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Empresa do Sanepar Startups expande projeto de combate a perdas de água em Curitiba

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A empresa Stattus4 iniciou nesta quarta-feira (13) a ampliação do uso de uma nova tecnologia de combate a perdas de água na Sanepar. Selecionada no programa Sanepar Startups, a Stattus4 implantou um sistema inteligente de detecção de vazamentos numa extensão de 22 quilômetros de rede de Curitiba e agora estende para mais 2.500 quilômetros em bairros da região Sul da cidade. O contrato de parceria, assinado entre as empresas com base na Lei das Startups, tem duração de dois anos.

Na manhã desta quarta, diretores da Stattus4 apresentaram o cronograma do trabalho ao diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, ao diretor de Inovação, Anatalício Risden Junior, a gerentes e especialistas da Companhia.

Com mentoria e apoio técnico da Sanepar e do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), a Stattus4 desenvolveu um modelo de sensores de pressão que são instalados nos hidrômetros da rede de distribuição para fazer a captação e o envio de dados a um servidor. Dotado de técnicas de Inteligência Artificial e de Aprendizado de Máquina, o programa cria uma base de informações com perfis de funcionamento do sistema de abastecimento e estabelece um modelo de monitoramento de indicadores.

A tecnologia ajuda a identificar de maneira mais rápida e precisa o vazamento oculto, quando a água infiltra na terra ou em galeria pluvial e não aflora à superfície. Ao detectar uma mínima variação de pressão na rede de água, o sistema direciona o trabalho de verificação em campo. Isso facilita a localização do vazamento pelas equipes que utilizam aparelhos de escuta, como o geofone.

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Na fase de experimento da nova tecnologia, de janeiro a agosto de 2023, o sistema foi aplicado nos bairros Alto Boqueirão e Tatuquara, na Capital. Nesse período, o programa possibilitou uma recuperação de 69% do índice de perdas no Alto Boqueirão, reduzindo de 650 litros por dia para cerca de 200 litros/dia. No Tatuquara, foi constatada a redução de 49% das perdas reais, passando de 100 l/d para 59 l/d. O tempo de investigação de vazamento, com equipamentos de escuta, que poderia levar até 180 dias, foi reduzido para três dias em média.

BOAS EXPECTATIVAS – Claudio Stabile afirma que a nova parceria deverá ser bastante exitosa para a Sanepar. “A Stattus4 avançou muito na detecção de perdas, com a busca de vazamentos na rede. Esse trabalho tem um impacto em vários pontos, pois além de reduzir a perda de água, diminui custo e aumenta a receita da Companhia e a disponibilidade hídrica para a população”, diz.

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A CEO da Stattus4, Marília Lara, enfatiza a importância dos resultados para que o projeto seja escalonado. “Fechamos um ciclo e entramos num novo patamar, com a tecnologia escalonada”, explica. “O saneamento conta com a Inteligência Artificial num novo nível de detecção de perdas, entregando mais resultados à Companhia e à população. Estamos no caminho certo, criando tecnologia para preservar a água e fomentando a inovação e a tecnologia para tornar o acesso à água potável uma realidade para toda a população”.

PROGRAMA – O Programa de Inovação Aberta em Saneamento Ambiental (Sanepar Startups) foi lançado em 2021 com o objetivo de selecionar soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios do setor de água e saneamento ambiental. O programa vai destinar ao todo R$ 1,5 milhão para projetos inovadores. É desenvolvido em parceria com a Fundação Parque Tecnológico Itaipu Brasil (PTI-BR), a Finep – Inovação e Pesquisa, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR).

No primeiro edital, as cinco empresas selecionadas foram: Stattus4, Pullup, O2Eco Tecnologia Ambiental, Radioforce e Maxbot – S. As empresas selecionadas no segundo edital foram SANAPP, ETSYS Indústria e Tecnologia em Sistemas Ltda., AFFG Soluções Tecnológicas Ltda., Eisenia Tecnologia e Meio Ambiente e Peoplexperience Tecnologia da Informação

Fonte: Governo PR

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Portos do Paraná realiza oficina de coleta e despolpa do açaí juçara em comunidade no Litoral

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Moradores da no Litoral do Paraná, participaram nesta quarta-feira (02) da 2ª Oficina de Coleta, Higienização e Despolpa de Juçara, fruta semelhante ao açaí amazônico. A iniciativa da Portos do Paraná busca estimular uma nova fonte de renda para as comunidades locais, predominantemente compostas por pescadores, além de promover a preservação da palmeira juçara, espécie ameaçada de extinção.​

“Com o conhecimento da despolpa dos frutos, é possível uma mudança cultural, possibilitando renda às comunidades e incentivando o plantio das sementes”, destacou o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana.​

A oficina integra o Programa de Educação Ambiental (PEA) da Autoridade Portuária e surgiu como uma demanda dos próprios moradores. “No Sul do Brasil basicamente não temos a cultura do aproveitamento deste fruto. Já no Norte, é muito comum. Estamos trazendo a oficina para estimular esta nova opção”, explicou o coordenador de Sustentabilidade da Portos do Paraná, Pedro Pisacco Pereira Cordeiro. “A sementinha roxa produz um açaí de excelente qualidade”.​

O Instituto Juçara de Agroecologia conduziu as atividades teóricas e práticas. “A coleta da juçara no Litoral é feita entre março e maio. É neste período que a palmeira vai frutificar e os cachos com os frutos vão amadurecer”, comentou o vice-presidente do Instituto, Rafael Serafim da Luz.​

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O fruto da juçara é semelhante ao açaí da Amazônia, porém, a palmeira nativa das áreas litorâneas de Mata Atlântica, Euterpe edulis, difere das palmeiras que produzem o açaí tradicional da região Norte do país. O “açaí juçara” é rico em antocianina, um antioxidante que confere a coloração roxa escura, muito semelhante ao açaí amazônico. Além do fruto, a palmeira também é conhecida por produzir o palmito juçara.​

O fruto é extremamente rico em ferro e cálcio, elementos que complementam muito bem a alimentação. “É uma planta que se desenvolve super bem, de fácil manejo. E a gente vê na casa das pessoas, faz parte da paisagem dos caiçaras”, pontuou Serafim da Luz.​

SELEÇÃO DE GRÃOS – A merendeira Adi Fátima Lourenço possui algumas palmeiras no quintal de casa, uma das quais foi utilizada durante a oficina. “A gente se criou subindo nos pés de juçara, mas não sabia fazer os sucos. E essa oficina vai ajudar na renda mesmo. Dá pra fazer bolo, pão. É um diferencial que as pessoas sempre estão procurando”, comentou Adi.​

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Durante a coleta e higienização, ocorre a seleção dos grãos maduros e sadios, que passam por um processo de lavagem com água sanitária para a esterilização das bactérias. Após o enxágue, eles são encaminhados para a despolpadeira, que remove os caroços, sementes ou cascas, resultando em um líquido engrossado e peneirado.​

CURSOS E OFICINAS –  Pelo Programa de Educação Ambiental, a Portos do Paraná realizou, desde 2019, dezenas de oficinas de capacitação e cursos profissionalizantes gratuitos para comunidades litorâneas do Estado.

As iniciativas buscam promover, além de práticas permaculturais, a educação ambiental, a organização comunitária e a valorização ambiental, ao mesmo tempo em que apresentam possibilidades de geração de renda para os membros das comunidades.

Entre os temas abordados estão comunicação e atendimento e introdução à maquiagem para jovens, em parceria com o Senac. As mulheres das comunidades de Piaçaguera e do Valadares também puderam participar dos cursos de corte e costura.

Fonte: Governo PR

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