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Conferência pioneira no Estado discute políticas públicas para povos tradicionais

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Benzedeiras, caiçaras, povos ciganos, quilombolas, faxinalenses, cipozeiros, povos de terreiro, pescadores artesanais, ribeirinhos, ilhéus e pessoas de comunidades tradicionais negras participam nesta semana, em Foz do Iguaçu, da 1ª Conferência de Povos e Comunidades Tradicionais do Paraná. O encontro foi aberto nesta terça-feira (11) e prossegue até esta quinta (13). É promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), juntamente com o Conselho Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais (CEPCT).

O evento busca estabelecer um espaço democrático e participativo, que reúna representantes do governo estadual e da sociedade civil organizada para promover amplo debate sobre políticas públicas voltadas a este segmento populacional. A secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, afirmou que o encontro fortalece o diálogo sobre demandas legítimas.

“Só conseguimos construir políticas públicas quando se ouve os interessados”, disse ela. A secretária lembrou que a Lei 17.425/2012, que criou o Conselho Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais, já previa a realização de uma conferência para tratar da questão de políticas públicas. “Mas o encontro não foi realizado nos anos seguintes”.

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Foram 12 anos de espera para que esse momento se concretizasse e os povos tradicionais do Paraná tivessem o espaço que merecem”, disse a Leandre. “Sabemos que as políticas públicas precisam ser construídas respeitando as diferenças, a diversidade, a cultura, a religiosidade, a ancestralidade, para que as decisões venham ao encontro ao que realmente precisam”, destacou.

Para o presidente do CEPCT, Gustavo Mussi, o Governo do Estado se preocupa em ser agente de transformação. “É isso que estamos tentando construir aqui na Conferência. É um momento em que serão estabelecidas as bases das demandas para um plano de políticas públicas diretamente direcionadas às comunidades e povos tradicionais”, explicou.

Silvana Rodrigues/Mãe Silvana de Oyá, presidente da Federação Umbandista do Paraná (Fuep), comentou que iniciativas como essa são essenciais para que se haja um debate e seja aplicado o que de fato faz sentido para os povos tradicionais. “É uma satisfação fazer parte disso e entender que o Governo tem dado essa abertura para a sociedade porque não tínhamos voz. Com certeza será uma política pública mais efetiva, porque estamos fazendo parte da concepção dela”, afirmou.

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O presidente da Federação das Comunidades Quilombolas do Paraná (Fecoqui), Gedielson Ramos Santos, espera que as ações em prol das comunidades tradicionais sejam levadas adiante. “Que as políticas que venham a ser construídas abranjam todos os outros segmentos. Tínhamos encaminhamentos, fazíamos pautas, mas as nossas demandas ficavam paradas. A Conferência é importante para que o que for estabelecido aqui seja efetivado nas comunidades tradicionais”, observou.

Segundo o procurador-geral do Estado, Luciano Borges, o evento é um momento de reflexão e ouvir as reivindicações dos povos participantes é prioridade. “O Governo do Estado tem essa preocupação com os grupos vulneráveis, nos quais as pessoas, efetivamente, precisavam ser defendidas pelo poder público. É um momento histórico, de diálogo com a sociedade civil organizada para ouvir os anseios de cada um”, afirmou.

Fonte: Governo PR

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Transfusão de sangue imediata no local do acidente salvou vida de criança de 5 anos

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Primeira paciente pediátrica do Paraná a receber transfusão de sangue no próprio local do acidente, a menina Maria Laura Ferraz, 5 anos, vai receber alta nesta quinta-feira (26), após 14 dias internada no Hospital Universitário de Maringá, 12 deles na UTI. Ela vai reencontrar a mãe, Luciana, de 36 anos, que também ficou internada sete dias na UTI do mesmo hospital e recebeu alta na última quinta-feira (19).

Ambas voltavam de uma consulta médica da menina na cidade de Carlópolis, no dia 12 de dezembro, quando o veículo da prefeitura de Jabuti em que estavam se envolveu em um acidente grave com outro veículo na BR-153, perto de Ibaiti, que vitimou duas pessoas. Dois helicópteros, além de uma ambulância por terra, foram acionados para resgatar as vítimas. Com lesões graves no intestino, fígado e baço, Maria Laura não podia esperar: necessitava de uma transfusão de sangue imediata para ter condições de chegar ao hospital. O que foi feito na aeronave e a salvou.

“Esse equipamento de transfusão de sangue no próprio local fez toda a diferença para minha filha. Não fosse isso, minha família teria um Natal com muita tristeza, chorando a perda da nossa filha. Posso dizer sem dúvida nenhuma que minha filha nasceu de volta graças a esse equipamento”, comemora o pai da menina, o gerente de supermercado Josilei Ferraz, de 40 anos.

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O resgate de Maria Laura foi feito pela equipe do doutor Maurício Lemos, coordenador médico da operação aeromédica de Maringá. Ele lembra que quando chegou ao local do acidente, o batimento cardíaco de Maria Laura estava muito acelerado pela perda de sangue na região da barriga. “Até então, eu não havia transfundido nenhuma criança no local do acidente, apenas adultos. Mas ali não tinha escolha. Ou eu fazia a transfusão de sangue, ou a menina ia morrer pela gravidade em que ela se encontrava”, ressalta o médico, que visitou Maria Laura no hospital nesta quarta-feira (25) de Natal.  “Foi emocionante visitar essa menina, porque eu a vi morrendo e agora ela está pronta para voltar para casa graças ao procedimento que fizemos naquele momento exato”, relata Lemos.

Desde que o sistema foi implantado, a base de Maringá havia realizado 42 transfusões de sangue na aeronave que opera o sistema. Nenhuma, até então, em criança. “Naquele momento, avaliei todos os critérios técnicos e ela tinha condições de passar pelo procedimento. Tanto que quando passei o sangue ela já começou a estabilizar, o que permitiu que chegássemos até o hospital onde ela foi atendida”, explica Lemos.  

A diretora estadual da Rede de Atenção às Urgências, Giovana Fratin, enfatiza que a hemotransfusão maciça – como é chamado o processo – melhora a condição do paciente até a chegada ao hospital de referência. Portanto, é muitas vezes a diferença entre a vida e a morte do paciente. “São muitas ações dentro de uma estratégia de atenção à saúde, realizada pelo governo do Paraná, entre elas esse caso da hemotransfusão no pré-hospitalar”, aponta.

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SERVIÇO AEROMÉDICO – O atendimento aeromédico do Paraná é reconhecido nacionalmente. Operado pelo Sistema Estadual de Regulação de Urgência, cobre todo o estado com cinco bases estratégicas localizadas em Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.

Além de atender vítimas de trauma, o serviço realiza transporte de órgãos para transplantes, sendo uma peça-chave no sistema de saúde estadual.

A base de Maringá também se destaca por ser a primeira do Paraná a empregar hemotransfusão em vítimas graves diretamente na cena de trauma.

Até novembro, o serviço aeromédico do Paraná havia atendido 3.292 pacientes no ano de 2024. Em 2023, o estado registrou um recorde histórico, com 4.003 atendimentos. Além de resgates e transferências, esses números incluem o transporte de órgãos, reforçando o papel essencial do serviço na saúde pública.

“Sob a liderança do governador Ratinho Junior, estamos alcançando marcas históricas na rede de cuidado em urgência e emergência do Paraná. Há dois anos, esse esforço nos levou a atingir a cobertura total do território paranaense pelo Samu. Esse resultado assegura um atendimento ágil e eficiente, reforçando nosso compromisso com a missão de salvar vidas”, destaca o secretário de Saúde do Estado, Beto Preto.

Fonte: Governo PR

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