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Agência do Trabalhador da Cultura leva mutirão de emprego a evento de inclusão no MON

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A Agência do Trabalhador – Posto Avançado da Cultura promoverá um Mutirão de Empregabilidade no dia 24 de maio, das 10h às 16h, durante o Festival Inclusão em Cena, que será realizado no Museu Oscar Niemeyer (MON), com apoio do Governo do Estado, por meio do espaço para o evento e a realização do mutirão. A ATC ofertará vagas para o público amplo e para pessoas com deficiência. O número de vagas ainda não está definido. No mesmo dia, o Departamento da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de Curitiba disponibilizará mais de 300 vagas ofertadas por 25 empresas, exclusivamente para trabalhadores PCDs.

A ATC é uma iniciativa das secretarias estaduais da Cultura e do Trabalho, Qualificação e Renda. O Mutirão de Empregabilidade ocorre no segundo dia do 3º Festival Inclusão em Cena, evento gratuito que inicia no dia 23 de maio e vai até o dia 25, com apoio do Governo do Estado.

A gestora da Agência do Trabalhador da Cultura, Luciane Diehl, destaca a importância de também ter um mutirão voltado para os trabalhadores culturais. “O mutirão é de grande importância para o cidadão que está buscando uma oportunidade de emprego, porque facilita o acesso às vagas em diversas áreas, além de restabelecer a dignidade das famílias, o que contribui para o avanço no campo da empregabilidade”, explicou.

O festival tem o objetivo de destacar, discutir e despertar o público para as questões que envolvem a inclusão de pessoas com deficiência (PCDs) na sociedade. Realizado pela organização não-governamental Coletivo Inclusão, via Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura, esta é a primeira vez que o evento é aberto ao público e que ocorre no MON, na intenção de chamar a atenção da comunidade sobre os desafios para a defesa dos direitos e oportunidades das PCDs.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou a população com deficiência no Brasil em 18,6 milhões de pessoas com 2 anos ou mais, o que corresponde a 8,9% da população desta faixa etária. Um contingente expressivo de pessoas, mais suscetível à baixa escolaridade e à vulnerabilidade social, além do preconceito.

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Além do mutirão de empregabilidade, o Festival Inclusão em Cena reunirá painéis de discussão, palestras, balcão de inovação e projetos, oficinas, apresentações artísticas e mostra cultural, resultado das atividades realizadas pelo Coletivo Inclusão nas organizações parceiras.

“Incluir pessoas com deficiência na sociedade é um desafio. A boa notícia é que esse desafio se torna cada vez mais compartilhado. Ampliamos a proposta do festival justamente para reunir uma diversidade de vozes e entendimentos sobre as questões da deficiência e chamar a comunidade para participar desse diálogo”, afirma André Caminski, um dos gestores do Coletivo Inclusão. 

PROGRAMAÇÃO – O evento está sendo construído a muitas mãos. Além das empresas parceiras, o festival conta com apoios institucionais e de iniciativas que promovem a diversidade e a inclusão de várias maneiras.

A exemplo disso, no primeiro dia (23/05), será realizada a Mostra Cultural do Coletivo Inclusão, com apresentações de teatro, canto coral e capoeira. Esses espetáculos são resultados das oficinas oferecidas pelo Coletivo Inclusão nas Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs) da Região Metropolitana de Curitiba. Cerca de 200 crianças e adolescentes com deficiência devem participar das apresentações para um público formado por estudantes. 

O segundo dia (24/05) será de diálogos abrangentes. No auditório do MON serão realizados quatro painéis intitulados “Falas da Inclusão”, que dão espaço para personalidades que são referência no debate da inclusão apresentarem seus pontos de vista. Essa parte da programação será aberta pelo coral do Instituto Paranaense de Cegos (IPC), projeto do Coletivo Inclusão em parceria com o IPC.

Paralelamente, será realizado das 10 às 16 horas o Mutirão da Empregabilidade, que vai reunir empresas com vagas para o público geral voltado para a cultura e pessoas com deficiência que buscam uma oportunidade de emprego. “Ao valorizar a diversidade de habilidades e perspectivas, as empresas não apenas enriquecem suas equipes, mas também contribuem para uma sociedade mais justa e equitativa”, afirma Adriano Laurindo, coordenador de Empregabilidade do Departamento dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de Curitiba. 

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Este também será o primeiro dia do Balcão de Inovação, que vai reunir dez expositores com equipamentos e iniciativas que visam facilitar o dia a dia das pessoas com deficiência. Entre eles, a Biblioteca Pública do Paraná, cuja seção de Braille é referência no Brasil; a See Collor, linguagem tátil que oferece aos deficientes visuais a possibilidade deles identificarem as cores desenvolvidas pela professora Sandra Marchi; o Projeto Eu Digo X com abafadores de ruídos; e Vonder e a My Ploy, equipamentos de adaptação para estabilidade da cadeira de rodas na mobilidade urbana.

No terceiro e último dia (25/05), sábado, será a oportunidade de pais e filhos passearem pelo Festival Inclusão em Cena. Enquanto no auditório serão realizadas duas palestras pela manhã – Mirella Prosdócimo, especialista em Diversidade e Inclusão, e Márcia Baja, autoridade em yoga e meditação –, no espaço externo ocorrerão oficinas para crianças e a segunda etapa do Balcão de Inovação.

Todas as atividades serão intercaladas com apresentações de artistas e companhias que têm pessoas com deficiência como protagonistas. Entre os confirmados, estão espetáculos da companhia de dança Fernanda Becker e do projeto Música Tátil do músico Luiz Amorim. 

COLETIVO INCLUSÃO – O Coletivo Inclusão é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua desde 2013 na inclusão social e melhoria na qualidade de vida de pessoas com deficiência e pessoas em vulnerabilidade social. Além disso, o coletivo também promove ações culturais, esportivas, de saúde, assistência social e empregabilidade, de forma 100% gratuita. Os projetos culturais têm parceria com dez APAEs do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e de outras instituições. Com o suporte de 41 colaboradores, o coletivo oferece oficinas de teatro, capoeira, musicalização e dança tradicional. Saiba mais no site coletivoinclusao.org.br

Serviço:

3º Festival Inclusão em Cena 

Data: 23, 24 e 25 de maio de 2024

Mutirão da Empregabilidade

Data: 24 de maio

Horário: das 10h às 16hs

Local: Museu Oscar Niemeyer (MON)

Fonte: Governo PR

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Semana Cultural Indígena Guarani deve reunir quase 5 mil pessoas em Diamante D’Oeste

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Diamante D’Oeste, na região metropolitana de Toledo, será o epicentro da cultura indígena paranaense nos próximos dias. A partir desta segunda-feira (14), a cidade recebe a Semana Cultural Indígena Guarani, que chega à 19ª edição. A programação segue até quarta-feira (16) e deve reunir quase 5 mil pessoas na Escola Estadual Indígena Araju Porã.

As atrações programadas incluem apresentações culturais, danças, exposições, vendas de artesanato e trilha na natureza. O evento é aberto não só às comunidades locais, mas a toda a sociedade. Para agendar visitas em grupo, escolas e universidades devem preencher um formulário on-line.

A Semana Cultural ocorre em celebração ao Dia dos Povos Indígenas, comemorado no próximo sábado (19). Conforme os organizadores, o principal objetivo da ação é fortalecer e valorizar a tradição dos povos Guarani. “É um momento em que a comunidade indígena pode levar sua cultura para os não-indígenas. Nosso interesse é mostrar que existe uma cultura milenar e que o povo Guarani mantém sua língua e suas tradições. Realizar um evento como esse é muito gratificante”, diz o professor Teodoro Tupã Alves.

A Escola Estadual Indígena Araju Porã organiza a atual edição da Semana em parceria com o Colégio Estadual Indígena Kuaa Mbo’e e as associações comunitárias indígenas Tekoha Itamarã (Aciti) e Tekoha Añetete (Acitea). Apoiam a iniciativa a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR), o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Toledo, o governo federal, a Prefeitura Municipal de Diamante D’Oeste e a Itaipu Binacional.

“A Semana Cultural Indígena Guarani já se consolidou como um dos principais eventos culturais da região, e isso fica evidente pela quantidade de parceiros e apoiadores que tem angariado ano a ano. Além da celebração da cultura indígena, a Semana é também um espelho do papel fundamental que as escolas estaduais indígenas desempenham junto às comunidades locais”, afirma o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

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CRESCIMENTO E VALORIZAÇÃO – A Semana Cultural Indígena Guarani é realizada anualmente desde 2006. Responsáveis pela criação do evento, as escolas estaduais indígenas Araju Porã e Kuaa Mbo’e se alternam como sede das edições anuais.

Desde a primeira realização, há 19 anos, a iniciativa ganhou visibilidade e se tornou uma das principais atrações culturais da região. Conforme os organizadores, a Semana Cultural Indígena Guarani é, hoje, o evento que mais atrai pessoas de outros municípios para Diamante D’Oeste.

“As expectativas são excelentes. O diferencial desta edição é justamente o potencial de ampliação. Neste ano, queremos consolidar a Semana Cultural Indígena Guarani, não só para o município, mas como uma referência regional quando se trata de cultura indígena”, afirma Mauro Dietrich, diretor da Escola Estadual Indígena Araju Porã, que reúne cerca de 80 alunos de Educação Infantil e Ensino Fundamental.

“Para isso, contamos com o trabalho dos professores e funcionários tanto aqui da Escola Estadual Araju Porã quanto do Colégio Estadual Kuaa Mbo’e. São cerca de 52 profissionais da educação que direcionam esforços para o sucesso desta Semana Cultural”, acrescenta.

Além de estudantes e membros das próprias comunidades indígenas, moradores locais e excursionistas de outras regiões têm prestigiado as edições recentes da Semana Cultural Indígena. Em 2024, os três dias de programação reuniram quase 4 mil visitantes.

“Recebemos muitos visitantes da região e até de outros locais do Estado. Isso reforça o trabalho que é feito pelas escolas no contexto de dar visibilidade à cultura e à tradição Guarani para a sociedade envolvente, e também é uma forma de desconstruir estereótipos em relação aos povos indígenas”, aponta o diretor do Colégio Estadual Indígena Kuaa Mbo’e, Jairo Cesar Bortolini.

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Os cerca de 140 alunos do colégio, matriculados em turmas da Educação Infantil ao Ensino Médio, também participam da organização do evento junto a professores e funcionários.

ESCOLAS INDÍGENAS – A rede estadual de ensino do Paraná conta com 40 escolas indígenas que atendem a cerca de 5,5 mil estudantes das etnias Kaingang, Guarani, Xokleng e Xetá. As instituições de ensino têm normas, pedagogia e funcionamento próprios, respeitando a especificidade étnico-cultural de cada comunidade. Os estudantes têm direito a ensino intercultural e bilíngue – com aulas da língua indígena e de língua portuguesa – desde o início da jornada escolar.

O Novo Ensino Médio no Paraná, estabelecido em 2022, também prevê componentes curriculares específicos para a matriz curricular dos colégios indígenas. Além dos componentes curriculares previstos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os estudantes indígenas cursam Projeto de Vida e Bem Viver, Informática Básica e Robótica e Laboratório de Escrita e Produção Audiovisual. Ainda foram incluídos à grade curricular componentes como filosofia indígena e cultura corporal indígena.

Além da manutenção das escolas indígenas, a Seed-PR promove a inserção de conteúdos e práticas pedagógicas que celebram a valorização da cultura indígena em todas as escolas da rede estadual. Por meio do trabalho de equipes multidisciplinares, a secretaria implementou a Lei 11.645, de 10 de março de 2018, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura indígenas em todos os níveis de ensino.

Fonte: Governo PR

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