NOVA AURORA

PARANÁ

Geleia de pitaya de produtores de Bela Vista da Caroba vai ser apresentada em feira no Canadá

Publicado em

O desejo de produzir um alimento livre de agrotóxicos, que fosse bom para sua família e para seus clientes, levou Raquel e Jilierme dos Santos a investirem na produção orgânica, uma das especialidades do Paraná, que é líder nacional no segmento. Três anos atrás, o casal de Bela Vista da Caroba, no Sudoeste do Estado, decidiu apostar na produção de uma novidade no mercado, a pitaya. A fruta de casca rosada e polpa branca passou a ser o carro-chefe da propriedade. Tanto assim, que o local em pouco tempo recebeu o nome de Recanto da Pitaya.

Na busca por diversificar a comercialização, Raquel fez uma parceria com Camila Crestani, da Arte Cacau, empresa de Ampére, e elas passaram a fabricar a geleia de pitaya a partir da produção do Recanto. No próximo mês essa novidade será apresentada aos visitantes da SIAL, uma das principais feiras de alimentos do mundo, em Montreal, no Canadá.

O Recanto da Pitaya fica na Linha Vista Gaúcha ou Soledade. O lugar está localizado no topo de um morro e fazia parte de uma propriedade ocupada anteriormente por uma granja de suínos. “Em 2018, os pais do Jilierme adquiriram somente o alto da fazenda, onde não tinha risco de geada e a propriedade ficou como herança. Como nossos três filhos eram pequenos, pensamos em plantar algo orgânico. Minha irmã tinha visto a pitaya em Santa Catarina, era uma novidade na época. Pesquisamos e compramos as mudas, e agora o pomar tem três mil pés”, conta Raquel.

Hoje o plantio está consolidado e neste ano deve alcançar 15 toneladas da fruta. Isso porque a safra foi prejudicada por uma chuva de granizo ocorrida no ano passado. Em anos normais a produção chega a 20 toneladas. Toda a fruta produzida é vendida para três fornecedores da região. Eventualmente o casal participa de eventos e aproveita para apresentar a pitaya para mais pessoas.

Leia Também:  Invest Paraná usa caso de Juranda para aproximar prefeitos de investimentos

Em 2021, os proprietários da chácara conquistaram a certificação de orgânicos para a produção de pitaya e mandioca pelo Tecpar (Instituto Tecnológico do Paraná). No ano passado foi a vez da conquista do selo do Instituto Biodinâmico. Raquel e Jilierme também produzem mandioca orgânica e estão finalizando a instalação de um aviário de galinhas de postura, com a intenção de produzir 11 mil ovos orgânicos por dia.

“Aprendemos a cultivar e a cuidar do solo. Mesmo não tendo nenhuma lavoura por perto plantamos os quebra-ventos. Fomos atrás de informação. Foi algo muito legal que aconteceu em nossa vida porque percebemos que inspiramos outras pessoas”, diz Raquel. Ela acrescentou que teve o acompanhamento dos extensionistas do IDR-Paraná na organização dos documentos para conseguir as certificações.

Em 2023 a chácara também passou a receber a visita de outros produtores, vizinhos, turistas e estudantes, olhando para o potencial do turismo rural. “Incentivamos a visitação, o turismo, criamos um espaço de eventos e muita gente vem conhecer nossa propriedade”, afirma Raquel. “Quando você vai num espaço, sempre tem o interesse de levar algo que lembre aquele lugar. E foi assim que surgiu a ideia da geleia”.

O avanço foi rápido: a primeira conversa foi em janeiro do ano passado e a caldeirada de estreia ficou pronta em abril. Agora, um ano depois, vai para o Canadá. A receita leva apenas polpa de pitaya e de abacaxi, além de uma porcentagem pequena de açúcar que funciona como conservante. “Ficou com um sabor suave, agradável ao paladar e com uma coloração bem diferenciada”, destaca a produtora.

A produção atual é de 1.500 potes de 240 gramas por mês. A geleia é vendida na chácara e em diversos pontos do Estado que comercializam os produtos da Arte Cacau.

O caminho até o Canadá começou em Curitiba. A Arte Cacau levou a geleia para uma feira na capital paranaense que chamou a atenção da equipe da Invest Paraná, agência do Governo vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços, dentro do programa Vocações Regionais Sustentáveis. “Até ficamos assustados. Cadastramos as castanhas do Brasil e a geleia orgânica de pitaya, que é uma inovação, no processo da viagem. Deu tudo certo e somos os únicos da região que vamos participar desse evento internacional”, explicou Camila.

Leia Também:  Novo estudo mostra Paraná como estado que menos cobra imposto na cesta básica

A SIAL-Canadá é uma feira que reúne uma grande diversidade de negócios, mostrando novos produtos a profissionais da área do setor. A versão deste ano vai contar com mais de mil expositores de 44 países. A organização espera receber 21 mil visitantes profissionais do Canadá, Estados Unidos e outros 77 países, entre 15 e 17 de maio, em Montreal.

No ano passado, a Invest Paraná levou doze produtos de oito pequenos empreendedores para a feira: chá mate da marca Maisha, de Bituruna; molhos e temperos de pimenta e erva-mate, além de farofa de banana da Tribal Pepper, de Guarapuava; sachês de chá solúvel de erva-mate da Triunfo Brasil, de São João do Triunfo; a tradicional bala de banana de Antonina, produzida pela indústria Soter; mate solúvel, tostado, a granel e em sachê da indústria Erva Mate Paraná, de Curitiba; geleias de frutos sazonais da Mata Atlântica da Conservas Rosana, de Morretes; palmito da Dom Henrique Conservas, também de Morretes; além das farinhas de pinhão e erva-mate para produção de bolos e pães desenvolvidas pela Embrapa Florestas de Colombo.

O Vocações Regionais Sustentáveis (VRS) incentiva a profissionalização de pequenos empreendedores de produtos típicos do Estado a partir da criação de marcas locais para conquistar mercado.

IDR PITAYA

Foto da plantação do Recanto da Pitaya em Bela Vista da Caroba. Foto: Arquivo Pessoal

PRODUÇÃO DE PITAYA – O Paraná produziu em 2022 cerca de 2,3 mil toneladas de pitaya em 181 hectares, o que gerou Valor Bruto de Produção Agropecuária de R$ 19 milhões. As cidades que mais produzem são Carlópolis, Marialva, Abatiá, Jandaia do Sul, Jataizinho, Nova América da Colina, Mandaguari, São Sebastião da Amoreira, Apucarana e Sertaneja. O Estado produz a fruta em 78 cidades.

A pitaya era considerada uma planta ornamental até o começo do século. Os primeiros registros de plantios comerciais se deram no início dos anos 2000 e comercialização no atacado começou em 2005 nas Ceasas/Rio de Janeiro. Em 2022, nas Ceasas/Paraná, foram comercializadas 209,6 toneladas de pitayas, gerando movimentação de R$ 2,8 milhões.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

25 cidades do Paraná registraram a menor temperatura do ano nos últimos três dias

Published

on

By

⁠A temporada de sopas, japonas e pantufas foi liberada neste fim de semana. 25 cidades registraram a menor temperatura do ano entre sábado (5), domingo (6) e esta segunda-feira (7). O ar frio vai permanecer ao longo desta semana no Oeste, Leste e na metade Sul do Estado, mas na região Norte as temperaturas devem chegar aos 30°C. Outro destaque da semana são os temporais no Interior, causados por áreas de instabilidade já entre a noite de segunda e a madrugada de terça-feira.

A menor temperatura foi em Palmas, no sábado: 5,9°C. Além de Palmas, no mesmo dia, outras 16 cidades tiveram a menor temperatura do ano até aquele momento: Altônia: 15,4°C; Antonina: 17,3°C; Cascavel: 13,5°C; Capanema: 14°C; Cruzeiro do Iguaçu: 14,1°C; Curitiba: 12,3°C; Foz do Iguaçu: 11,6°C; Francisco Beltrão: 11,2°C; Guaíra: 14,3°C; Loanda: 18,8°C; Palmital: 14,3°C; Pato Branco: 10,9°C; Ponta Grossa: 13°C; Santa Helena: 13,9°C; São Miguel do Iguaçu: 13,3°C; e União da Vitória: 12,6°C.

No domingo, Cascavel e Loanda registraram temperaturas ainda menores: 13,4°C e 17.9°C, respectivamente. Além destas duas cidades, outras cinco tiveram as menores temperaturas do ano até aquele momento: Apucarana: 14.9°C; Cianorte: 16.8°C; Maringá: 15.3°C; Paranavaí: 17.2°C; e Santo Antônio da Platina: 15.2°C.

Nesta segunda-feira, Cascavel e Loanda seguiram registrando recordes de temperatura mínima para 2025: 13.1°C e 17,6°C, respectivamente. Já Cianorte e Paranavaí tiveram o segundo dia de temperaturas mínimas recordes para 2025: 16.2°C e 17°C, respectivamente. Outras três cidades tiveram nesta segunda-feira as menores temperaturas do ano: Assis Chateaubriand: 15.9°C; Cândido de Abreu: 14.5°C; e Cerro Azul: 13.1°C.

Leia Também:  Empresas com participação do Estado se destacam entre as 500 maiores do Sul

PREVISÃO – A segunda-feira amanheceu com maior cobertura de nuvens no Centro-Sul, nos Campos Gerais e na faixa Leste do Paraná. “Alguns chuviscos ocasionais, algumas pancadas de chuva de fraca intensidade ao longo do dia devem dar lugar ao sol entre nuvens. No Interior o sol aparece já durante esta manhã, o que favorece o aquecimento durante o dia. No Norte e Noroeste as temperaturas máximas devem ficar ao redor dos 28°C a 30°C”, explica Leonardo Furlan, meteorologista do Simepar.

A situação muda entre a noite de segunda-feira e a madrugada de terça. “Áreas de instabilidade avançam sobre as regiões Oeste, Sudoeste e Sul do Paraná devido a formação de um sistema de baixa pressão no Rio Grande do Sul, que já provoca chuva e temporais localizados. Ao longo de terça-feira estas instabilidades avançam por todas as regiões paranaenses, provocando pancadas de chuva pontualmente intensas, inclusive na Capital”, ressalta.

O tempo permanece instável na quarta-feira, com pancadas de chuva no Norte, Centro e Leste do Paraná. “Deve chover com mais intensidade na Capital. As temperaturas se elevam um pouco mais na faixa Norte, na divisa com São Paulo, onde devem chegar aos 30°C. No Oeste, Sudoeste e Sul, com a maior cobertura de nuvens e com o repique do ar mais frio as máximas não ficam tão elevadas com relação a segunda e terça-feira , ficando na faixa dos 23°C a 25°C”, detalha.

Esse ar frio continua na quinta-feira, trazendo temperaturas mínimas mais baixas que as do início da semana.  No extremo sul, em cidades como Palmas e General Carneiro, a previsão de temperaturas mínimas na quinta é entre 8°C e 9°C. Na região de Pato Branco, Francisco Beltrão e Capanema, as mínimas ficarão entre 14°C e 15°C. Na capital, a previsão é de mínimas na faixa dos 15°C. 

Leia Também:  Licitação de obra para recuperar rodovia em Bituruna tem proposta de R$ 20 milhões

“As temperaturas se elevam um pouco mais no Noroeste e Norte do Estado. A influência do retorno deste ar mais frio não é tão pronunciada nestas áreas, que devem ter máximas na casa dos 31°C graus na quinta e na sexta-feira. O ar frio permanecerá na sexta na metade Sul do Estado, no Oeste e na Região Metropolitana de Curitiba, com mínimas mais baixas e o retorno da umidade, que deve favorecer maior cobertura de nebulosidade durante a manhã e a noite e alguns chuviscos ocasionais nestas regiões”, conta Furlan.

SIMEPAR – Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas meteorológicas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até situações como incêndios e secas.

Dados mais detalhados da previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses estão disponíveis no site www.simepar.br. A previsão tem duas atualizações diárias. Para cada cidade é possível saber o quanto deve chover, temperaturas mínimas e máximas previstas, umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA