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Paraná avança em parcerias culturais e econômicas com província polonesa da Silésia

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O Paraná deve intensificar tratativas com o governo da Silésia, uma província da Polônia, para o estímulo de acordos comerciais e científicos, intercâmbio cultural e troca de informações sobre a geração de energia a partir de fontes renováveis. Os assuntos foram tema de uma reunião entre o governador Carlos Massa Ratinho Junior e o chefe do governo regional, Jakub Chelstowkski, durante visita da comitiva polonesa à Curitiba.

A Silésia é a província com a maior densidade populacional entre as 16 da Polônia e tem como capital a cidade de Katowice, região mais urbanizada e com maior potencial econômico do país europeu. Ela abriga 11 universidades públicas, incluindo o maior centro educacional do país, além de um moderno parque industrial.

Durante o encontro, Ratinho Junior lembrou que o Paraná concentra o maior número de descendentes poloneses no Brasil, com quase 1,2 milhão de pessoas. Curitiba, com 300 mil deles, é a segunda cidade do mundo que mais recebeu imigrantes do país europeu atrás apenas de Chicago, nos Estados Unidos. “O Paraná tem uma relação cultural muito próxima da Polônia, que foi um povo que está presente no Estado há mais de 100 anos e ajudou na construção da identidade estadual”, disse.

Segundo o governador, a Silésia possui características econômicas similares ao Paraná, o que representa um potencial para a troca de experiências. “A Silésia é uma região economicamente forte da Polônia, com uma população que passa de 4,5 milhões de habitantes, grande para os padrões europeus, e com uma grande quantidade de universidades, o que é uma oportunidade para buscarmos soluções para desafios que temos em comum”, acrescentou.

Durante a reunião, o governador foi convidado a participar da feira empresarial da Europa Central que acontecerá em maio de 2024 na Silésia. O Governo do Estado vai organizar a partir de agora uma delegação formada por gestores públicos e empresários paranaenses interessados em participar do evento, que representa um potencial de novos negócios.

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Ao governador, Chelstowski pontuou que a Silésia está localizada em uma das mais importantes zonas especiais de comércio, o que atrai muitos investidores estrangeiros. Ele também disse que a região está em um processo de transição energética, em que 70% da energia é gerada a partir da queima de carvão, e que pretende aprender com o Paraná, que é uma referência na geração de energias de fontes limpas e renováveis.

HOMENAGEM – Ao final do encontro, a secretária estadual da Cultura, Luciana Casagrande, entregou um livro do escritor e poeta Paulo Leminski ao chefe do governo da Silésia. “Temos muito orgulho de ter essa influência da Polônia na formação cultural do Paraná. O Paulo Leminski, que foi um genial artista paranaense, tem origem polonesa, e por isso convidamos a Polônia para participar das comemorações dos seus 80 anos em 2024”, enfatizou.

ARTICULAÇÃO INTERNACIONAL – A parceria entre o Paraná e a Silésia começou a partir do Programa de Cooperação Internacional Urbana e Regional (IURC, na sigla em inglês), criado pela União Europeia (UE), e no qual o Estado é o único integrante brasileiro. A cooperação tem como foco o desenvolvimento da chamada Estratégia para Inovação Regional (Research and Innovation Smart Specialization Strategy).

O IURC visa conectar cidades e estados de diferentes países para que compartilhem soluções para problemas em comum. É uma estratégia de longo prazo elaborada pela União Europeia para fomentar o desenvolvimento urbano e regional sustentável em cooperação com os setores público e privado, comunidades e cidadãos. Entre as 10 regiões selecionadas na América Latina, o Paraná é o único estado brasileiro, ao lado de duas regiões do Peru, uma do Chile, duas do México, duas da Argentina e duas da Colômbia.

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A escolha da conexão foi feita pela UE, por meio de dados previamente enviados pelas cidades e estados da América Latina e da Europa, onde as áreas de interesse são apresentadas. Ao cruzar os dados recebidos de várias regiões da Europa e América Latina, a coordenação técnica do Programa identificou semelhanças e oportunidades entre o Paraná e a Silésia para juntos buscarem caminhos para o desenvolvimento regional com base em inovação e sustentabilidade.

As tratativas foram iniciadas em março de 2022, quando o vice-governador Darci Piana recebeu o governador da Silésia pela primeira vez. Na sequência, uma equipe da Invest Paraná visitou a província para dar continuidade ao desenvolvimento das parcerias.

PRESENÇAS – Também participaram da reunião os secretários estaduais do Planejamento, Guto Silva; da inovação, Modernização e Transformação Digital, Marcelo Rangel; o diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco; o diretor-geral da Secretaria de Inovação, Modernização e Transformação Digital, Giles Balbinotti; e a diretora-geral da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, Louise Garnica; a embaixadora Ligia Scherer; e o presidente do Movimento Pró-Paraná, Marcos Domakoski. Pelo governo da Silésia, também estava presente a vice-cônsul da Polônia em Curitiba, Dorota Ortysnka.

Fonte: Governo PR

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20 colégios do programa Escola Solar levam produção de energia sustentável para as salas de aula

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O Governo do Paraná concluiu no fim do ano passado a instalação de usinas fotovoltaicas em 20 escolas da rede estadual de educação. Elas participaram do projeto-piloto chamado Escola Solar. O investimento foi de R$ 3,5 milhões. Além dos ganhos ambientais e redução dos custos com energia elétrica, o programa promove conscientização para o uso de tecnologias limpas.

A economia aos cofres públicos chegou a R$ 430 mil (comparativo dos gastos com energia entre 2023 e 2024), de acordo com levantamento do Paranaeducação (Preduc), o serviço social autônomo responsável pela supervisão técnica do contrato e que promove a interlocução entre o Governo e as empresas nas áreas de educação, infraestrutura e inovação para tornar os processos mais eficientes, assegurando total rigor em todas as etapas de execução. Ou seja, em breve o programa terá “quitado” o investimento inicial.

As 20 escolas estaduais foram selecionadas para o projeto-piloto após uma análise técnica realizada pela equipe do Paranaeducação. Entre os critérios para a escolha, foram avaliados por exemplo, as regiões com mais incidência de luz solar e as instituições com estrutura adequada de telhado para suportar o peso das placas. O Escola Solar foi desenvolvido em Foz do Iguaçu, Londrina, Sarandi, Maringá, Paranavaí, Umuarama, Jandaia do Sul, Cascavel, Uraí e Campo Largo.

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A proposta, alinhada ao Programa de Eficiência Energética da Seed, teve como objetivo equipar escolas públicas com usinas solares, possibilitando a geração de energia limpa diretamente nas unidades de ensino e permitindo a realocação de verbas para outras necessidades. “É o que chamamos de ganha a ganha. Ganha o meio ambiente, com a produção de energia limpa e ainda gera economia de recursos, que podem ser aplicados em outras áreas da Secretaria”, afirma o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

“Essa iniciativa alia inovação, responsabilidade e compromisso social. Dentro das escolas ele mostra que é possível transformar o presente e preparar as futuras gerações para construir um mundo mais justo, consciente e ambientalmente responsável”, reitera. 

Segundo o superintendente do Paranaeducação, Carlos Roberto Tamura, o projeto integrou o tema ao conteúdo pedagógico, promovendo o uso de fontes renováveis. “Nossa forma de fazer o futuro sustentável é com cuidado e transparência com os recursos públicos”, completou. 

No Colégio Estadual Bento Mossurunga, em Umuarama, o diretor Anderson José Pereira conta que a implantação do Escola Solar promoveu uma conscientização generalizada entre alunos, professores e a comunidade escolar sobre o uso racional de energia, tanto na instituição quanto nas residências dos estudantes.

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Além disso, a instalação do sistema fotovoltaico permitiu a criação de um novo curso técnico em Sistemas de Energia Renovável. Ele tem duração de três anos e agora está ao lado de outros cursos, como técnico em Administração e técnico em Eletromecânica. “O sistema representou uma oportunidade concreta de qualificação profissional, abrindo novas possibilidades de atuação para os nossos alunos”, diz. 

Quando as placas que geram energia através dos raios solares foram instaladas no Colégio Cívico-Militar 1º Centenário, em Campo Largo, na região de Curitiba, os professores do componente curricular de Física incorporaram o conteúdo às aulas. “Foi um período em que os alunos acompanharam de perto cada etapa de trabalho dos técnicos para que pudessem entender na prática a importância da energia renovável. E eles gostaram muito de participar do processo”, lembra a diretora Roselaine Cristine Lachozistz. 

Entre os conteúdos que o “novo laboratório” permitiu estão estudos sobre as ondas eletromagnéticas, a formação da célula voltaica e a incidência de fótons, e os fluxos das correntes elétricas.

Fonte: Governo PR

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