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Perfuração no Aquífero Guarani requer trabalho ininterrupto e estrutura de extração de petróleo

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No município de Dois Vizinhos, no Sudoeste do Estado, a realidade geológica impõem um grande desafio à Sanepar na perfuração de um poço tubular profundo onde está concentrada uma das maiores reservas subterrâneas de água-doce do mundo, a do Aquífero Guarani. A cidade está assentada sobre rochas da Formação Serra Geral, composta principalmente por basaltos, e o poço ultrapassa justamente as rochas desta formação. A execução exige equipamentos especiais e equipes de profissionais treinados.

Está sendo utilizada uma sonda de perfuração com capacidade para perfurar até 2,5 mil metros de profundidade. Este tipo de equipamento é o mesmo que se utiliza para perfurar poços de petróleo. Esta obra prevê uma profundidade final de 1.060 metros, com câmara de bombeamento em 14 polegadas de diâmetro.

O equipamento tem capacidade de 120 toneladas de guincho, com torre de 32 metros de altura. O porte desta obra exige uma operação ininterrupta. As equipes trabalham 24 horas por dia em regime de revezamento. No total, 20 pessoas atuam na obra, entre mecânicos, sondadores, equipe operacional de plataforma e torre e técnico de segurança.

A formação geológica do terreno também apresenta complexidade na exploração desse tipo de poço. De acordo com o geólogo Adalberto Amâncio de Souza, que atua na Gerência de Hidrogeologia da Sanepar, no local da perfuração em Dois Vizinhos o terreno apresenta variações. “O Serra Geral é formado por pulsos magmáticos, com uma base mais consistente, dura, e à medida que aflora ela fica mais mole, chamada de basalto vesicular. Na perfuração essa variação geológica é mais facilmente sentida. A parte menos densa é de perfuração mais fácil, levando de 45 a 60 minutos para furar um metro. Quando chega na parte mais solidificada, mais consistente e maciça, a perfuração de um metro de rocha pode demorar cerca de cinco horas”, explica Adalberto.

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Esta obra teve início em abril deste ano com prazo de conclusão previsto para meados de outubro. Finalizada a etapa de execução do poço, e confirmando as expectativas de vazão e qualidade, serão iniciadas as obras de interligação dele ao sistema de distribuição de água. A perfuração já alcança mais de 400 metros de profundidade em solo composto por arenitos e basaltos.

O geólogo, que também é o responsável técnico e gestor do contrato dessa obra, explica que a profundidade em que o aquífero se encontra implica na produção de água com temperatura em torno de 45 graus. Para distribuição, a água deverá ser resfriada a uma temperatura em torno de 25 graus. Esse processo será feito em torres de resfriamento depois que forem concluídas as análises das características físico-química e da qualidade da água.

ALTERNATIVA OUSADA – A gerente-geral da Sanepar, Rita Camana, destaca que desde a estiagem que atingiu o Sudoeste do Paraná, em 2020 e 2021, a Companhia vem trabalhando em alternativas para abastecer a cidade. Depois de esgotadas todas as possibilidades de perfuração de poços no Aquífero Serra Geral, se chegou na opção mais ousada de captar a água no Guarani.

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“A expectativa é a de que esse poço produza de 200 a 250 mil litros de água por hora, trazendo incremento de 60% na produção de água e garantindo abastecimento para Dois Vizinhos até 2040”, diz Rita. Ela afirma ainda que nas regiões Oeste e Sudoeste esse é o primeiro poço perfurado no Guarani para ser utilizado no abastecimento público.

Hoje, a demanda do sistema de Dois Vizinhos é atendida através de uma captação superficial, no Rio Girau Alto, e pela operação de mais cinco poços perfurados no aquífero Serra Geral, que produzem juntos, em média, 8 milhões de litros de água por dia. A longa estiagem que atingiu o Sudoeste do Paraná demonstrou a necessidade de ampliar a produção de água para fazer frente a estes eventos que se apresentam de forma recorrente.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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