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Agronegócio e energias renováveis alavancam PIB e emprego no Piauí

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O Piauí vem tendo um ótimo crescimento em seu Produto Interno Bruto (PIB) ao longo das últimas duas décadas, impulsionado principalmente pelo desenvolvimento do agronegócio e pela expansão de parques de energias renováveis. Esse fenômeno tem gerado impactos positivos no desenvolvimento de municípios que, anteriormente, apresentavam indicadores econômicos mais modestos, transformando suas realidades.

Conforme aponta um estudo da Secretaria do Planejamento (Seplan), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os municípios piauienses que migraram suas principais atividades para o agronegócio ou a indústria experimentaram um crescimento acima da média dos demais, especialmente nos últimos cinco anos. Essa mudança resultou não apenas no aumento do PIB, mas também na liderança em geração de empregos.

Um exemplo é o município de Queimada Nova, situado no sertão do Piauí (520 km da capital, Teresina). Entre 2020 e 2021, registrou um crescimento extraordinário de mais de 111% no PIB, atingindo a cifra de R$ 253 milhões. Esse desempenho excepcional é atribuído à instalação do Parque Lagoa dos Ventos, considerado o maior complexo eólico da América do Sul.

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Além de Queimada Nova, outros municípios, como Dom Inocêncio, Simões, Lagoa do Barro e Ilha Grande, também experimentaram avanços significativos no PIB, impulsionados principalmente pelos empreendimentos de energias renováveis, tanto eólica quanto solar.

O levantamento do IBGE revela que, dos 10 municípios piauienses que mais cresceram em termos de PIB entre 2020 e 2021, a maioria tem como principal impulsionador de suas economias a energia renovável ou o agronegócio.

Quanto à geração de empregos, os municípios vinculados ao agronegócio destacam-se como criadores significativos de oportunidades de trabalho. Ribeiro Gonçalves, cuja economia é centrada na produção de soja e milho, foi o quarto município que mais gerou empregos de janeiro a novembro de 2023, com um saldo positivo de 1.252 vagas. Esses resultados o colocaram à frente de cidades maiores, como Floriano, Picos, União e Altos.

Os municípios localizados no cerrado piauiense, concentrados na produção agrícola de soja e milho, foram os maiores geradores de empregos entre 2020 e 2021. Os territórios de desenvolvimento, Tabuleiro do Alto Parnaíba e Chapada das Mangabeiras, se destacaram nesse cenário, gerando, respectivamente, 3.182 e 826 vagas de emprego entre janeiro e novembro de 2023. Proporcionalmente, esses dois territórios superaram outros mais populosos, como Entre Rios, Cocais e Planície Litorânea, evidenciando o impacto positivo do agronegócio e das energias renováveis na economia e emprego no estado.

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Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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