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Apesar do avanço da colheita, Conab avalia que preço do frete está em queda

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O Boletim Logístico de janeiro, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta uma tendência de queda nas cotações de frete. O resfriamento nesse mercado, identificado pela análise, deve persistir em fevereiro, aguardando a colheita da soja, momento em que há um aumento significativo no fluxo.

A perspectiva de uma menor produção de soja e milho em 2024 no estado já está refletindo nas projeções de ganhos com frete para este ano, segundo o Boletim. Apesar disso, os preços, com Mato Grosso como origem, permanecem em patamares elevados, atingindo valores inéditos para o mês de dezembro.

“Estamos observando um novo nível de preços, e não há perspectiva de que o mercado retroceda aos patamares prévios”, ressalta Thomé Guth, superintendente de Logística Operacional da Conab.

Ele destaca que, além da necessidade de escoamento das safras recordes de soja e milho, fatores como o atraso nas negociações ao longo do ano passado por questões mercadológicas e as dificuldades fluviais no escoamento para o Arco Norte contribuíram para desafios logísticos, exigindo replanejamento de rotas.

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Desafios Logísticos em Outros Estados – Outros estados também enfrentaram baixas nas cotações de frete. Em Mato Grosso do Sul, oscilações de preços ocorreram devido à baixa disponibilidade de produtos para transporte. Em Goiás, os fretes na região do entorno de Rio Verde estavam em baixa devido à demanda e à pouca oferta de caminhões.

No Distrito Federal, houve variações negativas em todas as rotas pesquisadas, enquanto na Bahia ocorreu queda nas cotações dos fretes nas regiões de primeira safra e uma tendência de alta na região das terceira safra, influenciada principalmente pela variação da demanda.

No Piauí, os preços continuaram mais baixos em relação ao mês anterior, e no Maranhão, observou-se uma baixa oferta de fretes rodoviários com destino ao porto do Itaqui, em São Luís, e para o Terminal da Ferrovia Norte-Sul, em Porto Franco, com redução de preços.

Em Minas Gerais, os fretes mantiveram patamares de preços muito semelhantes aos do mês anterior nas praças acompanhadas pela Conab, enquanto no Paraná houve variações positivas para os destinos pesquisados.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Guerra EUA x China: Brasil vira peça-chave e faz planos para um corredor transoceânico

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A guerra comercial entre China e Estados Unidos ganhou novos capítulos nesta semana, com reflexos importantes para o Brasil — principalmente para o agronegócio. A Casa Branca anunciou um aumento das tarifas sobre produtos chineses, que agora chegam a 245%. O motivo, segundo o governo americano, seria uma resposta a ações retaliatórias por parte da China. A notícia pegou o governo chinês de surpresa e provocou reações imediatas, incluindo pedidos formais de esclarecimento.

Imagem: reprodução/Ministério dos Transportes

Em meio a essa disputa, o Brasil pode sair ganhando, se conseguir resolver seus problemas logísticos (veja aqui). Uma comitiva do governo chinês esteve em Brasília nesta semana para conhecer projetos de infraestrutura e discutir caminhos que facilitem o acesso dos produtos brasileiros ao mercado asiático. Um dos temas centrais foi o Corredor Bioceânico, uma rota que ligará o Brasil ao Oceano Pacífico passando por países vizinhos, como Paraguai e Argentina, com destino aos portos do Chile.

O corredor tem um grande atrativo: facilitar a exportação de grãos e carnes para a Ásia, encurtando a distância até os mercados chineses e reduzindo custos logísticos.

A iniciativa também está diretamente ligada às ferrovias, como a Norte-Sul, a FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) e a FICO (Ferrovia de Integração Centro-Oeste), todas integradas ao Novo PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. O objetivo é melhorar o escoamento da produção do Centro-Oeste, especialmente soja, milho e carne.

Durante a visita ao Brasil, a delegação chinesa se reuniu com representantes dos governos de Mato Grosso, Goiás, Rondônia e Acre, onde foram apresentados dados sobre produção agrícola, cultura e exportações. A agenda também incluiu visitas técnicas ao Porto de Ilhéus (BA), à FIOL, ao Porto de Santos (SP) e ao projeto do futuro Túnel Santos-Guarujá.

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O plano é transformar a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que avança lentamente entre Caetité e Ilhéus, em um elo fundamental de um corredor bioceânico que levaria grãos, minérios e outros produtos brasileiros até o porto de Chancay, no Peru — e de lá, direto ao mercado asiático.

A missão chinesa desembarcou em Ilhéus nesta quarta-feira (16.04), visitou trechos da Fiol 1 e as instalações do Porto Sul, que ainda está em obras. A ideia é clara: entender o que falta, quanto custa e como viabilizar a conclusão dessa travessia ferroviária transcontinental, um projeto que, se sair do papel, poderá reduzir em até dez dias o tempo de navegação entre o Brasil e a Ásia.

Para os chineses, trata-se de uma oportunidade de ouro. Para o Brasil, uma chance — talvez a última por um bom tempo — de dar um salto logístico sem depender exclusivamente dos Estados Unidos ou de seus próprios (e lentos) investimentos públicos.

Mas o entusiasmo técnico contrasta com a realidade do chão. As obras da Fiol seguem a passos lentos, marcadas por entraves burocráticos, desafios ambientais e falta de recursos. A Bahia Mineração (Bamin), concessionária do trecho, tem sob sua responsabilidade não apenas a ferrovia, mas também a construção do Porto Sul — um complexo que ainda está longe de operar plenamente.

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A visita chinesa, no entanto, é simbólica. Marca o esforço de Pequim em reforçar laços com o Brasil em um momento em que a dependência mútua aumenta. Hoje, mais de um terço de tudo que o Brasil exporta tem a China como destino. E a maior parte disso — cerca de 60% — precisa de infraestrutura para sair do interior até os portos. Sem ferrovias eficientes, o Brasil seguirá perdendo tempo e dinheiro.

NOVA ROTA – Uma nova rota marítima lançada nesta semana, de forma simultânea no Brasil e na China, promete reduzir o tempo necessário para transportar produtos entre um país e outro, e também os custos logísticos. A rota vai ligar o Porto Gaolan, localizado em Zhuhai, no sul da China, aos Portos de Santana, no Amapá, e de Salvador, no Brasil, sem escalas. Com isso, a expectativa do embaixador da China no Brasil, Zhu Oinggiao, é que o trânsito de cargas leve 30 dias a menos que o habitual e os custos das operações também diminuam, em mais de 30%.

Fonte: Pensar Agro

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