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Aluno surdo vai defender tese de doutorado sobre o ensino de Libras na UEM

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Vinicius Hidalgo Pedroni, estudante de doutorado em Educação da Universidade Estadual de Maringá (UEM), vai defender, no dia 16 de agosto, a tese “Ensino de Libras nas Universidades Públicas: uma análise da formação inicial de professores em letras”. A apresentação deverá ocorrer na sala 206, Bloco I-12, de forma híbrida.

Pedroni é surdo e foi orientado pela professora Elsa Midori Shimazaki, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE) da UEM, com a corientação da professora a Dinéia Ghizzo Neto Fellini, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).

Neste estudo, o estudante buscou analisar as percepções de acadêmicos ouvintes em relação à formação que recebem na disciplina voltada ao ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), além das contribuições da disciplina para a atuação posterior como docente no ensino regular. 

Para efetivar a pesquisa, depois de estudar a teoria histórico-cultural (escopo teórico da pesquisa), a educação da pessoa surda ao longo da história e fazer uma revisão das pesquisas realizadas, ele entrevistou alunos do curso de licenciatura em Letras de três universidades públicas no Brasil. 

O resultado mostra que, apesar de ser um avanço, o reconhecimento da Libras como língua por meio do Decreto 5.626, de 2005, e a deliberação, no mesmo decreto, para que o ensino de Libras fosse oferecido obrigatoriamente em todos os cursos de licenciatura e no curso de fonoaudiologia, por ter uma carga horária pequena (60h/a,) ainda não contribui como o esperado para a apropriação da cultura surda e da língua de sinais.

Neste estudo, também foi constatada a carência quanto às oportunidades de vivência e contato com a cultura surda e língua de sinais, fato que impulsionaria a capacidade dos futuros professores de se comunicarem adequadamente com os surdos e compreenderem suas necessidades específicas. 

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Dados do Censo da Educação Básica 2023, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apontam a existência, nas universidades brasileiras, de 4.842 matrículas de estudantes surdos e de 1.397 egressos. Uma outra pesquisa indica que o Brasil tem 269 mestres, 97 doutores e 13 pós-doutores surdos. O crescente número se deve a garantia da regulamentação da Lei de Libras em todos os órgãos públicos, que possibilita acesso contínuo na formação dos surdos. 

Pedroni tem acompanhamento do Programa Multidisciplinar de Pesquisa e Apoio à Pessoa com Deficiência e Necessidades Educativas Especiais (Propae), da UEM. O Propae presta acompanhamento especializado direto e indiretamente a 140 estudantes, englobando alunos de cursos de graduação e de pós-graduação stricto-sensu (mestrado e doutorado). 

Em 2023, recebeu um novo espaço, passando a contar com cinco salas destinadas ao atendimento de estudantes com deficiência. São cinco servidores, nove intérpretes de libras/guia-intérprete, 30 monitores, 10 bolsistas, além de quatro professores. 

Os profissionais têm oportunizado aos alunos o acesso a recursos desenvolvidos e/ou adaptados, como impressões em braile e fonte ampliada; textos digitalizados em formato acessível a alunos com baixa visão; acompanhamento de acadêmicos atendidos na realização de avaliações ou atividades de estudos; e remoção de barreiras físicas e atitudinais, promovendo assim, a ampliação do acesso e permanência. 

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LIBRAS – O ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) pode ser dividido na categoria para as pessoas surdas e na categoria para as pessoas ouvintes. Muitas pessoas surdas nunca aprenderam Libras formalmente porque elas normalmente são as primeiras da família com surdez, o que faz com que ninguém do seu entorno tenha contato com o idioma. 

O ensino focado nas pessoas da própria comunidade surda costuma ser direcionado para crianças sem o domínio da língua de sinais. Por isso, as escolas devem se preocupar em criar ambientes propícios para o aprendizado da Libras e somente depois para o ensino do português.

Ensinar Libras para pessoas ouvintes é um outro processo, mas também muito importante. O foco do ensino da língua de sinais é promover uma melhor comunicação e acesso à informação para as pessoas da comunidade surda.

Legalmente reconhecida, a Língua Brasileira de Sinais é uma língua espaço-visual, com uma estrutura linguística e gramatical própria, diferente do português. Ela é uma das principais formas de comunicação das pessoas surdas no Brasil. A finalidade dela é promover a comunicação e o acesso à informação das pessoas surdas, para que possam estar integradas à sociedade. 

Também é um fator muito importante para a construção da cultura e identidade da comunidade surda brasileira. É por meio dela que muitas vezes as pessoas surdas garantem suas interações culturais e sociais. 

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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