NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Fiagros são boa opção de aplicação financeira. Conheça a modalidade aqui

Publicado em

O VGIA11, que se destaca como o maior Fiagro do Brasil em número de cotistas,  o valor é de R$ 0,1242991 por cota. Conforme comunicado nesta quinta-feira (11.01), os dividendos do VGIA11 serão distribuídos no próximo dia 18, sendo destinados somente aos que detinham cotas do Fiagro até o final do pregão de hoje da Bolsa de Valores.

Os Fiagros são fundos que investem nas cadeias produtivas agroindustriais, têm ganhado destaque e atraído a atenção de investidores em busca de dividendos consistentes. Esses fundos oferecem retornos mensais superiores a 1%, o que tem impulsionado a popularidade do segmento.

Dividendos robustos têm atraído cada vez mais os investidores pessoa física. Até outubro do ano passado, segundo dados da B3, eram 432.609 alocando seus recursos em Fiagros. Em relação ao patrimônio líquido, o setor tinha alcançado o patamar de R$ 17,1 bilhões também em outubro, com captação de R$ 260,6 milhões no período, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Leia Também:  STF autoriza retomada dos estudos para construção da Ferrogrão

O diferencial dos Fiagros está não apenas nos dividendos elevados, mas também na distribuição mensal, proporcionando uma renda recorrente aos cotistas. Um aspecto crucial para os investidores é a chamada “data com”, que representa a data limite até a qual um investidor precisa possuir as cotas de um Fiagro para ter direito aos proventos anunciados.

Essa estratégia de seguir o calendário da “data com” é adotada pelos gestores de Fiagros, alinhando-se à dinâmica dos FIIs, que concentram suas datas de corte no último dia útil do mês.

A maioria dos Fiagros anuncia o valor dos dividendos no fechamento de mercado da “data com”, impedindo uma corrida para comprar cotas e garantir os proventos. Algumas exceções, como o SNAG11 da Suno Asset, costumam divulgar os proventos alguns dias antes da data de corte.

A boa notícia para os investidores é que os Fiagros têm “data com” fixa, ocorrendo sempre no mesmo dia útil todo mês. Para facilitar a organização dos investidores, o InfoMoney apresenta um mapa das “datas com” dos fundos do agronegócio.

Leia Também:  Plantio de milho da safra de verão 2022/2023 atinge 74,2% no Brasil

O levantamento realizado considera os 25 Fiagros do tipo FII listados na B3, incluindo os de “papel” (que compram ativos financeiros como CRAs, os Certificados de Recebíveis do Agronegócio), de “terra” ou híbridos. Fiagros do tipo FDIC e os negociados no balcão da Bolsa não foram incluídos no estudo.

Um aspecto peculiar das “datas com” dos Fiagros é que, ao contrário das ações, que anunciam proventos semanas antes do dia limite, permitindo que o investidor se organize, nos fundos há menos espaço para manobras. O levantamento revela que o último dia útil de cada mês é crucial para quem deseja receber dividendos desses fundos.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Na semana da Páscoa, indústria de chocolate enfrenta crise histórica

Published

on

By

A Páscoa de 2025 chega em meio à maior crise já registrada no mercado global de cacau. Com a cotação da amêndoa batendo recordes históricos, a indústria do chocolate enfrenta um cenário crítico: falta de matéria-prima, custo em alta e risco de desabastecimento. O preço do cacau acumula uma disparada de 189% só neste início de ano, somado a picos que chegaram a 282% no mercado internacional ano passado, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (Abia).

O impacto dessa escalada já se reflete diretamente no setor produtivo brasileiro. No primeiro trimestre de 2025, a indústria processadora nacional recebeu apenas 17.758 toneladas de cacau, volume 67,4% menor em relação ao trimestre anterior, de acordo com a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). É um dos piores desempenhos dos últimos anos.

Sem matéria-prima suficiente no mercado interno, o Brasil aumentou as importações para tentar garantir o abastecimento, trazendo 19.491 toneladas de cacau de fora — alta de quase 30% em relação ao mesmo período de 2024. Mesmo assim, a conta não fecha. A indústria terminou o trimestre com um déficit de 14.886 toneladas, o que acende o sinal de alerta sobre a sustentabilidade do setor.

Embora os chocolates da Páscoa já estejam nas lojas desde fevereiro — resultado de compras antecipadas feitas pela indústria — os reflexos da crise serão sentidos ao longo do ano. A defasagem entre a produção nacional e o volume processado mostra que o Brasil voltou a depender fortemente do mercado externo, num momento em que a oferta mundial também está em colapso.

Leia Também:  Petrobras retoma construção de fábrica de fertilizantes em Mato Grosso do Sul

Gana e Costa do Marfim, que concentram mais de 60% da produção global, enfrentam quebras de safra causadas por pragas, mudanças climáticas e envelhecimento das lavouras. A menor oferta mundial reduziu os estoques ao menor nível em décadas, pressionando ainda mais os preços e criando um efeito cascata sobre todos os elos da cadeia.

No Brasil, a situação também é crítica. A Bahia, que responde por dois terços do cacau nacional, entregou apenas 11.671 toneladas às indústrias no primeiro trimestre — retração de 73% frente aos últimos três meses de 2024. Técnicos apontam que o clima instável prejudicou o florescimento e agravou a incidência de doenças como a vassoura-de-bruxa, exigindo mais investimento em manejo e controle.

Apesar da queda drástica na produção, o produtor baiano tem sido parcialmente compensado pelo preço elevado da amêndoa, que supera R$ 23 mil a tonelada. O custo dos insumos, por outro lado, já não sobe no mesmo ritmo, o que ajuda a preservar a renda do campo. Ainda assim, a insegurança climática e o risco sanitário mantêm o setor em alerta.

Na tentativa de segurar os preços ao consumidor, a indústria brasileira está buscando alternativas, como mudanças nas formulações, cortes de gramatura e reformulação de produtos. Chocolates com maior teor de cacau — que dependem mais diretamente da amêndoa — devem ser os mais afetados. Já produtos de linha popular podem manter preços mais estáveis, ainda que com porções menores.

Leia Também:  Plantio de milho da safra de verão 2022/2023 atinge 74,2% no Brasil

Mesmo assim, o consumidor já percebe reajustes nas gôndolas. O ovo de Páscoa, símbolo do período, está até 20% mais caro em relação ao ano passado, e a tendência é de novos aumentos caso a crise se prolongue.

O atual desequilíbrio entre oferta e demanda reforça a urgência de investimentos em produtividade no Brasil. O país, que já foi o segundo maior produtor de cacau do mundo, hoje precisa importar amêndoa para manter sua indústria funcionando. Com lavouras envelhecidas, baixa produtividade média e forte dependência de condições climáticas, a cadeia brasileira está vulnerável.

Segundo a AIPC, é necessário acelerar a renovação de pomares, incentivar o uso de clones mais produtivos e resistentes, e ampliar o acesso a crédito para pequenos e médios produtores. Também cresce a demanda por políticas públicas que favoreçam a expansão da cacauicultura na Amazônia, no Espírito Santo e em novas fronteiras agrícolas.

Enquanto isso, o chocolate — produto culturalmente associado à celebração e ao prazer — pode se tornar um item mais raro e caro na mesa dos brasileiros. A crise do cacau já não é um problema futuro. Ela está acontecendo agora, e a Páscoa de 2025 é a prova mais amarga disso.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA