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Censo 2022: indígenas do Paraná têm média de idade de 27 anos; quilombolas, de 31

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A média de idade da população indígena do Paraná é de 27 anos e da população quilombola é de 31 anos, segundo dados do Censo Demográfico 2022: Quilombolas e Indígenas, divulgado nesta sexta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo expande o anúncio do número total, feito em julho e agosto, que indicou a presença de indígena em 345 cidades no Paraná e de quilombolas em 31 cidades.

A média da população indígena paranaense é dois anos superior à da nacional, que é de 25 anos, e semelhante aos demais estados do Sul: no Rio Grande do Sul ela é de 26 anos, enquanto em Santa Catarina, de 27. Em relação à população geral do Paraná, que possui média de 35 anos de idade, os indígenas paranaenses são, em média, 8 anos mais jovens. 

No Paraná, são 30.466 indígenas. A faixa etária com mais indivíduos é a entre 15 e 19 anos, com 2.895 pessoas. Há ainda 2.858 indígenas entre 20 e 24 anos, 2.756 entre 10 e 14 anos, 2.690 entre 5 a 9 anos, 2.681 entre 25 a 29 anos, 2.197 entre 30 a 34 anos, 2.503 de 0 a 4 anos, 2.044 entre 35 a 39 anos e 1.835 entre 40 a 44 anos. O estudo também aponta 33 indígenas recém-nascidos, com até 4 meses de idade, enquanto 15 já viveram mais de um século de vida.

TERRAS INDÍGENAS – O mais recente levantamento do IBGE também apresenta dados sobre a população residente especificamente em Terras Indígenas, que são áreas de posse e uso coletivo, reconhecidas pelo Estado e protegidas pela Constituição Federal visando garantir os direitos territoriais e culturais dos povos originários.

No Paraná, os indígenas residentes nestas áreas têm uma idade mediana de 21 anos contra 34 daqueles que moram em outros locais. Diferente da média, cujo cálculo é feito ao dividir a soma das idades pelo número de indivíduos, a mediana é usada para dividir a população em duas partes iguais. Ou seja, é a idade que separa a metade mais jovem da metade mais velha da população.

A existência de uma população mais jovem em Terras Indígenas é uma tendência nacional. No Maranhão, por exemplo, a idade mediana em Terras Indígenas é 16 anos, a menor do Brasil, cuja mediana é de 19. Fora das Terras Indígenas a maior mediana é do Rio de Janeiro, com 43 anos, enquanto a média nacional é de 30.

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Nacionalmente, o Censo mostra que o maior peso percentual concentra-se na faixa de idade entre zero e 14 anos, que representa 29,95% da população indígena, seguida da faixa entre 15 e 29 anos, com 26,15%, e 30 a 44 anos, que representa 19,63% da população indígena no Brasil.

QUILOMBOLAS – Em julho do ano passado, o IBGE já havia confirmado que o Paraná possui a 2ª maior população quilombola da região Sul com 7.113 pessoas. O mais recente levantamento aponta agora que esta parcela da população têm no Paraná a mesma idade mediana do País, de 31 anos, número que sobe para 37 no caso dos moradores específicos dos Territórios Quilombolas. 

Em nível nacional, os quilombolas têm 28 anos de idade mediana dentro dos territórios e de 30 fora deles. Em relação às regiões, a menor idade mediana dos quilombolas está no Norte do País (26 anos), seguido pelo Nordeste (31 anos). Esta última concentra 68,1% da população quilombola do Brasil. 

Entre os quilombolas do Paraná, 635 têm idade entre 5 a 9 anos, 633 de 15 a 19 anos, 587 de 10 a 14 anos, 503 de 0 a 4 anos, 488 de 40 a 44 anos e 483 de 35 a 39 anos, entre outros. O Estado tem, ainda, dois quilombolas com mais de 100 anos. 

SEXO – Outro aspecto revelado pelos novos estudos é sobre o sexo da população. No Paraná, são 15.043 homens e 15.423 mulheres indígenas. Em Terras Indígenas, são 6.871 homens e 7.022 mulheres, enquanto fora delas vivem 8.172 homens e 8.401 mulheres. 

No Brasil, a razão de sexo da população residente é de 94,25, ou seja, há 94 homens para cada 100 mulheres. No caso específico da população indígena, identificou-se que a razão de sexo desse grupo tradicional específico era de 97,07, indicando que para cada 97 homens indígenas foram identificadas 100 mulheres indígenas. No Paraná, são 97,54 homens a cada 100 mulheres indígenas.

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A razão de sexo mais elevada é a da região Norte do País (101,11), seguida pela região Sul (98,66), Centro-Oeste (96,67), Nordeste (92,93), com a menor razão de sexo no Sudeste (90,71), onde para cada 90 homens indígenas foram identificadas 100 mulheres indígenas.

Dos 7.113 quilombolas do Paraná, 3.641 são homens e 3.472 são mulheres. São 347 homens e 301 mulheres em Territórios Quilombolas, além de 3.294 homens e 3.171 mulheres fora desses locais. 

PIRÂMIDE – Segundo o IBGE, a pirâmide etária da população indígena residente no Brasil apresenta um formato triangular, típico de uma população mais jovem, caracterizando-se por uma base mais larga do que a da população total até o grupo de 20 a 24 anos de idade. Contudo, a base da pirâmide aponta para um possível processo de redução da fecundidade, considerando que a diferença entre os grupos mais jovens, em termos percentuais, não é tão acentuada quanto, por exemplo, é a pirâmide etária da população indígena residente dentro de Terras Indígenas.

A pirâmide etária da população quilombola apresenta uma base mais larga do que a da população total até o grupo de idade de 20 a 24 anos. As pessoas com 60 anos ou mais eram 13% da população quilombola, um percentual menor do que esse grupo no total de pessoas residentes no Brasil, que era de 15,8%.

CENSO 2010 – Em relação ao Censo de 2010, o crescimento na população indígena no Paraná foi de 14,7% (eram 26.559) na época, distribuídos entre 11.934 em Terras Indígenas e 14.625 fora delas. Eram 13.251 homens e 13.308 mulheres, ou seja, a diferença também aumentou no intervalo de 12 anos entre os dois mais recentes levantamentos. Como a população quilombola foi classificada pela primeira vez pelo IBGE, não é possível traçar comparativos com dados anteriores.

Confira alguns recortes do Censo 2022:

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Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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