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Junho Verde: Saúde alerta sobre importância do tratamento precoce da escoliose

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Cintura assimétrica, um ombro mais alto que o outro e quadril inclinado. Esses são alguns indícios da escoliose, uma patologia que se caracteriza por curvatura da coluna vertebral em forma de “S” ou “C” que, além de provocar desconforto e dores musculares, com o tempo pode causar alteração nos sistemas respiratório e cardíaco. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta para a doença durante todo o “Junho Verde: Mês Internacional da Conscientização sobre a Escoliose”, uma campanha mundial que destaca a importância do diagnóstico precoce.

Além do tratamento por meio do uso de coletes ortopédicos, gesso e fisioterapia, em alguns casos é necessária a cirurgia para correção do desvio. A Sesa implantou no Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT) o Serviço de Deformidades Pediátricas da Coluna Vertebral e, em pouco mais de um ano, já realizou pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mais de 50 cirurgias de escoliose em crianças e adolescentes entre 3 e 18 anos. Outras 47 já estão agendadas para serem feitas tanto no Hospital de Reabilitação (HR) quanto no Hospital do Trabalhador (HT).  

Entre os procedimentos estão correções de escolioses congênitas, idiopáticas (curvatura lateral da coluna), sindrômicas (síndrome genética que afeta o desenvolvimento esquelético ou estrutural), neuromusculares (curvatura lateral da coluna, causada por várias doenças neuromusculares), cifoses (quando há redução ou aumento acentuado de uma ou mais curvaturas da coluna) e espondilolisteses (que pode afetar mais do que um local na coluna).

 “O reforço e a inclusão deste serviço para pacientes do SUS no CHT foi possível após a reestruturação de equipamentos e ampliação da equipe médica, que hoje é composta por profissionais altamente qualificados e experientes no tratamento de condições ortopédicas pediátricas”, disse o secretario estadual da Saúde, Beto Preto.

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CASOS – Os casos de escoliose infantil se apresentam com mais frequência durante o crescimento, sendo que a maioria dos quadros tem forma leve e com poucos sintomas. Porém, a doença pode se tornar mais grave com o passar do tempo.

“Quando o tratamento proposto é o cirúrgico, a demora na realização deste procedimento o torna muito complexo, pois com a deformidade mais rígida os riscos de lesão neurológica e sangramentos são muito maiores. Quanto antes for realizada a cirurgia, menores os riscos de complicações e agravamento da enfermidade”, alerta  o chefe do Departamento de Deformidades Pediátricas da Coluna Vertebral do CHT, João Elias Ferreira Braga.

Aos 14 anos, a adolescente Milena de Andrade Carvalho, moradora de Guaratuba, no Litoral do Estado, foi diagnosticada com escoliose idiopática. Sem causa definida, esse tipo de escoliose pode surgir a partir dos quatro anos até a adolescência e ocorre durante o estirão de crescimento. Quando a condição da curvatura ultrapassa os 40 graus, a escoliose se torna progressiva e o paciente continua entortando. Essa condição ocorre com maior frequência em meninas e é muito importante que os pais estejam atentos a qualquer sinal do problema.

“Descobrimos a escoliose por acaso, nunca tínhamos percebido a deformidade, até que um dia ao amarrar meu biquíni, minha mãe observou que eu estava com a coluna torta e ao passar a mão percebeu a curvatura. Decidimos então procurar atendimento médico e tive o diagnóstico da doença já com 50 graus de curvatura e indicação imediata de cirurgia”, contou a adolescente.

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Outro tipo de escoliose é a causada por doenças neuromusculares, como paralisia cerebral, mielomeningocele, distrofia muscular, atrofia muscular espinhal, entre outras. No caso do Lucas Batista da Paixão, de 18 anos, a paralisia cerebral que teve ao nascer foi o que desencadeou a condição. 

Com curvatura acima dos 100 graus, desconfortos respiratórios como falta de ar e asma, a posição do adolescente na cadeira de rodas estava bem limitada. Para a mãe de Lucas, Daniele de Oliveira Batista, a cirurgia foi fundamental para melhorar a autonomia e qualidade de vida do filho.

“Foi um longo processo até chegar aqui no CHT, esperávamos por essa cirurgia há mais de dois anos e, depois de tantas dificuldades, hoje conseguimos fazer um passeio sem que ele reclame de dor. Ele também já consegue ficar em muitas outras posições que antes eram desconfortáveis e geravam muita dor. Só temos a agradecer a toda equipe médica pelos cuidados e ótimo atendimento prestado ao meu filho”, disse.

CUIDADO  De acordo com o diretor superintendente do CHT, Guilherme Graziani, a secretaria estadual da Saúde está empenhada em ampliar ainda mais o número de cirurgias pediátricas de escoliose realizadas nas unidades.

“Temos estrutura e um excelente corpo médico, que envolve não só os cirurgiões ortopédicos, mas também anestesiologistas, fisioterapeutas, enfermeiros e outros profissionais da saúde. Essa colaboração entre diferentes especialidades garante um cuidado completo para os pacientes, desde a fase de diagnóstico até a recuperação pós-cirúrgica. Vamos continuar trabalhando para fornecer a toda população um atendimento com excelência e qualidade”, completou.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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