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Mulheres das polícias Civil e Científica ajudam Paraná a ser exemplo na solução de crimes

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O trabalho conjunto de 1.321 mulheres da Polícia Civil e da Polícia Científica é fundamental para a solução de homicídios e feminicídios no Estado. O Paraná tem o melhor índice de esclarecimento de mortes em todo o Brasil, segundo um levantamento do Instituto Sou da Paz, com 76%, o dobro da média nacional, que é de 35%. Isso quer dizer que praticamente oito em cada dez casos têm indicação de autor e processo criminal completo.

Para chegar a esse resultado a equação envolve investigações de alta complexidade, com todos os métodos possíveis, exames papiloscópicos e produção de provas técnicas por meio de análise dos vestígios relacionados aos delitos, como fragmentos de munições, manchas de sangue ou mesmo fios de cabelo deixados na cena do crime. Esse é um dos destaques do Mês da Mulher nas forças de segurança pública, evidenciando o papel que elas têm para fazer com que criminosos sejam julgados pelos seus atos.

O trabalho na Polícia Civil envolve 1.144 servidoras em diligências investigativas e operações policiais. “As mulheres se destacam pela dedicação com que exercem suas funções na segurança pública. As mulheres também possuem um olhar mais cuidadoso, mais atento aos detalhes, o que auxilia muito nas investigações complexas, como os crimes de homicídio, por exemplo”, afirma a delegada Camila Cecconello, chefe da Divisão de Homicídios.

O trabalho investigativo se inicia no local do crime e se amplia para as salas de necropsia e laboratórios da Polícia Científica. As agentes de polícia judiciária, papiloscopistas policiais e peritas oficiais criminais atuam de forma integrada, garantindo que os processos sejam conduzidos com bases científicas para esclarecimento da verdade. Elas também atuam em feminicídios e usam informações reunidas em outras delegacias, como as Delegacias da Mulher, para chegar de maneira eficaz aos autores.

Em 2023, por exemplo, todos os feminicídios registrados em Curitiba foram solucionados. Um dos casos de atuação das policiais foi o crime que vitimou uma mulher de 64 anos, em novembro de 2023. Ela foi encontrada morta com golpes de faca. Foram analisadas todas as condicionantes do crime e o suspeito foi preso por policiais civis em dezembro.

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Já as policiais científicas que atuam no local de crime são responsáveis pela perícia e busca de vestígios, a fim de entender a dinâmica dos fatos. É um trabalho que exige atenção aos detalhes e muito conhecimento, pois cada exame possui suas peculiaridades, como por exemplo a coleta de material genético, pois ele tem grande facilidade de contaminação ou degradação, e também a localização de projéteis envolvidos.

As papiloscopistas policiais também auxiliam diretamente no processo da elucidação, sendo possível identificar homicidas com provas técnicas, o que fortalece as investigações. 

“Escolhi ser papiloscopista por achar muito fascinante a contribuição da perícia na busca da verdade, autoria e materialidade nas investigações criminais. Em suma, a habilidade social feminina, aliada à competência técnica e intelectual, tem muito a enriquecer as diversas áreas policiais. Humanidade, empatia, urbanidade, sensibilidade, suavidade e acolhimento no trato com testemunhas, suspeitos e familiares são algumas das atribuições”, afirma a papiloscopista Francele Valente Piazza.

O processo da atuação das policiais científicas também se estende ao necrotério, o que envolve desde a análise das características externas buscando determinar a causa médica da morte, até a coleta de vestígios que possam subsidiar o esclarecimento das investigações criminais, utilizando técnicas avançadas de perícia, como a dissecação de peças anatômicas do corpo humano e também a análise clínica de condições patológicas.

“A presença das mulheres nesse contexto é extremamente valiosa. Elas atuam na necropsia com suas competências técnicas e sensibilidade, desempenhando um papel crucial no tratamento respeitoso dos corpos e no apoio aos familiares das vítimas. A presença das mulheres nesse ambiente não apenas reflete a igualdade de oportunidades, mas também contribui significativamente para a eficácia e humanização desse processo essencial para a sociedade”, diz a técnica de perícia e chefe do necrotério, Camilla Gazolla.

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“A rotina de trabalho no local de crime, nos laboratórios e no necrotério é intensa. Lidamos aqui na PCP diariamente com a morte, encontrando nos locais situações muito tristes, porém a importância do nosso trabalho nos faz ter um olhar científico para as cenas e prestar o melhor serviço para a sociedade. Nunca sabemos quando seremos acionados, mas estamos sempre preparados para quando ocorrer”, complementa a perita oficial criminal, Christiana Cotrino.

Tanto os vestígios coletados no local, como no necrotério, são encaminhados aos laboratórios para análises complementares. Diversos exames periciais podem ser realizados, como os de genética molecular, química, toxicologia, anatomopatologia, balística, em documentos físicos e virtuais e muitos outros. Nesse trabalho são 177 mulheres envolvidas.

O Laboratório de Toxicologia da PCP foi a escolha da perita oficial criminal Dayse Souza, que explica que o trabalho realizado nos laboratórios forenses é de extrema importância para a elucidação de crimes, uma vez que permite identificação da presença de fluidos biológicos em cenas de crime, a confirmação da ilicitude de substâncias apreendidas e até mesmo a identificação de substâncias como drogas, álcool e medicamentos no material biológico de cadáveres e outras vítimas de crimes. 

“As profissionais que atuam no laboratório fazem uma análise minuciosa dos materiais periciados, o que exige que a perita tenha o domínio das técnicas analíticas empregadas, que inclui a operação de equipamentos de última geração. Dessa forma, é necessário que a profissional atuante nessa área, além de cautelosa e criteriosa, esteja em busca constante de evolução profissional, sempre em busca de entregar o melhor resultado para a população”, completou.

Fonte: Governo PR

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Feriado será de mudanças no tempo em todo o Paraná, prevê Simepar

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O feriado da Páscoa e de Tiradentes deve ter um pouco de tudo no tempo do Paraná. Sol, chuva, calor e frio são esperados. O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) recomenda que os paranaenses fiquem de olho no site www.simepar.br para saber as atualizações para cada município. 

Esta quinta feira registra ar mais seco, tempo estável e chuvas isoladas, com temperatura máxima no Estado de 28º C, na região Oeste. A instabilidade começa nesta sexta-feira (18), devido ao avanço de uma frente fria no Sul do país. Há previsão de chuvas a qualquer hora do dia na maioria das áreas do Paraná.

“Oeste, Sudoeste, Noroeste e faixa Norte do Paraná são as regiões preferenciais para ocorrência de chuva e também há risco de temporais. Poderemos ter algumas pancadas fortes, acompanhadas de raios e até mesmo algumas rajadas de vento mais pontuais”, alerta o meteorologista Lizandro Jacóbsen, do Simepar.

Os temporais também devem atingir a região Sul, os Campos Gerais, Região Metropolitana de Curitiba e o Litoral, entre a tarde e a noite de sexta-feira. As temperaturas máximas ficam próximas a 25°C em Curitiba, 29°C em Matinhos, 24°C na região da União da Vitória e 28°C em Telêmaco Borba. 

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MAIS AMENAS – As temperaturas ficam mais amenas e o tempo fica um pouco mais estável no sábado (19), na divisa com Santa Catarina e na fronteira com os países vizinhos. A chuva permanece no Noroeste, no Norte, Noroeste e Norte Pioneiro, porém com menos intensidade do que na sexta-feira.

As temperaturas máximas previstas são na casa dos 21ºC a 22°C em Curitiba, 23°C no Litoral, 24°C nos Campos Gerais e 20°C na região da União da Vitória.

“A condição de chuva também continua no Litoral, com pancadas a qualquer hora do dia, de moderada a forte intensidade, e ainda com uma grande cobertura de nebulosidade na faixa leste”, explica Leonardo Furlan, também meteorologista do Simepar.

DOMINGO E SEGUNDA – No Domingo de Páscoa, o tempo deve ficar mais frio na região Sudoeste, próximo a Pato Branco e Francisco Beltrão. As mínimas ficarão em torno de 12°C. Cascavel e Foz do Iguaçu terão 13°C a 14°C de temperatura mínima.

Em outras regiões, o sol vai aparecer. “No Noroeste e no Norte paranaense, ainda teremos valores um pouco mais elevados durante o período da tarde, perto dos 28°C entre Maringá, Londrina e Paranavaí. Se destaca a grande amplitude térmica. E essa situação se repete no feriado de Tiradentes, mas as mínimas ficam um pouquinho mais baixas no Sudoeste, em torno de 11°C a 12°C no amanhecer, até mesmo com formação de alguns nevoeiros”, ressalta Lizandro Jacóbsen. 

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No Litoral, no domingo e na segunda-feira, persiste a condição de chuvas ocasionais fracas a moderadas. Em Curitiba, Campos Gerais e Sul do Paraná, a maior cobertura de nebulosidade deixa a temperatura igual ao longo de todo o dia: amanhecer de 11°C a 12°C e a tarde as temperaturas máximas não passam dos 20°C. 

SIMEPAR – Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas meteorológicas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até situações como incêndios e secas.

Dados mais detalhados da previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses estão disponíveis no site www.simepar.br. A previsão tem duas atualizações diárias. Para cada cidade é possível saber o quanto deve chover, temperaturas mínimas e máximas previstas, umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte.

Fonte: Governo PR

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