11 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

    PARANÁ

    Da capela mortuária ao prédio próprio: escola de Nova Laranjeiras vira exemplo

    Publicado em

    De uma antiga capela mortuária improvisada para um espaço amplo, moderno e planejado para as melhores práticas de ensino especial. A comunidade de pais, alunos e professores da Escola de Educação Especial de Nova Laranjeiras, na região Centro-Sul do Paraná, tem comemorado a mudança de sede do colégio, que agora reúne todas as condições para oferecer segurança e conforto aos estudantes.

    A unidade é a primeira escola dedicada à educação especial construída com recursos do Governo do Estado, fruto de um investimento de R$ 1,7 milhão. Outras 13 unidades devem ser construídas com recursos do Estado em várias regiões do Paraná.

    Em Nova Laranjeiras a estrutura ampla inclui seis salas de aula, pátio coberto e salas de psicologia, fonoaudiologia e fisioterapia, além de áreas de socialização entre os alunos. “Saímos de um ambiente apertado, com pouco espaço, para um ambiente totalmente diferente, com mais salas, escritórios e ambientes pedagógicos, todos feitos pensando nas interações e nas necessidades especiais que nossos alunos demandam”, afirmou o presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Nova Laranjeiras, Vilson Detez Dola. 

    Esta é a primeira vez que a escola conta com um espaço feito sob medida para estudantes especiais. Antes disso, foram quase 20 anos de atividade em espaços improvisados. Primeiro, dividindo espaço com um colégio municipal. Depois, foram 10 anos funcionando em uma antiga capela mortuária desativada.

    “Temos alunos cadeirantes e acamados. Mesmo assim, sempre nos adaptamos de maneira improvisada. Ter uma sede própria para estes estudantes, que têm necessidades específicas, é a realização de um sonho”, afirmou a professora e pedagoga Roseli Pegoraro.

    DEMANDA – O aumento no número de alunos também foi um fator que fez com que a unidade de Nova Laranjeiras fosse a primeira a receber recursos do Governo do Estado para uma nova sede.

    Leia Também:  IDR-Paraná lança nesta semana cultivar de feijão de alto potencial produtivo

    O antigo espaço era projetado para receber cerca de 20 alunos, mas a instituição conta, atualmente, com mais de 60 estudantes atendidos em dois turnos. A nova sede, mais ampla, também foi construída prevendo o crescimento no número de alunos para os próximos anos.

    O local tem um acesso melhor, mais próximo à BR-277 e com estacionamento próprio para os ônibus escolares. “Já faz tempo que esperávamos uma mudança como esta. Agora temos um espaço digno para os nossos filhos, um lugar bem planejado como eles sempre mereceram”, disse o caminhoneiro Wilmar Funez, que há nove anos tem uma filha matriculada na escola.

    “A outra escola era apertada, tinha poucas salas. A nova estrutura vai dar melhores condições de ensino para os alunos”, destacou Daniele Lourenço, mãe de uma aluna especial que estuda no colégio. Para Jaqueline Anacleto, mãe de outro aluno da escola, a nova estrutura vai permitir que os professores e pedagogos tenham melhores condições de lidar com as necessidades de cada aluno e consigam desenvolver suas habilidades. “Os professores são muito atenciosos, são ótimos profissionais, que agora terão uma estrutura melhor para os estudantes”, afirmou.

    INDÍGENAS – Nova Laranjeiras é a cidade paranaense com a maior comunidade indígena do Estado, segundo o Censo de 2022. São 2,8 mil pessoas no município. Entre os estudantes da escola, cerca de 40% têm origem indígena. Um deles é Orlando Feieko, que também é representante de classe. Ele disse que a nova estrutura era aguardada com grande expectativa por ele e pelos colegas. “Faz tempo que esperamos pela nova escola. As salas ficavam muito cheias no prédio antigo. A nova sede é melhor, tem mais espaço para brincar e jogar bola”, disse.

    Leia Também:  Matrículas para aulas gratuitas no Centro Juvenil de Artes Plásticas abrem dia 19

    ESCOLAS ESPECIAIS – Com a construção de escolas especiais o Governo do Estado vai garantir melhores condições ao ensino de estudantes, principalmente em unidades que funcionam em ambientes improvisados. Em geral, as escolas especiais são administradas pelas prefeituras e sempre funcionaram em espaços alugados ou improvisados.

    Para o presidente da Federação das Apaes do Paraná (Feapaes), Alexandre Botareli Cesar, este é um movimento fundamental para a melhora do ensino de pessoas especiais. “É um acontecimento inédito. Importante tanto para o aluno, quando para o profissional que trabalha na unidade, que tem uma cozinha planejada, salas planejadas, ambientes pensados para esta realidade. Algo que nunca tivemos antes”, complementou.

    As demais construções serão em Altamira do Paraná, Ariranha do Ivaí, Douradina, Flor da Serra do Sul, Guamiranga, Nossa Senhora das Graças, Piên, Prado Ferreira, Rio Branco do Ivaí, Capitão Leônidas Marques, Nova Londrina, Santo Inácio e Tunas do Paraná. As obras são coordenadas pela Secretaria das Cidades. A mais adiantada é em Douradina, com 17% da obra concluída, seguida por Nova Londrina, com 10%. As demais estão em diferentes estágios, entre projeto e procedimentos licitatórios.

    FINANCIAMENTO DAS ATIVIDADES – Além das construções, o Governo do Estado repassa anualmente R$ 480 milhões para as escolas de Educação Especial nos 399 municípios. Até 2027 o investimento será de R$ 1,9 bilhão. A medida beneficia mais de 40 mil estudantes com deficiências de todas as idades e familiares ligados a estas unidades. Os recursos são utilizados para garantir a manutenção das instituições e também a equiparação salarial dos profissionais que atuam nestas instituições em relação aos demais servidores da educação.

    Fonte: Governo PR

    COMENTE ABAIXO:
    Advertisement

    PARANÁ

    Ambulantes que trabalham na região da Ponte de Guaratuba recebem capacitação

    Published

    on

    By

    O Consórcio Nova Ponte, executor da obra da Ponte de Guaratuba, promoveu uma série de cursos profissionalizantes para ambulantes de Guaratuba no mês de março, no Litoral do Paraná. As capacitações tiveram como foco boas práticas de manipulação de alimentos, atendimento ao cliente e elaboração de currículo, entrevista de emprego e realocação no mercado de trabalho.

    Os cursos fazem parte do Programa de Diversificação das Atividades Econômicas Produtivas, o qual tem como objetivo fomentar novas oportunidades de negócios e fortalecer a economia local por meio do incentivo à criação e ampliação de atividades produtivas.

    O programa busca reduzir a dependência de setores específicos, promovendo a sustentabilidade econômica e social das comunidades. Um dos focos é preparar os ambulantes para novas oportunidades e expansão de negócios e vendas com a inauguração da Ponte de Guaratuba, prevista para ser entregue em abril de 2026. Isso porque a maioria dos ambulantes que participa dos cursos trabalha atualmente no ferry-boat, que faz a travessia entre Caiobá e Guaratuba.

     Lúcio Rafael, presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes da Travessia de Guaratuba (AVATG), participou dos cursos e afirma que a experiência adquirida foi única.

    “Estamos adquirindo conhecimentos e mais para a frente, pós-ponte, o objetivo da associação é ter um espaço para fomentar o nosso comércio. Os cursos ofertados para nós estão sendo de muita importância e de valor. Agora todos têm essa vontade de empreender”, destaca.

    Ele explica que a ideia dos trabalhadores é continuar com a tradição da venda da barquilha, da casquinha, do amendoim e dos outros produtos, já tão conhecidos na travessia da balsa de Guaratuba. E que, segundo ele, essa venda deve ser expandida em outros locais da cidade.

    Leia Também:  Estado e Opas capacitam Regionais de Saúde para verificação da situação vacinal

    “Hoje eu acho que está tendo um olhar um pouquinho com mais carinho para nós vendedores, e os cursos ofertados pelo Consórcio Nova Ponte abrem uma luz no fim do túnel. Não queremos deixar morrer essa cultura da venda da barquilha e outras coisas. Além dos 41 associados da associação, temos outras pessoas 400 pessoas que dependem das vendas”, afirma.

    Sérgio Chiconi também é ambulante e trabalha no ferry-boat desde 1991. Ele relata a experiência em participar dos cursos para aperfeiçoar o relacionamento com os clientes.

    “Hoje eu vendo loteria, mas eu vim lá de trás e já vendia fita, barquilha, bebidas, isso há 30 anos no ferry-boat. No curso a gente aprende como tratar o cliente, tentar ser melhor como pessoa para o cliente que está chegando em Guaratuba. Para nós é bom, porque a ponte está aí, vai sair e temos que aprender alguma coisa. A gente vai levar isso para vida. É educação, como chegar ao cliente e como atender o cliente”, destaca.

    Tânia de Fátima de Oliveira Calvila trabalha com vendas há mais de 13 anos e enalteceu o aprendizado nos cursos. “É algo que é bom para todos nós. Porque após sair a ponte tem muitas coisas pela frente. Precisamos saber de mais coisas, abrir a mente para tudo, não somente para a venda, mas para outras coisas também. Eu vendo coquinho, casquinha, bebida”, explica.

    Rodrigo Miguel de Oliveira trabalha há 8 anos com vendas e diz que o que mais chamou a atenção no curso foi a abordagem do atendimento ao cliente, que faz toda a diferença na hora de comercializar um produto. “Muitas vezes a gente consegue vender o produto pela conversa, pela leveza e pela paz que passa ao cliente”, destaca.

    Leia Também:  Estado investe R$ 5,3 milhões em rodovia entre São Miguel do Iguaçu e Missal

    PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO – O objetivo do programa é promover a inclusão das comunidades tradicionais no processo de contratação para a execução de obras, além de capacitá-las para o acesso a outras oportunidades de emprego, fortalecendo sua participação ativa no desenvolvimento local e ampliando suas possibilidades de inserção no mercado de trabalho.

    Ações como o curso de elaboração de currículo, entrevista de emprego e realocação no mercado de trabalho, voltado para a preparação profissional, fornecem ferramentas para melhorar a empregabilidade dos participantes. Elas visam também estimular a autonomia e ampliar as oportunidades de inserção social e econômica dos integrantes das comunidades locais.

    PONTE DE GUARATUBA – A Ponte de Guaratuba terá 1.244 metros de extensão, com quatro faixas de tráfego, duas faixas de segurança, barreiras rígidas em concreto, calçadas com ciclovia e guarda-corpo nas extremidades. A obra é do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL).

    Para acompanhar mais ações como essa e ficar por dentro de todas as iniciativas sociais, ambientais e conferir também o andamento das obras da Ponte de Guaratuba acesse o site oficial em www.pontedeguaratuba.pr.gov.br.

    Fonte: Governo PR

    COMENTE ABAIXO:
    Continuar lendo

    PARANÁ

    POLÍCIA

    ENTRETENIMENTO

    ESPORTES

    MAIS LIDAS DA SEMANA