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Sanepar investirá R$ 539 milhões em obras de saneamento em Curitiba e Região

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A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) vai investir R$ 539 milhões em obras de melhorias no sistema de água e esgoto de Curitiba e Região Metropolitana (RMC). O anúncio foi feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, nesta segunda-feira (17), na prefeitura da Capital, com o presidente da Sanepar, Wilson Bley, e o prefeito Rafael Greca.

“Esse investimento de R$ 539 milhões é mais um passo para que Curitiba se transforme na primeira capital do Brasil a ter 100% de saneamento básico, sendo 100% do esgoto tratado, que é o mais importante. Aquilo que a gente coleta, nós tratamos e devolvemos para o leito do rio de forma organizada e sustentável”, destacou Ratinho Junior.

“Nós temos um compromisso de fazer com que o Paraná, até 2027, seja o primeiro estado do Brasil a ter a sua universalização do saneamento básico. O Paraná já tem 83% de saneamento básico, 100% de água tratada em todas as cidades e Curitiba conta com 98% de saneamento básico”, salientou o governador.

As obras preveem a ampliação da capacidade do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região (SAIC), parte da fase 2 do Plano Diretor de Abastecimento de Água do complexo. O objetivo é garantir o abastecimento para 790 mil pessoas, com maior autonomia para transferência de água no sistema integrado.

Somente nas obras de ampliação desse sistema serão investidos R$ 190,75 milhões. Estão previstas a construção de um reservatório de 10 mil m³ em aço vitrificado; três elevatórias que somam cerca de 700 litros por segundo (l/s); setorização de nove sistemas de distribuição de água em Curitiba e RMC, contendo 7,5 quilômetros (km) de anéis de distribuição, 162 km de redes de distribuição e 1.950 equipamentos de redes para operação, controle de vazão/pressão e redução de perdas.

Também estão previstas a operacionalização de cinco poços e interligação e operacionalização de um poço; 7 km de adutoras de água bruta, elevatórias e um reservatório de 3 mil m³; uma unidade de tratamento com capacidade de 175 l/s; e 12 km de adutora de água tratada.

De acordo com o presidente da Sanepar, Wilson Bley, esses recursos contribuirão, justamente, para que Curitiba alcance a universalização do saneamento básico em um futuro próximo.

“São dois investimentos: um em abastecimento de água, na melhoria do nosso sistema integrado, e outro de esgoto, na ETE CIC Xisto. Nós estamos fazendo uma melhoria do sistema para que nós possamos entregar água no rio com ainda mais qualidade”, disse Bley.

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ESGOTO – Na área de esgotamento sanitário, o investimento é ainda maior, de R$ 348,25 milhões. A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) CIC Xisto será ampliada, passando de 490 l/s para 1.368 l/s de vazão; terá conversão de processos anaeróbios (sem necessidade de oxigênio no tratamento) para processos aeróbios (necessita de oxigênio), melhorando o processo de tratamento e já prevendo o atendimento às condições e padrões de lançamento preconizadas pelas resoluções dos órgãos ambientais e de outorga. A ampliação do sistema beneficiará 787 mil habitantes, já prevendo o crescimento do SAIC.

Para o prefeito Rafael Greca, o apoio do Estado será fundamental para que a cidade complete a universalização do sistema de saneamento. “Esse é um programa construído pela Sanepar há vários anos, dentro da concessão que nós temos com a empresa. As obras contemplam uma Estação de Tratamento de Esgoto na extrema periferia da cidade, na Rodovia do Xisto. A ideia é que acabe de vez com qualquer demanda de água e esgoto sanitário da cidade”, reforçou o prefeito.

De acordo com a Sanepar, além do benefício voltado à saúde pública, com água de qualidade entregue para a população, o fator social também será contemplado. A previsão da Companhia é que 15 mil empregos diretos sejam criados com as obras de ampliação do SAIC e outros 75 mil de forma indireta.

HISTÓRICO – Os aportes anunciados nesta segunda-feira fazem parte do Plano Plurianual de Investimentos da Sanepar, que entre 2024 e 2028 destinará R$ 11,2 bilhões, o maior investimento da história da Companhia. Serão R$ 7,3 bilhões em tratamento de esgoto, R$ 3,4 bilhões em abastecimento e R$ 451,2 milhões em outros serviços.

Desde 2019, a Sanepar já investiu cerca de R$ 6,8 bilhões em melhorias dos sistemas de água e esgoto de todo o Paraná. Somente em Curitiba, onde a Companhia possui 100% de abastecimento da população urbana e 98,8% de índice de rede coletora de esgoto, sendo 100% tratado, foram investidos, desde 2019, R$ 1 bilhão.

SISTEMA ROBUSTO — Hoje o Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana fornece água tratada para a Capital, Almirante Tamandaré, Araucária, Campina Grande do Sul, Campo Magro, Colombo, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras e São José dos Pinhais.

Trata-se de um conjunto de infraestruturas composto por barragens, captações superficiais, poços, estações de tratamento, elevatórias, reservatórios, adutoras e redes de distribuição.

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“O sistema integrado faz com que eles possam conversar um com o outro. Se falta água em um lugar, nós podemos bombear de outro. Isso faz com que não haja interrupções. O que nós queremos ter é excelência na prestação desse trabalho que é fundamental para toda a população”, explicou Bley.

Durante a fase mais dura da estiagem que castigou o Paraná entre 2020 e 2021, foi o SAIC, aliado ao sistema de rodízio, que possibilitou que a população da Grande Curitiba sofresse menos as consequências da crise hídrica. Esse sistema robusto é composto por interligações entre os equipamentos (barragens e outras formas de captação), permitindo a integração entre as unidades e maior flexibilização operacional.

Atualmente ele é composto pelas barragens Iraí, Piraquara 1 e 2 e Passaúna. A barragem do Miringuava, em São José dos Pinhais, segue em construção e terá capacidade para armazenar 38 bilhões de litros de água.

EMPRESA — A Sanepar é uma das principais companhias de saneamento do Brasil. Sociedade de economia mista e de capital aberto, controlada pelo Governo do Estado, atende 345 cidades, sendo 344 no Paraná e Porto União (SC), com 100% de abastecimento da população urbana e 80,4% de índice de rede coletora de esgoto, sendo que desse total, 100% é tratado.

MAIS RECURSOS — Durante o evento, o Governo do Estado também formalizou o repasse de R$ 43 milhões para obras de pavimentação em vias urbanas de Curitiba e para a reforma da Praça Bento Munhoz da Rocha Neto, no bairro Guaíra.

PRESENÇAS — Participaram do anúncio de investimentos da Sanepar o secretário estadual de Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes; o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel; o deputado federal Pedro Lupion; os deputados estaduais Alexandre Curi, Márcia Huçulak, Cantora Mara Lima, Tito Barichello, Mateus Vermelho, Luiz Claudio Romanelli e Nelson Justus; o presidente da Câmara de Vereadores de Curitiba, Marcelo Fachinello; os vereadores Beto Moraes, Bruno Pessuti, Hernani, João da Loja 5 Irmãos, Jornalista Márcio Barros, Leonidas Dias, Mauro Bobato, Mauro Ignácio, Pastor Marciano Alves, Pier Petruzziello, Serginho do Posto e Tico Kuzma, além de secretários municipais.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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