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Com assessoria do IDR-PR, empório comercializa itens da agricultura familiar em Maringá

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Em Maringá, no Empório da Agricultura Familiar, um espaço de 500 metros quadrados, agricultores fazem a venda direta de mais de 3 mil itens, entre hortaliças e frutas in natura, doces, molhos, sucos, panificados e derivados de leite. O empreendimento foi criado pela Coafmar (Central de Cooperativas da Região de Maringá), em parceria com a prefeitura, e conta com a assessoria do IDR-Paraná. A iniciativa estabelece mais um canal de vendas para 600 produtores da região que participam ativamente da cooperativa.

Inaugurado no início deste mês, o Empório começou a ser planejado em 2018, quando a Coafmar solicitou a assessoria do IDR-Paraná para resolver algumas questões entre as cooperativas que formam a Central. Nélio Gaio, do escritório de Maringá, lembrou que até então as vendas para o mercado institucional eram o forte da Coafmar. “Mas havia muita concorrência entre as seis cooperativas que formavam a Central para atender os editais de compras. Os diretores da Coafmar nos solicitaram uma orientação para aproximar as cooperativas. Fizemos algumas conversas para que os editais fossem atendidos conforme a disponibilidade dos produtos e também levando em conta a logística para a entrega de cada cooperativa associada”, disse o extensionista.

AMPLIANDO MERCADO – Logo os diretores perceberam que vender apenas para o mercado institucional era pouco e surgiu a ideia de as cooperativas se unirem para atender outras áreas, sobretudo a venda direta. No entanto, isso dependia de um espaço físico. Em 2019 veio a pandemia e o empreendimento ficou engavetado. Somente cinco anos depois o empório ganharia endereço, num prédio construído pela Prefeitura de Maringá e cedido à Coafmar, à frente do projeto.

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A gestão do empório é responsabilidade da Central que recebe os produtos dos cooperados, em consignação. Conforme a produção é vendida, os valores são repassados para as cooperativas. “Uma das propostas do empório é oferecer aos consumidores produtos de qualidade, produzidos na região. Damos prioridade para alimentos embalados, de 300 gramas a dois quilos. Tem ainda os orgânicos e as bebidas como sucos, cachaça e gim”, explicou Nélio Gaio.

Ele acrescentou que por enquanto o volume comercializado é modesto, mas a perspectiva é promissora. “Queremos entrar na venda direta para restaurantes da cidade”, ressaltou. O extensionista informou que o produtor que vende por meio do empório recebe um valor maior, se comparado ao preço recebido de terceiros. Além disso, ele acredita que o empreendimento dá mais estabilidade para o agricultor familiar. “O empório pode garantir mercado para o ano todo. Com isso o produtor pode planejar melhor a sua produção, de acordo com a demanda”, afirmou.

MULHERES NA PRODUÇÃO – Elizabete Borges, tesoureira e supervisora do empório, ressaltou que o estabelecimento ainda é uma novidade na região, mas que as vendas estão animadoras. “A procura por alimentos processados nos surpreendeu. Estamos vendo um crescimento do volume de vendas a cada dia. Em média, estamos vendendo R$ 1.000 diariamente, estando com menos de um mês de atividade”, observou.

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O empório tem produtos dificilmente encontrados em outros mercados como a banana chip, a farofa de batata-doce e o arroz vermelho orgânico. A diversidade é grande, vai desde cafés produzidos na região, até frutas desidratadas, mel e laticínios de cooperativas parceiras da Coafmar.

Elizabete ressaltou a importância da Central se associar a outras cooperativas. Para ela, essa parceria é importante para aumentar a variedade de itens e atrair mais público. Ela disse ainda que com o empório o cooperado tem a possibilidade de colocar à venda alguns produtos que ele tem em pequeno volume na propriedade, como quiabo ou berinjela que raramente são comercializados.

Elizabete informou ainda que em breve o estabelecimento vai oferecer carnes, peixes e maior variedade de laticínios. “Um aspecto importante é que lidamos com muitos processados que, em sua maioria, são produzidos por mulheres. Então, o empório ganha mais importância ainda por colocar essa produção à mostra”, destacou Elizabete.

Outra novidade prevista é que até agosto uma lanchonete passará a funcionar no local para que os consumidores possam transformar o empório num ponto de encontro. O Empório da Agricultura Familiar funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, aos sábados das 8h às 13h, na Avenida Arquiteto Nildo Ribeiro da Rocha 1233, Jardim Higienópolis, em Maringá.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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