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Goiás encerra 2023 com um superávit de 19,5% no volume de exportações

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A economia de Goiás encerrou o ano de 2023 com um superávit de 19,5% no volume de exportações, totalizando US$ 13,8 bilhões em negócios.

Comparado ao ano anterior, o estado registrou um saldo positivo de US$ 8,9 bilhões sobre as importações, que geraram US$ 4,8 bilhões em transações comerciais. Os dados foram revelados pelo Boletim do Comércio Exterior de Goiás, elaborado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), vinculado à Secretaria-Geral de Governo (SGG), e divulgado recentemente.

O destaque novamente recai sobre o agronegócio, que manteve sua posição de protagonista nas exportações goianas. O estado conquistou o quinto melhor saldo da balança comercial do Brasil, atingindo US$ 8,96 bilhões (FOB). Cerca de 66,6% do valor exportado é representado por produtos primários, com ênfase nos municípios de Rio Verde, Jataí e Mozarlândia. Rio Verde e Jataí, localizados no sudoeste goiano, são reconhecidos por suas exportações de grãos, enquanto Mozarlândia, situado no noroeste goiano, destaca-se na exportação de carnes.

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O agronegócio é responsável por 86,6% do valor das exportações de Goiás e representa expressivos 96,7% do total exportado. A China, como principal mercado consumidor do estado, foi o destino de 57,5% do volume exportado, registrando um aumento notável de 39,4% entre 2022 e 2023. Paralelamente, observou-se um crescimento nas exportações de produtos de maior tecnologia agregada, que passaram de 54,9% em 2022 para 57% em 2023, abrangendo produtos classificados como “Não Classificados como Indústria de Transformação” (N.C.I.T.).

Erik Figueiredo, presidente do IMB, destaca o pioneirismo do instituto na análise da dinâmica do mercado internacional. Ele enfatiza que as exportações do estado continuam sendo destaque nacional, enquanto as importações apresentaram uma queda, influenciada por fatores externos à economia local. A redução de 10% no volume de importações em relação a 2022 e a queda de 18,4% no valor das transações são atribuídas, em grande parte, à diminuição de 15,5% no volume de fertilizantes importados, resultado dos eventos internacionais, especialmente o conflito entre Rússia e Ucrânia.

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O volume importado da Rússia teve uma queda significativa de 21,4%, e o valor diminuiu em 56,2% em comparação a 2022. Outro setor relevante nas importações de Goiás é o de veículos, abrangendo máquinas e implementos agrícolas, representando 3,3% do valor total das importações do estado e experimentando um crescimento de 22,6%. Esses números indicam a necessidade de considerar esses fatores ao planejar a política estadual em 2024, conforme destaca Erik Figueiredo.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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