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Inserção de Paranaguá na rota de turismo de cruzeiros motiva empresários locais

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Empresários do Litoral do Estado estão cada vez mais animados com a procura crescente de pacotes turísticos e o movimento no comércio gerados pelos passageiros do navio Lírica, da MSC. Esta é a 4ª semana que a embarcação atraca no Porto de Paranaguá, com embarque e desembarque de passageiros, sempre às sextas-feiras. 

Ao todo, serão 16 paradas de navios na cidade, até 8 de março de 2024 – 15 do Lírica e uma do navio Música, neste sábado (23). Oportunidade para passageiros e tripulantes descerem, desfrutarem dos atrativos turísticos do Litoral, conhecerem produtos locais e saborearem a culinária típica da região.

A passagem dos visitantes gera emprego e renda. Proprietária de uma agência de turismo de Paranaguá,  Ana Cláudia Mariano Gonçalves afirma que contratou oito guias de turismo e intérpretes para atender a demanda cada vez maior.

“Estamos no ramo há bastante tempo e estávamos esperando por isso há muitos anos. Vimos que os profissionais e o comércio estão se estruturando”, afirmou.

As amigas gaúchas Geovana Mantivani e Tatiana Ferrarini visitaram o Mercado do Artesanato e aproveitaram para levar diversos souvenires. “Sempre gostamos de comprar lembranças dos locais por onde passamos e o mercado bem ao lado do receptivo veio a calhar”, disse Geovana.

O secretário do Turismo do Paraná, Márcio Nunes, afirma que os navios estão se mostrando um sucesso para levar o nome do Paraná como destino turístico para outros estados e países, e isso impacta na oferta de emprego no setor.

“Estamos trabalhando para que tudo seja feito da melhor forma possível, pois o turista precisa ser bem atendido. Um turista satisfeito recomenda nosso Estado para outras pessoas”, disse.

BOAS-VINDAS – Os passageiros em trânsito são recepcionados na Praça Mário Roque, no Centro Histórico de Paranaguá, em uma tenda que divulga com opções de passeios. O espaço, assim como o local de check-in e check-out, no Mega Rocio, foi disponibilizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Turismo, em parceria com a Adetur Litoral e a Prefeitura de Paranaguá. 

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As tendas ficam em um ponto estratégico, ao lado de destacados comércio de Paranaguá, como o Mercado dos Artesãos. “Os turistas estão se deliciando com as nossas artes e comprando”, diz Eli Mattar, que trabalha há dois anos com a venda de artesanatos no local.

Também há dois anos neste mesmo mercado, Sônia Aquino destaca que já percebeu uma mudança muito grande no fluxo de pessoas desde a entrada do Paraná na rota dos navios de cruzeiro. 

“A gente conhece pessoas novas, elas olham nosso artesanato, nossas obras, e a gente fica muito feliz porque está saindo mercadoria das prateleiras. Sai muito imã, muito chaveiro, lembranças do Estado” conta.

PASSEIOS – Além da experiência profissional de trabalhar em navio de cruzeiro, os tripulantes conhecem outros países enquanto as embarcações ficam atracadas nos Portos. 

O mexicano Carlos Curvas, recepcionista no navio Lirica há oito meses, decidiu conhecer a tão famosa Ilha do Mel, na última semana. “Eu gostei da cidade de Paranaguá. Ela é pequena e colonial. Conheci um pouco da cidade, comi um pastel e curti o dia na Ilha do Mel.

Moradora de Florianópolis, a passageira do mesmo navio Marlene Farias conta que aproveitou o dia no município. “Almocei, aproveitei o dia na praça, fui ao museu, vi artesanatos e achei tudo muito bonito, o pessoal educado e receptivo”, afirmou.

Paranaenses aproveitam embarque mais próximo de casa para celebrar datas especiais

O navio Lírica, que também embarcou paranaenses e pessoas de outros estados em Paranaguá, nesta sexta-feira (22), conta com famílias grandes viajando para festejar o Natal. Com esse objetivo, e também para comemorar os 60 anos de casados, o aposentado Nelson de Souza Infeld e Marilisa Melara Infeld reuniram quase 30 pessoas da família a bordo.

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“Não tem coisa melhor. São parentes de Curitiba e de Florianópolis. A coisa mais maravilhosa da vida é esse convívio familiar e com o embarque em Paranaguá ficou fácil para todos”, disse Nelson.

O casal chegou um dia antes em Paranaguá para descansar e conhecer a cidade. “Eu conheci a cidade quando tinha apenas 15 anos e agora retornei. Achei tudo maravilhoso e fomos muito bem recebidos por onde passamos”, comenta Marilise.

A nora do casal, Daniela Lavratti Infeld, que participou ativamente da organização da viagem com toda a família, conta que passearam pelo Centro Histórico de Paranaguá e aproveitaram o almoço na cidade antes de entrar na embarcação.

“Sempre passamos o Natal juntos, mas esse ano decidimos que não queríamos cozinhar, nós preocupar com a ceia. Então decidimos fazer o cruzeiro com todos juntos e, também, comemorar todos esses aniversários de casamento”, disse.

Ela e o marido celebram, na próxima semana, mais de 20 anos de casados e outro casal da família comemora as bodas de prata, também a bordo.

No sentido contrário, retornando do passeio, o casal Carlos e Katia Cordeiro foram recepcionados pelos filhos no saguão do Mega Rocio. Eles passaram uma semana no cruzeiro para comemorar as bodas de prata, com 25 anos de casados.

“Estávamos programando essa viagem há mais ou menos um ano e quando descobrimos que podíamos sair de Paranaguá até antecipamos a viagem é marcamos na hora. Muito bom embarcar e desembarcar do lado de casa”, disse Carlos.

Com embarque em Paranaguá o Lirica faz rota com escalas em Itajaí (SC), Buenos Aires (Argentina) e Montevideu (Uruguai).

Fonte: Governo PR

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Guerra tarifária global pode virar oportunidade para produtos do Paraná, afirma Ratinho Junior

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A recente escalada da guerra tarifária entre os Estados Unidos e China, com aumento recíproco das taxas de importação, representa uma janela de oportunidade para o Paraná, na avaliação do governador Carlos Massa Ratinho Junior. Nesta quarta-feira (9) houve troca de anúncios de novas altas pelos presidentes de ambos os países.

Ratinho Junior lembrou que o Paraná tem se destacado no mercado global, sobretudo na venda de produtos alimentícios. Em 2024, as exportações de alimentos e bebidas tiveram como destino 176 países diferentes, o que rendeu às empresas instaladas no Estado uma receita de US$ 14,2 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Segundo o governador, os produtores de soja podem ser os maiores beneficiados pelas mudanças a partir do aumento da demanda chinesa por mercados alternativos, tendo em vista que o país anunciou uma tarifa de importação de 84% sobre os produtos dos EUA.

“Estamos acompanhando a China taxar as commodities dos EUA, como é o caso do grão de soja, em que o Paraná é um grande produtor e tem capacidade para aumentar as suas exportações, atendendo as necessidades dos chineses por produtos com preços competitivos”, afirmou Ratinho Junior.

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Atualmente, a soja e os seus derivados já representam a maior fatia das exportações paranaenses, com US$ 5,3 bilhões em vendas do grão, US$ 1,4 bilhão em farelo e outros US$ 358 milhões no formato de óleo apenas no ano passado. Apenas os grãos de soja representaram 75,5% das exportações para a China em 2024, gerando uma receita de US$ 4,5 bilhões para o Paraná.

Outro produto que deve atrair mais a atenção dos compradores chineses é a carne de frango in natura do Paraná, que totalizou US$ 739 milhões em vendas, no ano passado, o equivalente a 12,4% das exportações para o país.

ESTADOS UNIDOS – A indústria de produção agroflorestal paranaense, que se destaca pala produção de madeira de reflorestamento, um insumo muito procurado pelos norte-americanos, também é um segmento que pode crescer a partir do novo cenário global, de acordo com Ratinho Junior.

“Os Estados Unidos são muito dependentes da importação de derivados de madeira para a construção civil, usadas principalmente nas residências, e o Paraná se destaca nesta produção, o que ajuda o Estado a ser reconhecido como o mais sustentável do Brasil”, pontuou o governador.

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A madeira em formato bruto, manufaturado ou em compensados representa atualmente 28% das exportações do Paraná para os Estados Unidos, o que gerou uma receita de aproximadamente US$ 446 milhões no ano passado. Mesmo antes da disputa comercial já houve um crescimento nas vendas, sobretudo nos compensados de madeira, que aumentaram 24,5% entre 2023 e 2024.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam o bom momento da indústria madeireira do Paraná, que registrou o maior crescimento do País em 2024, com uma alta de 12,4% em relação ao ano anterior.

“No Paraná encaramos essa ‘briga’ entre os dois gigantes globais como uma janela de oportunidade, na qual podemos aproveitar a grande vocação do Estado na produção de alimentos e outros produtos agrícolas para que a agroindústria cresça ainda mais, gerando mais empregos e renda à população”, concluiu Ratinho Junior.

Fonte: Governo PR

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