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Receita Estadual do Paraná terá mulher no comando pela 1ª vez em 170 anos

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A Receita Estadual do Paraná, vinculada à Secretaria da Fazenda, vai direcionar seus projetos para um enfoque mais estratégico, que alia continuidade das ações anteriores à implementação de inovações e atenção à reforma tributária sobre o consumo, aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado. O novo rumo foi estabelecido pelo secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, à auditora fiscal Suzane Gambetta Dobjenski, que assumiu a direção do Fisco Estadual nesta quarta-feira (22). Ela é primeira mulher a comandar a instituição em seus 170 anos de história.

Suzane destaca que além de manter os projetos em andamento haverá atenção especial ao programa de conformidade fiscal com sua legislação e nos processos para sua implementação. “O programa de conformidade é o caminho do futuro, uma vez que representa uma inversão da pirâmide da administração tributária”, afirma a nova diretora. De acordo com ela, o processo deverá mirar naquilo que há de mais moderno em administração tributária, seja em outros estados ou internacionalmente.

O Confia Paraná, desenvolvido no âmbito do Projeto de Modernização da Gestão Fiscal do Estado (Profisco II), adota uma abordagem mais colaborativa no relacionamento entre o Fisco e a sociedade, utilizando sistemas de monitoramento, gestão da recuperação de créditos, gestão da ação fiscal e promoção da autorregularização. Um objetivo será auxiliar os contribuintes paranaenses a cumprirem suas obrigações fiscais de forma eficiente. Automatizar serviços e reduzir a necessidade de ações fiscais são outras metas importantes do programa.

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“O que faremos agora é continuar olhando para quem não cumpre obrigações corretamente e corrigir o rumo daquele que não o faz por desconhecimento ou por alguma outra particularidade. A intenção é levá-los para um nível acima da pirâmide, com mais conformidade”, diz a diretora.

REFORMA TRIBUTÁRIA – Além da continuidade dos projetos internos, Suzane ressalta a importância de acompanhar as discussões no Congresso sobre a regulamentação da reforma tributária e as negociações entre União, estados e municípios sobre o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). “O Paraná precisa ser protagonista nessas questões, como sempre foi”, declara.

O IBS substituirá o ICMS estadual e o ISS municipal, exigindo uma transição cuidadosa e mais cooperação entre os entes federativos. “Entraremos na fase em que nossos técnicos e experts irão tratar de questões práticas, como documentos eletrônicos e cadastros. Eles serão importantes na construção da grande espinha dorsal do IBS”, afirma.

A diretora do Fisco ressalta que o novo concurso para auditores fiscais será vital para a transição, ao incorporar novas visões e formas de pensar, já alinhadas com o IBS. “Paralelamente aos novos conceitos, sistemas e processos, as equipes fiscais precisarão tratar do ICMS por um bom tempo”, explica Suzane. “Por exemplo, créditos já estabelecidos do imposto serão administrados mesmo após 1º de janeiro de 2033, data em que o IBS deverá entrar em vigor”.

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VISÃO ESTRATÉGICA – Neste cenário, com uma base legal e sistemática robusta, a diretora enfatiza a necessidade de uma abordagem estratégica sólida. Combater a sonegação e fraudes será uma atividade continuada e ainda mais fortalecida, com parcerias estabelecidas com o Ministério Público, a Procuradoria Geral do Estado e a colaboração com outros estados para identificar soluções eficazes contra fraudes.

PERFIL – Suzane possui 30 anos de experiência como auditora fiscal da Receita Estadual do Paraná, com uma carreira amplamente focada na arrecadação tributária. Ela é formada em Administração pela Faculdade de Administração e Economia (FAE) e tem um histórico diversificado na Receita Estadual, incluindo cargos de gerência no Setor de Dívida Ativa, coordenação no Sistema de Gestão Tributária (SGT), liderança na 1ª Delegacia Regional da Receita Estadual, em Curitiba, e coordenação do setor de Arrecadação, além da passagem pela Assessoria de Assuntos Estratégicos e Tributários da Fazenda. Sua experiência abrange a fiscalização, atendimento ao público e a implementação de melhorias nos processos administrativos e de arrecadação.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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