e outros programas e ações coordenados por diversos órgãos estaduais passaram a ser acompanhados também pela recém-criada Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi). Uma das responsabilidades da pasta, desde então, é a articulação conjunta com os municípios para a criação de uma rede de proteção à população com mais de 60 anos.

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A pasta estadual também tem contato direto com os Conselhos Municipais da Pessoa Idosa, presentes nas 399 cidades paranaenses, e tem ajudado as prefeituras na organização de conselhos municipais e na viabilização de repasses financeiros para os fundos municipais sobre o tema.

Para a secretária da Mulher, Igualdade Racial e Cidadania, Leandre Dal Ponte, a atualização das projeções populacionais pelo IBGE confirmam a importância de priorizar políticas públicas voltadas à pessoa idosa. “O Governo do Estado tem se preparado para essa mudança para que a população tenha uma condição de envelhecimento saudável, ativo, com autonomia e qualidade de vida”, afirmou.

AMIGAS DOS IDOSOS – Com a ajuda da Semipi, 35 municípios paranaenses já foram certificados como Cidades Amigas da Pessoa Idosa. Trata-se de um reconhecimento concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) a cidades que adaptaram seus serviços e estruturas físicas para serem mais inclusivas e receptivas aos mais velhos.

Atualmente, 75% das cidades brasileiras certificadas pelas organizações internacionais são do Paraná. “O Estado concentra a maioria dos municípios classificados pela Opas e a OMS como cidades amigas da pessoa idosa, o que nos coloca como um dos melhores locais para se viver mais e melhor”, comentou Leandre.

Fonte: Governo PR

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Paraná pode ter maior área de cevada da história e aumentar liderança nacional de produção

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A cultura da cevada, que está em início de plantio, volta a ganhar espaço no Paraná com previsão de se ter a maior área já semeada no Estado. Maior produtor desse cereal de inverno, o Paraná pode ter 94,6 mil hectares plantados e uma produção 40% superior à registrada no ano passado, chegando a 413,8 mil toneladas.

Esse é um dos assuntos detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 11 a 16 de abril. O documento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), também fala sobre as consequências climáticas em outras culturas e analisa o desempenho paranaense em proteínas animais.

Em 2024 o Paraná colheu 296,1 mil toneladas de cevada em 80,5 mil hectares. O aumento de 18% de áreas paranaenses a receber a cultura na safra que se inicia é reflexo principalmente do retorno de intenção de plantio na região de Guarapuava. A previsão é que sejam semeados 36,9 mil hectares, ou 25% superior aos 29,6 mil hectares colhidos ano passado.

Mesmo com esse aumento em Guarapuava, a região dos Campos Gerais ainda tem previsão de ter maior área plantada, com 38 mil hectares. “O ganho acontece especialmente na região de Guarapuava em função do ânimo com as melhores cotações e os resultados satisfatórios a campo experimentados no Centro-Sul paranaense em 2024”, afirmou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral.

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As maltarias instaladas no Paraná precisam de malte, o que levou a recorde na compra. No primeiro trimestre foram adquiridas cerca de 200 mil toneladas para manter o Paraná como maior produtor de malte brasileiro. “A confirmação de uma produção maior e de boa qualidade é essencial para a diminuição da necessidade de importação de cevada”, disse Godinho.

SOJA E MILHO – O boletim fala ainda sobre perda de 5,3% no campo na primeira safra de soja. A região Sul até apresentou ganho de produtividade de 4,7%, no entanto as demais regiões, sobretudo o Noroeste, foram bastante impactadas pela estiagem e por ondas de calor atípicas.

As lavouras de milho estão com bom desempenho, principalmente nas regiões Sul e Sudoeste, que concentram a maior parte da área plantada. Mas, da mesma forma que na soja, as demais regiões sentem os efeitos de chuvas escassas e calor intenso.

PECUÁRIA – No setor pecuário, o documento do Deral salienta que as exportações de bovinos pelo Brasil geraram US$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Em média, cada quilo de carne enviado ao Exterior custou US$ 4,78. No mesmo período de 2024 custava US$ 4,40.

No atacado, o traseiro e o dianteiro bovinos seguem com o preço em alta. Em média, são comercializados no Paraná por R$ 25,01 e R$ 18,54, respectivamente.

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SUINOS – O Paraná manteve, pelo quarto ano seguido, a liderança na produção de carne suína em frigoríficos sob inspeção estadual, que permite comercialização exclusiva no mercado interno. O Estado produziu 155,9 mil toneladas, respondendo por 20% da produção nacional nesse regime de inspeção.

Quanto ao número de animais abatidos em estabelecimentos com inspeção estadual, o Paraná é o terceiro, com 1,66 milhão de suínos. Por terem maior peso médio eles produzem mais quilos de carne. Quando se leva em conta a produção nas três instâncias de inspeção – federal, estadual e municipal – o Estado é o segundo colocado, com 12,4 milhões de suínos abatidos e produção de 1,14 milhão de toneladas de carne.

FRANGO – O Agrostat/Mapa, ferramenta que monitora o comércio exterior no segmento agropecuário, mostra que o Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas de frango no primeiro trimestre de 2025, com faturamento de US$ 2,534 bilhões. No mesmo período do ano passado tinham sido 1,1 milhão de toneladas a US$ 2,101 bilhões.

O Paraná foi responsável por 559.108 toneladas no primeiro trimestre deste ano, volume 12,3% superior às 497.727 toneladas de 2024. Em receita, entraram no Estado US$ 1,041 bilhão, aumento de 12,7% sobre os US$ 847 milhões do ano anterior.

Fonte: Governo PR

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