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Temporada da tainha movimenta a gastronomia caiçara no Litoral

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O período de maio a julho tem um significado especial para as populações caiçaras do Litoral do Estado. É nesta época do ano que surgem na costa paranaense os cardumes de tainha, movimentando a região com diversos eventos gastronômicos.

Os peixes aparecem em abundância e, por isso, a captura artesanal é autorizada neste período. E trata-se de um verdadeiro ritual, no qual pescadores e suas famílias passam a viver em acampamentos à beira-mar durante a temporada de aparecimento da espécie.

Para avistar os cardumes, é preciso condições climáticas ideais, com vento sul e baixa temperatura da água, o que faz com que as tainhas se juntem à beira do mar. Para localizar os cardumes, os chamados vigias ficam permanentemente de olho na coloração da água desde que o sol nasce. Assim que percebem uma mancha preta alertam aos demais pescadores, que imediatamente partem para o mar.

Como seus ancestrais, utilizam uma metodologia artesanal de pesca chamada “lanço”, no qual são utilizadas canoas sem motor, à base de remo. Enquanto isso, as mulheres cuidam da limpeza e da defumação dos peixes, além da venda.

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Os caiçaras consomem e comercializam a tainha preparada de várias maneiras – assada, frita, cozida, defumada e recheada –, o que ajudou a expandir a programação de festas em várias cidades, tendo a gastronomia regional como foco, uma forma de movimentar a economia local.

“É um período de movimento no turismo no Litoral, mesmo no inverno, garantindo o sustento das famílias que vivem da tradição da pesca da tainha, gerando emprego e renda para a população. É emprego para o pescador, para quem limpa o peixe, para quem vende, para quem prepara, para quem serve, enfim, um leque de oportunidades”, destacou o secretário do Turismo do Paraná, Márcio Nunes.

Confira os eventos programados do Litoral:

PARANAGUÁ – Em Paranaguá, a Festa da Tainha começou há mais de três décadas, mas há 13 anos ganhou o status de “Festa Nacional”, tendo a tainha recheada como prato principal. Este ano, o evento acontece de 5 a 14 de julho.

ILHA DO MEL – É tanta tainha que há 30 anos a população caiçara da Ilha do Mel também decidiu criar uma festa e preparar os mais diversos pratos com o peixe. O evento acontece durante todo o mês de julho e reúne o que há de melhor da cultura caiçara, com bailes, danças típicas e o famoso forró.

PONTAL DO PARANÁ – Em Pontal do Paraná, acontece o Festival de Gastronomia Caiçara, que chega este ano à sua 4ª edição, entre 5 de junho e 5 de julho. O evento, que tem por objetivo valorizar a pesca artesanal e a gastronomia local, mobiliza os restaurantes da cidade. Eles participam de um concurso para a criação dos melhores pratos à base da cambira – a tainha defumada, prato típico do município.

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O nome remete a um cipó abundante no Litoral, conhecido por sua flor de cor roxa, a base de um varal usado para a defumação no “fumeiro” – um varal coberto onde são colocados os peixes abertos, sobre um fogo baixo feito de madeira grossa –, método utilizado até hoje pelos pescadores.

A receita clássica mistura o sabor do peixe seco e defumado com a banana-da-terra. Uma vez seco, o peixe vai para a panela de barro com água e especiarias (tomate, pimentão, coentro, pimenta e bananas), e vira um caldo grosso. É servido com pirão, salada e arroz.

Instigados a criar novos pratos à base da iguaria no Festival da Gastronomia Caiçara de Pontal, os restaurantes surpreendem a cada ano. Nas edições anteriores, por exemplo, entraram nos cardápios hambúrguer de cambira, charuto de cambira, pastel de cambira, risoto de cambira, baião de dois de cambira e muito mais.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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