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Seca reduz produtividade em até 40% em Mato Grosso

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A estiagem em Mato Grosso acelerou o ciclo inicial da soja, resultando em rendimentos significativamente abaixo das expectativas.

Além da baixa produtividade, que preocupa os produtores devido aos contratos prévios, outros desafios surgem devido às condições climáticas adversas, como a complexidade no manejo dos tratos culturais e o controle de doenças e pragas. Estima-se que as perdas na safra alcancem cerca de 40%.

Apesar de ter uma área corrigida e bem adubada, com investimentos elevados em semeadura de precisão e a expectativa inicial de alcançar uma média de 70 a 90 sacas por hectare, o produtor Douglas Leandro dos Santos, de Nova Mutum, na região médio-norte de Mato Grosso, se deparou com os impactos severos causados pelo fenômeno El Niño.

Ele relata que as chuvas foram irregulares nos diferentes talhões de sua fazenda. Embora tenha havido umidade suficiente para o início do plantio e germinação adequada, o regime de chuvas após a emergência da planta foi escasso. Um dos talhões, que normalmente seria bem desenvolvido, apresentou um crescimento tão limitado devido à falta de água que a altura da soja mal atingiu o joelho, resultando em condições desafiadoras para a produção.

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Fonte: Pensar Agro

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Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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