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Sanepar apresenta novas PPPs na B3; projetos vão levar saneamento a 900 mil pessoas

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A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) realizou nesta quarta-feira (13) uma audiência pública na B3, em São Paulo, sobre os projetos de Parcerias Público-Privadas (PPP) que serão contratados para as regiões Oeste e Centro-Leste do Paraná. Nesta sexta (15), faz Market Souding (consulta de mercado), das 10h ao meio-dia, também na B3, com transmissão em tempo real pelos canais da B3 no YouTube e LinkedIn.

Os projetos de PPP preveem a prestação de serviços de esgotamento sanitário em 112 municípios nas regiões Oeste e Centro-Leste do Paraná. Dividida em três lotes, a PPP terá investimento total estimado de R$ 2,9 bilhões. Até 2033, passarão a ser atendidos com coleta e tratamento de esgoto cerca de 900 mil pessoas nos municípios contemplados, atendendo à meta do novo marco do saneamento.

Na abertura do evento, o diretor-presidente da Companhia, Claudio Stabile, disse que essas parcerias visam acelerar a entrega de serviços de esgotamento sanitário, que são sinônimo de saúde pública preventiva.

“A Sanepar atende atualmente 80,2% da população com coleta e tratamento de esgoto. Estamos muito próximos de atender a meta estabelecida pelo marco do saneamento. Poderíamos fazer isso sozinhos, mas o objetivo é acelerar o processo com as PPP, o que significa entregar com mais celeridade uma vida melhor às pessoas”, afirmou.

O diretor de Inovação e Novos Negócios, Anatalício Risden Junior, destacou que a PPP será para execução de obras e operação do sistema de esgotamento sanitário por um período aproximado de 24 anos. A Sanepar continuará responsável pelo relacionamento com os clientes, com as prefeituras e o gerenciamento comercial nos municípios atendidos.

Em sua apresentação, a especialista da Sanepar que coordena o processo da PPP, Marisa Capriglione, disse que termina no próximo sábado (16) a consulta pública sobre as regiões Centro-Leste e Oeste. “O primeiro período de consulta foi de 5 de julho a 2 de outubro. Reabrimos em 16 de novembro por mais um mês. As contribuições têm sido avaliadas e incorporadas por uma equipe multiprofissional”, explicou.

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Ela ressaltou que o escopo da PPP é para coleta, transporte, tratamento e disposição final do esgoto, com obras e operação até o ano de 2048. Do total a ser investido, a maior parcela, de 48,4%, será na execução de rede coletora de esgoto, além de 24,7% na construção das estações de tratamento de esgoto.

Nos documentos disponíveis para o processo licitatório, estão definidos área de abrangência, infraestrutura existente, estimativa de crescimento populacional, obras de responsabilidade da Sanepar e critérios para atendimento das ações Ambientais, Sociais e de Governança (ASG) exigidas pela Sanepar.

Na apresentação dos aspectos econômicos e financeiros da PPP, o gerente de Projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) contratado pela Sanepar para o projeto, Charles Correa Schramm, disse que o contrato a ser estabelecido é bastante complexo, o que exigirá acompanhamento constante e rotineiro a fim de garantir a entrega de obras e serviços.

Foram definidos nove indicadores que serão avaliados por verificador independente contratado pela Sanepar. “São sete indicadores para os serviços prestados e dois para as obras, levando-se em conta a manutenção dos ativos, o atendimento aos usuários, os aspectos operacionais e ambientais”, explicou.

O aspecto jurídico da licitação e contratação da PPP foi apresentado pelo advogado Fernando Vernalha, consultor jurídico do processo. Segundo ele, os três lotes serão disponibilizados na modalidade de concorrência, com julgamento das propostas e habilitação dos concorrentes.

As propostas serão abertas em processo de disputa de lances, com o critério de maior desconto sobre o preço do metro cúbico do esgoto medido. No lote 1, o preço máximo do metro cúbico é de R$ 6,82; no lote 2, de R$ 6,08; e no lote 3, de R$ 6,36.

PPP CENTRO-LESTE E OESTE – consulta pública até 16/12

– 112 municípios

– 900 mil pessoas passarão a ter serviços de coleta e tratamento de esgoto

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– Investimento R$ 2,9 bilhões

Três lotes:

Lote 1 – Centro-Leste – 36 municípios – R$ 934 milhões – 221.900 pessoas com serviço de esgotamento sanitário até 2033

Lote 2 – Oeste – 48 municípios – R$ 1,29 bilhão – 323.800 pessoas com serviço de esgotamento sanitário até 2033

Lote 3 – Oeste – 28 municípios – R$ 685 milhões – 328.800 pessoas com serviço de esgotamento sanitário até 2033

MUNICÍPIOS ATENDIDOS

Lote 1 – Centro-Leste

Arapuã, Ariranha do Ivaí, Borrazópolis, Cafeara, Campina do Simão, Congonhinhas, Cruz Machado, Cruzmaltina, Espigão Alto do Iguaçu, Fernandes Pinheiro, Foz do Jordão, General Carneiro, Goioxim, Grandes Rios, Guaraci, Ibaiti, Itaguajé, Jaboti, Jardim Alegre, Lupionópolis, Marquinho, Nova Tebas, Palmital, Pinhalão, Pinhão, Pitanga, Porto Vitória, Rancho Alegre, Ribeirão do Pinhal, Rio Branco do Ivaí, Sabáudia, Santa Amélia, Santa Maria do Oeste, São Pedro do Ivaí, Teixeira Soares e Turvo.

Lote 2 – Oeste

Altamira do Paraná, Alto Paraná, Altônia, Amaporã, Barbosa Ferraz, Boa Esperança, Bom Sucesso, Brasilândia do Sul, Campina da Lagoa, Diamante do Norte, Engenheiro Beltrão, Esperança Nova, Farol, Fênix, Floresta, Goioerê, Guairaçá, Guaporema, Icaraíma, Inajá, Indianópolis, Iporã, Iretama, Itaúna do Sul, Ivatuba, Jandaia do Sul, Janiópolis, Juranda, Mandaguaçu, Maria Helena, Marilena, Mato Rico, Mirador, Nova Aliança do Ivaí, Nova Cantu, Ourizona, Paranacity, Planaltina do Paraná, Quarto Centenário, Rancho Alegre do Oeste, Roncador, Santa Fé, Santo Antônio do Caiuá, São Pedro do Paraná, São Tomé, Tamboara, Tapira e Ubiratã.

Lote 3 – Oeste

Bela Vista da Caroba, Boa Esperança do Iguaçu, Bom Jesus do Sul, Bom Sucesso do Sul, Capitão Leônidas Marques, Catanduvas, Coronel Domingos Soares, Cruzeiro do Iguaçu, Diamante do Sul, Enéas Marques, Francisco Beltrão, Guaraniaçu, Honório Serpa, Iracema do Oeste, Itapejara do Oeste, Jesuítas, Manfrinópolis, Mangueirinha, Medianeira, Ouro Verde do Oeste, Pérola d´Oeste, Salgado Filho, Salto do Lontra, Santa Tereza do Oeste, São Pedro do Iguaçu, Sulina, Verê e Vitorino.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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