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Apoiada pelo Anjo Inovador, startup de Toledo desenvolve banheiro sustentável para gatos

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Dados do Instituto Pet Brasil (IPB) mostram que o mercado pet movimenta anualmente mais de R$ 40 bilhões na economia brasileira. Tendo isso em mente, Carlos Sanches, veterinário e amante de gatos fundou a Cattus, uma startup de Toledo, no Oeste, dedicada ao desenvolvimento de produtos para os felinos. A empresa foi uma das 68 selecionadas no primeiro edital do programa Paraná Anjo Inovador, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), para incentivar projetos inovadores.

A seleção no edital abriu portas para o empreendedor, chamando a atenção do seu projeto para outras empresas anjos e permitindo também recursos para investimentos. O produto é um banheiro mais confortável e higiênico para os gatos e que também beneficia os donos.

A ideia surgiu durante a pandemia de Covid-19, quando o veterinário começou a ficar incomodado com o cheiro de urina e fezes de seus gatos. Numa primeira tentativa de resolver o problema ele trocou a areia da caixa por granulado de madeira, o que resolveu o problema do cheiro, mas criou uma complicação: seus gatos ficaram incomodados com a mistura do granulado úmido e seco em um só lugar. 

Assim, Sanches desenvolveu uma caixa de areia elevada, com peneira e uma gaveta acoplada que separam a areia seca e nova da areia úmida, facilitando a limpeza da caixa e criando um ambiente mais favorável para os animais. Outra característica do banheiro é que ele permite a utilização de “areias vegetais” e granulados de madeira, materiais de fontes renováveis e biodegradáveis, que é uma novidade em relação a outras caixas com gaveta disponíveis no mercado.

“Quando desenvolvi esse projeto eu não estava pensando em criar uma startup, e sim resolver o meu problema com meus gatos, mas aí conversando com alguns colegas, eles viram o potencial do produto e me convenceram a investir na ideia”, conta Sanchez.

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Além do Anjo Inovador, a Cattus também ganhou um prêmio em Porto Alegre, no quesito design, no Centelha, programa de fomento a cultura empreendedora e criação de empreendimentos inovadores no Rio Grande do Sul, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Ele fez com que Sanches iniciasse os trabalhos de prototipagem e testagem do produto. Em seguida, a startup recebeu um convite para se juntar ao ecossistema Biopark, em Toledo.

O empreendimento recebeu um investimento de R$ 1,2 milhão da empresa de usinagem JGS, que integra o ecossistema de inovação do Biopark. Somado ao aporte financeiro do Paraná Anjo Inovador, a Cattus conta com um investimento de R$ 1,5 milhão, permitindo iniciar a produção de moldes do banheiro e entrar no mercado com o produto.

“O Anjo Inovador foi um ponto de virada na vida Cattus, porque sem esse investimento não seria possível firmar a parceria com a JGS e o negócio não iria para frente. E se não fosse pelo Centelha eu não teria sido convidado para o Biopark”, explica Sanchez. “Depois da adesão ao edital foi um efeito cascata de apoio”.

Atualmente a startup está na fase de finalização do projeto para começar a produzir os moldes dos banheiros. A previsão é que em quatro meses a Cattus já esteja produzindo as primeiras peças. 

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CONCEITO – O empresário de 58 anos trabalha com um conceito de negócio definido por ele como “work money”, que conecta empreendedores de startups com empresários estabelecidos no mercado para parcerias que vão além do investimento financeiro. Foi por meio desta abordagem criada por Sanches que a Cattus conseguiu o apoio da JGS. 

No work money a ideia é que empresas tradicionais apoiem startups ao fornecerem recursos como espaço físico, insumos, recursos humanos e conhecimento em troca de benefícios específicos, como a participação em ações da startup, acesso a inovações desenvolvidas e potencial para co-criação de produtos e serviços.

“Eu enxerguei o óbvio, que é fazer com que os ‘meninos da tecnologia’ conversem com aquele empresário tradicional que tem uma empresa de sucesso, para dizer aquilo que eles precisam, não em um pitch, mas em uma reunião tradicional. Esse empresário vai trazer a experiência, a infraestrutura, a visão de mercado necessária, e isso vai fazer com que essa startup prospere”, diz Sanchez.

ANJO INOVADOR – O Governo do Paraná lançou no ano passado o maior projeto do Brasil de incentivo financeiro destinado às startups. O Paraná Anjo Inovador, promovido pela Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), destinou na primeira fase R$ 17 milhões de subsídio exclusivo para as empresas paranaenses enquadradas por lei como startups. Ainda no primeiro semestre de 2024, a SEI irá lançar uma nova fase do programa, com um novo edital, contemplando outras empresas. 

Fonte: Governo PR

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Comércio global: Paraná vendeu US$ 14,2 bilhões em alimentos e bebidas para 176 países em 2024

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O Paraná exportou US$ 14,2 bilhões em alimentos e bebidas para 176 países diferentes de janeiro a dezembro de 2024 , de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços organizados e analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O número de países interessados nos produtos paranaenses e a variedade comercializada reforçam a vocação do Estado de ser um dos principais e mais completos fornecedores de alimentos do planeta.

Ao longo do período, a China foi o principal importador de alimentos e bebidas do Paraná, com US$ 5,4 bilhões de produtos deste segmento comercializados, representando 37,9% da pauta de vendas para o Exterior. Na sequência estão o Irã (US$ 473 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 471 milhões), Coreia do Sul (US$ 441 milhões), Holanda (US$ 385 milhões), Indonésia (US$ 376 milhões), Japão (US$ 353 milhões), Índia (US$ 330 milhões), México (US$ 306 milhões) e Arábia Saudita (US$ 288 milhões). 

O Paraná também exportou muitos produtos para a União Europeia ao longo do ano passado, com França (US$ 208,4 milhões), Alemanha (US$ 208 milhões), Turquia (US$ 200 milhões), Reino Unido (US$ 142 milhões), Espanha (US$ 127 milhões) e Eslovênia (US$ 101 milhões) liderando o comércio. Para os Estados Unidos foram vendidos US$ 117 milhões. Países sul-americanos também estão bem representados na pauta do comércio exterior: Chile (US$ 152 milhões), Uruguai (US$ 95 milhões) e Peru (US$ 71 milhões). 

Ao longo dos últimos seis anos, a estratégia do governador Carlos Massa Ratinho Junior de consolidar o Paraná como um grande fornecedor de alimentos para todas as regiões do mundo tem surtido efeito. Em valores totais, as exportações de alimentos e bebidas do Paraná cresceram muito em relação a 2019. Naquele ano, 22 países importavam US$ 50 milhões ou mais em alimentos do Paraná. No mesmo período de 2024, 40 países superaram a marca de US$ 69 milhões.

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O principal produto alimentício exportado pelo Paraná entre janeiro e dezembro foi a soja, com US$ 5,3 bilhões, seguida pela carne de frango in natura (US$ 3,8 bilhões), farelo de soja (US$ 1,4 bilhão), açúcar bruto (US$ 1,2 bilhão), cereais (US$ 551 milhões), carne suína (US$ 404 milhões), óleo de soja bruto (US$ 358 milhões), café solúvel (US$ 326 milhões) e carne de frango industrializada (US$ 146 milhões).

PRODUÇÃO EM ALTA – Os dados de exportação e comércio internacional são reflexo do aumento da produção das principais cadeias do Estado. A produção de ovos para consumo, por exemplo, era de 191,866 milhões de dúzias em 2023 (ou 2,302 bilhões de unidades) e aumentou para 202,874 milhões de dúzias produzidas (ou 2,434 bilhões de unidades) em 2024.

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O Paraná também liderou o crescimento nacional da produção de frangos e suínos no ano passado, de acordo com as Estatísticas da Produção Pecuária de 2024, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado produziu 53,3 milhões de frangos e 281,4 mil cabeças de suínos a mais em 2024 em relação a 2023, além de acumular altas também na produção bovina, de ovos e de leite. 

Na avicultura, o Estado se mantém como líder absoluto, sendo responsável por 34,2% da produção de frango no País. O setor teve um crescimento de 2,47% no abate em relação ao ano anterior, somando mais de 2,2 bilhões de aves produzidas no ano passado no Paraná, superando o recorde de 2023, quando esse número chegou 2,15 bilhões de unidades.

Já na suinocultura, o Paraná diminuiu a diferença com Santa Catarina e se manteve com a segunda maior produção. Enquanto o Paraná teve um aumento de 2,32% em relação ao ano anterior, totalizando 12,4 milhões de porcos abatidos em 2024, o estado vizinho teve queda de 0,08% nos abates, com 16,6 milhões de cabeças de suínos abatidas.

O Paraná também é o maior produtor de feijão e recentemente tem se caracterizado também como um exportador importante. Em 1997, a exportação paranaense somou apenas 277 toneladas. Em 2024, a as exportações somaram 71 mil toneladas, superando em mais de cinco vezes o número registrado em 2023.

Fonte: Governo PR

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