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Missões internacionais de 2023 trouxeram R$ 4,5 bilhões de investimentos ao Paraná

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As missões internacionais do Governo do Estado em 2023 trouxeram como resultado R$ 4,5 bilhões em investimentos privados confirmados para o Paraná, além da prospecção de novos empreendimentos, parcerias comerciais e institucionais e a abertura de mercado para os produtos paranaenses. Juntas, as empresas que anunciaram investimentos no Estado devem gerar cerca de 2 mil novos empregos diretos e indiretos.

Neste ano, o governador Carlos Massa Ratinho Junior liderou missões para o Japão, Coreia do Sul, Canadá, Estados Unidos, Portugal e Alemanha e o vice-governador Darci Piana esteve à frente de uma comitiva para a China. As agendas internacionais foram organizadas pela Invest Paraná, agência de negócios do Governo vinculada à Secretaria Estadual da Indústria, Comércio e Serviços (Seic).

Representantes da Invest também estiveram ou recepcionaram comitivas de países como a Itália, Suíça, Dinamarca, França, China, Polônia e com a província canadense de Alberta. Foram 94 agendas internacionais com foco no Paraná em 2023, incluindo missões e recepções.

“A cada lugar que fomos, conseguimos avançar em uma série de negócios e acabamos trazendo uma série de investimentos para o Paraná, que se refletem na geração de emprego e no desenvolvimento do Estado com um todo”, afirma Ratinho Junior. “Nessas missões, também temos a oportunidade de conhecer as experiências de países de primeiro mundo que podem ser replicadas no Paraná, para que possamos trazer grandes projetos que possam melhorar a vida das pessoas”.

O diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, salienta que as agendas internacionais buscam mostrar os diferenciais do Paraná, destacando que o Estado é atrativo para os investidores. “Um percentual expressivo dos investimentos privados feitos no Paraná é oriundo de multinacionais. São empresas que só querem investir onde terão segurança para alocar seus recursos e ter um retorno de seus investimentos. Por isso é importante transmitir a esses executivos a segurança do nosso Estado e do nosso País”, diz.

“A cada missão internacional realizada neste ano, conseguimos trazer novos investimentos, porque apresentamos a essas companhias a marca Paraná e demonstramos que eles terão segurança e retorno ao investir em nosso Estado. Também levamos produtos paranaenses que estamos incentivando com o programa Vocações Regionais Sustentáveis”, completa.

INVESTIMENTOS – Em março, em evento com o governador em Kobe, no Japão, a Sumitomo Rubber anunciou R$ 1,06 bilhão para ampliar sua fábrica em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, com a previsão de gerar mil empregos direto e indiretos. A expectativa da empresa é aumentar a participação da América do Sul nas vendas, que são concentradas principalmente no Japão, América do Norte, Ásia e Europa.

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Naquela mesma semana, a farmacêutica coreana Phycoil Biotechnology International assinou um Memorando de Entendimento para instalação de uma planta em Ivaiporã, na região Norte, com investimento previsto de cerca R$ 350 milhões e previsão de gerar 200 empregos diretos e indiretos. A companhia sul-coreana detém a patente de uma tecnologia que extrai ômega 3 de algas marinhas. O extrato é usado na produção de cosméticos, na indústria farmacêutica e, principalmente, na suplementação animal.

Ainda como resultado da missa à Ásia, a japonesa Nissin Foods confirmou no início de dezembro a instalação de uma fábrica para a produção de macarrão instantâneo em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Com investimento de R$ 1 bilhão, a construção da indústria vai começar em junho de 2024, com a conclusão prevista para março de 2026.

Em sua última missão internacional no ano, Ratinho Junior esteve na sede da multinacional Ireks, na Alemanha, e confirmou a construção de uma maltaria em Guarapuava, na região Central do Estado, em parceria com a cooperativa Agrária. Com investimento de R$ 500 milhões, a expectativa é gerar cerca de 400 empregos.

O empreendimento será tocado pela Ireks do Brasil, joint venture formada pela cooperativa e pela empresa alemã, e foi incluído no programa de incentivos fiscais do Governo do Estado. A nova indústria começará a ser construída no primeiro trimestre de 2024, com previsão de iniciar a operação em 2026.
E após uma série de reuniões com a Invest Paraná e a vinda de uma comitiva francesa ao Estado em outubro, a montadora Renault anunciou, no início do mês, a ampliação da sua fábrica em São José dos Pinhais, também na Região Metropolitana de Curitiba.

A multinacional francesa vai investir R$ 2 bilhões na produção de um novo C-SUV, que vai utilizar a mesma plataforma de montagem do Kardian, veículo que será lançado para o mercado em março de 2024. Desde 2021, a montadora destinou R$ 5,1 bilhões para a planta paranaense, com apoio do programa de incentivos fiscais do Governo do Estado.

ÁSIA – A primeira missão comercial internacional do Governo do Paraná em 2023 aconteceu entre 4 e 16 de março. O governador liderou uma comitiva para o Japão e a Coreia do Sul com a proposta de expandir as exportações paranaenses aos dois maiores mercados do leste asiático, em especial a venda de proteína suína.

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A comitiva participou de reuniões com a Animal and Plant Quarantine Agency (APQA), a agência sanitária da Coreia do Sul para análise de produtos de origem animal e vegetal, e com o Ministério da Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão. Maior produtor nacional de proteína animal, o Paraná conquistou em 2021 o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, o que capacita o Estado a atingir novos mercados para seus produtos, inclusive o asiático.

Outro resultado positivo dessa missão foi na área da educação. Na Coreia do Sul, que é reconhecida como um dos países com o melhor sistema educacional do mundo, Ratinho Junior pode conhecer tecnologias aplicadas às salas de aula, com o objetivo de replicar os modelos no Paraná. Em junho, três meses após a missão, a Secretaria de Estado da Educação firmou um acordo com a startup sul-coreana RIIID para o uso de novas tecnologias na rede estadual de ensino.

Durante a missão, a Invest Paraná também credenciou um escritório de representação comercial do Paraná em Seul, capital coreana. A Coreia do Sul é o sexto país a ter uma representação comercial paranaense no Exterior, com o objetivo de prospectar novos investimentos e a ampliar a presença de produtos e empresas paranaenses no país asiático.

Além das missões lideradas por Ratinho Junior, o vice-governador Darci Piana chefiou, em setembro, uma comitiva que foi à China para prospectar negócios de diversas áreas, com agendas em Xiamen e Pequim.

Na primeira cidade, Piana visitou a China International Fair for Investment and Trade (CIFIT, da sigla em inglês para Feira Internacional de Investimentos e Negócios da China), um dos maiores eventos de investimentos e promoção de negócios do mundo. Na capital chinesa, a comitiva se reuniu com executivos da CRCC International Invest, grupo que tem entre suas companhias a China Railway Construction Corporation, empresa referência global na construção de linhas férreas e metroviárias.

Como resultado dessa missão, o Estado está em negociação, atualmente, com seis empresas chinesas, com a possibilidade de investir em projetos de infraestrutura e na instalação de plantas industriais no Estado. Duas delas já vieram ao Paraná para estreitar as relações e uma terceira participou de uma rodada de negócios no Estado, além de fazer uma visita técnica ao Porto de Paranaguá.

COMPILADO AGENDAS INTERNACIONAIS GOV

Agenda na Alemanha foi a última do ano. Foto: Jonathan Campos/AEN

AMÉRICA DO NORTE – Ratinho Junior também liderou missões para a América do Norte, com agendas no Canadá e os Estados Unidos, onde esteve duas vezes neste ano. O objetivo era atrair investimentos dos dois países para projetos de infraestrutura e energia, além de buscar soluções inovadoras em áreas como tecnologia, meio ambiente e turismo.

Na primeira missão aos Estados Unidos, Ratinho Junior teve uma série de reuniões com executivos e fundos de investimento para apresentar projetos de infraestrutura do Estado, como o programa de concessões rodoviárias, a Ponte de Guaratuba, o Moegão do Porto de Paranaguá e a Nova Ferroeste, além de buscar novas parcerias com o Banco Mundial, na capital Washington. A Invest Paraná também promoveu uma edição em Nova York do Paraná Day, para apresentar as vantagens competitivas do Estado a investidores estrangeiros.

Na viagem realizada em julho para o Canadá, a comitiva apresentou o programa Banco de Alimentos Comida Boa à Organização das Nações Unidas (ONU) no Canadá e também reafirmou a parceria do Governo do Estado com o Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica (SCDB), da ONU, para compensar as pegadas de carbono da entidade.

Na segunda viagem aos Estados Unidos, a comitiva se reuniu com a governadora de Iowa, Kim Reynolds, para trocar experiências entre o Paraná e o estado norte-americano em áreas como agronegócio e educação. Uma das principais regiões agrícolas dos Estados Unidos, localizado no chamado cinturão do milho, o estado do Iowa tem muitas similaridades com o Paraná, já que ambos são grandes produtores mundiais de alimentos. Agora, o Paraná negocia a recepção de uma comitiva de Iowa ao Estado em 2024.

EUROPA – Outro continente alvo das missões internacionais paranaenses foi a Europa, com viagens a Portugal e Alemanha. A primeira, realizada em maio e organizada pela Celepar, teve encontros com empresas, investidores e diplomatas para apresentar as oportunidades de negócios no Estado, além da visita técnica a hubs de tecnologia e inovação portugueses. Em Lisboa, a Invest Paraná promoveu uma nova edição internacional do Paraná Day.

A última missão do ano foi para a Alemanha e aconteceu em novembro e incluiu encontros com empresas de equipamentos e tecnologia para o setor agrícola, companhias agroindustriais, automotivas, entre outras. No País, que é referência em engenharia e desenvolvimento sustentável, o governador confirmou o investimento de R$ 500 milhões da Ireks e da Cooperativa Agrária, além de buscar novas parcerias e novos investimentos de multinacionais como a Krone, Audi, Petkus e Horsch.

Fonte: Governo PR

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Membros de oito comitês da Fundação Araucária que julgam projetos tomam posse

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Tomaram posse nesta segunda-feira (14) os 216 membros dos oito Comitês Assessores de Áreas (CAAs) da Fundação Araucária. Destes, 24 assumem a coordenação.

Entre outras funções, os comitês são os responsáveis por analisar, avaliar e selecionar os projetos submetidos a chamadas públicas da Fundação Araucária, instituição ligada ao Governo do Estado que atua para fomentar o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Paraná por meio de investimentos em ciência, tecnologia e inovação.

Os comitês atuam em oito áreas do conhecimento: Ciências Humanas, Ciências Exatas, Ciências Biológicas, Linguística, Letras e Artes, Ciências Agrárias, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências da Saúde e Engenharias.

“Os comitês assessores são fundamentais porque não há ciência, não há mérito na ciência se as propostas não forem julgadas por pares. Todos os nossos projetos, mesmo que seja um projeto estratégico, de interesse do Estado, precisam ter o parecer dos pares”, explica o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig. 

Ou seja, os comitês são integrados por especialistas do mesmo campo de pesquisa ou especialidade do trabalho submetido. “A partir da proposta apresentada e julgada pelos pares, existe um mérito científico e podemos apoiar financeiramente”, afirma Wahrhaftig.

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A composição dos CAAs é ocorre mediante um processo de consulta às instituições de ensino e pesquisa, de caráter público ou privado sem fins lucrativos, sediadas e atuantes no Paraná. Para cada área do conhecimento a Fundação Araucária seleciona um grupo de especialistas com mandato de quatro anos, permitindo-se uma recondução imediata. 

“Temos que agradecer a participação dos nossos cientistas, que se propõem a darem pareceres sobre propostas de outros cientistas, porque sem eles, sem essas propostas, não teríamos uma ciência do nível que temos e com o avanço que queremos ter futuramente”, destacou o presidente da Fundação Araucária.

As atribuições vão desde a contribuir para a formulação de programas e planos de desenvolvimento científico e tecnológico; analisar solicitações de bolsas e auxílios, apoiados por consultores ad hoc (os que exercem um trabalho colaborativo e voluntário), emitindo parecer fundamentado quanto ao mérito científico e técnico e a sua adequação orçamentária, recomendando ou não sua concessão.

Os comitês também indicam nomes de pesquisadores que possam integrar o quadro de consultores ad hoc.

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Fonte: Governo PR

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