PARANÁ
Mostra da Casa Gomm sobre canoa indígena dos anos 1500 encerra nesta sexta-feira
Publicado em
11 de dezembro de 2023por
Itajuba TadeuA mostra sobre o registro do resgate da canoa Ygá-Mirî se encerra nesta sexta-feira (15). A exposição está disponível na Casa Gomm, sede da Coordenação do Patrimônio Cultural (CPC), da Secretaria de Estado da Cultura, em Curitiba. Em 2018, o patrimônio indígena foi recuperado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) com a ajuda de povos Guarani, no sítio arqueológico da antiga Cidade Real do Guairá.
Após o fim da exposição, a mostra sobre a canoa irá até as aldeias dos povos Avá-Guarani. Isso ocorre a partir de um termo de execução descentralizada, conveniado entre o Iphan e a Universidade Federal do Paraná (UFPR). O planejamento inclui oficinas de capacitação para os moradores da aldeia Tekoha Nhemboetê, no município de Terra Roxa, e também para estudantes indígenas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).
Como medida de conscientização sobre conservação de patrimônio histórico e indígena, a mostra recebeu cerca de 300 alunos de cinco escolas (Colégio Estadual Júlia Wanderley, Escola Municipal Dario Vellozo, Escola Municipal Nice Braga, Escola Municipal Professora Lina Maria Martins Moreira e Escola Municipal Papa João XXIII) durante quase três meses.
Na exposição, o visitante encontrará uma réplica 3D (modelagem tridimensional) da canoa, módulos explicativos com informações sobre a descoberta, o resgate e sua conservação, além de acervo histórico com vasos ancestrais encontrados também em sítios arqueológicos no Paraná. Atualmente, a canoa está sob cuidados da Reserva Técnica do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR (MAE-UFPR).
O projeto Ygá-Mirî tem a abordagem da arqueologia colaborativa, isto é, a ideia que defende um compartilhamento equiparado do passado entre cientistas e membros das comunidades. “Isso é importante porque expressa uma relação de respeito com essas populações. Essa canoa envolve a possibilidade de eles poderem existir, cuidar dos filhos e manterem sua terra”, explica Vitor Hugo Silva, antropólogo consultor da exposição.
CANOA – Em 2013, os Avá-Guarani, da aldeia Tekoha Nhemboetê, em Terra Roxa, no Oeste do Paraná, revelaram a existência de indícios arqueológicos de tempos imemoriais. Entre fragmentos cerâmicos e artefatos líticos – feitos de pedra lascada ou polida –, encontraram o remanescente de uma canoa indígena. O local foi monitorado por cinco anos.
Com sete metros de comprimento, a canoa foi encontrada com cerca de 70% do material enterrado em um barranco, e 30% exposto ao ar livre. O artefato estava 1,5 metro enterrado. “Achamos que o tamanho da canoa era ainda maior. Ela quebrou uma parte. Devia ter uns 10 a 12 metros. Era usada para longas distâncias”, relata Almir Pontes, geógrafo da Coordenação do Patrimônio Cultural (CPC).
A partir da constatação do material histórico, foi feita uma operação de arqueologia para o resgate. Promovida pelo Iphan e com supervisão e apoio técnico-científico da CPC, a retirada do material arqueológico foi iniciada em 2018. O processo de resgate não foi fácil. O grande objeto de madeira úmida pesava bastante, e foram necessárias oito pessoas para carregar.
“Foi uma operação bem delicada, e para levá-la até o caminhão tivemos que percorrer três quilômetros”, conta Almir.
Além do trabalho institucional do Governo do Estado, os povos Guarani foram fundamentais para a preservação dos vestígios. Eles acompanharam todo o processo e trabalharam com as equipes de campo na pesquisa. Além disso, realizaram rituais e rezas para a canoa.
O nome Ygá-Mirî foi dado após um ritual de batismo. De acordo com os chamois (lideranças religiosas), a canoa revelou-se um elo material e espiritual com o dono anterior da embarcação. Os Avá-Guaranis acreditam que se o objeto encontrado não fosse devidamente tratado, poderiam acontecer alguns reveses com os envolvidos nesse projeto.
HISTÓRIA – A época provável em que a canoa foi utilizada é entre 1557 e 1632. Nesse período, existiu a Cidade Real do Guairá. Ela foi fundada em território Guarani, na década de 1550, por militares espanhóis que procuravam expandir seu domínio colonial a partir do Paraguai. A história de cerca de 75 anos do avanço ibérico no Oeste do Paraná se vincula ao mesmo território em que o povo Guarani viveu durante 2 mil anos.
Os remanescentes arqueológicos localizados na margem esquerda do Rio Paraná e ao Sul da foz do seu afluente, Rio Piquiri, pertencem à Ciudad Real del Guayrá. A destruição da localidade, entre outros assentamentos de posse da coroa espanhola, culmina com as bandeiras paulistas durante os anos de 1631 e 1632.
Essa região voltou a ser explorada pelos portugueses em expedições de reconhecimento entre os anos de 1768 e 1774. Atualmente, os principais indícios de sítios arqueológicos são encontrados em fragmentos de paredes e muros. A maior parte desse material histórico permanece preservado abaixo da superfície do solo.
Agora, a área onde se encontram os vestígios dessa antiga cidade foi tombada como Patrimônio Cultural pelo Governo do Paraná. Dessa maneira, foram reconhecidos os valores históricos, arqueológicos, etnográficos e paisagísticos do local.
Serviço:
Casa Gomm – Rua Bruno Filgueira, 850 – Batel
Visitação gratuita
Segunda a sexta-feira, das 10h às 17h
Informações: (41) 3312-0406 ou (41) 3312-0407
Fonte: Governo PR
PARANÁ
Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná
Published
1 mês agoon
5 de maio de 2025By

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2.
Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.
O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor.
De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.
Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.
SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).
Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.
Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .
Fonte: Governo PR

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