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AGRONEGÓCIO

Com 87% do agronegócio formado por pequenos, Minas se destaca na diversificação

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Minas Gerais se destaca no cenário agrícola nacional como o estado mais diversificado em culturas e criações, abrigando cerca de 20,5 milhões de habitantes em seus 853 municípios distribuídos em 58,6 milhões de hectares. Reconhecido como o segundo estado com o maior número de agricultores familiares, quase 87% das propriedades agrícolas mineiras têm menos de 50 hectares.

No que diz respeito à produção de alimentos, Minas Gerais ocupa posição de liderança em diversas categorias. É o primeiro estado produtor de café, alho, batata-inglesa, baroa, marmelo, ervilha, leite, vacas ordenhadas, equinocultura e ovos de codorna. Além disso, se destaca em outras culturas, como abacate, feijão, laranja, limão, tangerina, sorgo, azeitona, banana, girassol e borracha (látex).

Em termos de exportações do agronegócio, Minas Gerais viu um crescimento significativo, passando de US$ 7,6 bilhões em 2010 para US$ 15,1 bilhões em 2022, porém, apresentou um valor de US$ 11,9 bilhões entre janeiro e outubro de 2023. Café e soja são responsáveis por cerca de 65,1% do valor total exportado.

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As exportações de carne bovina saltaram de US$ 318,6 milhões em 2010 para US$ 1,3 bilhão em 2022, enquanto as de carne de frango passaram de US$ 299,2 milhões em 2015 para US$ 335,8 milhões em 2022. Entre janeiro e outubro de 2023, as exportações de carne de frango atingiram US$ 312,3 milhões.

Além disso, Minas Gerais expandiu sua oferta de grãos, que foi de 10,2 milhões de toneladas em 2010 para 17,1 milhões em 2022, com projeção de alcançar 19,3 milhões de toneladas na safra 23/24, considerando eventuais alterações decorrentes de fatores climáticos.

Esse panorama agrícola e econômico demonstra o protagonismo de Minas Gerais no cenário nacional, gerando empregos, ampliando a produção de alimentos e contribuindo significativamente para as exportações do país.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Alta no preço global de alimentos acende alerta e cria oportunidades para o agro brasileiro

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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em abril e atingiu a média de 128,3 pontos, uma alta de 1% em relação a março. A elevação foi puxada principalmente pelos preços dos cereais, carnes e lácteos, o que acende um sinal de atenção — e também de oportunidade — para o agronegócio brasileiro, especialmente para os produtores de soja, milho, arroz, carnes e leite.

Mesmo com a alta, o índice segue 19,9% abaixo do pico histórico registrado em março de 2022, mas ficou 7,6% acima do nível de abril do ano passado. O movimento indica uma retomada gradual da demanda global por alimentos, em um cenário de estoques apertados, conflitos geopolíticos e variações cambiais. Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais de grãos e carnes, esse movimento pode significar mais competitividade e maior rentabilidade para o setor.

O subíndice de preços dos cereais avançou 1,2% em abril. O trigo subiu com a menor oferta da Rússia e o câmbio mais favorável para exportadores. Já o milho foi impulsionado pela redução de estoques nos Estados Unidos e pela suspensão temporária de tarifas por parte daquele país. O arroz também subiu 0,8% no mês.

Esse cenário pode beneficiar diretamente os produtores brasileiros, que vêm enfrentando custos altos de produção, mas agora podem encontrar margens melhores nas exportações, principalmente se o dólar continuar em patamar elevado. Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores de milho e soja, podem se aproveitar do momento para ampliar vendas externas, principalmente para a Ásia.

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O preço médio dos óleos vegetais caiu 2,3% em abril, puxado pela queda do óleo de palma. Mas o óleo de soja, importante para o Brasil, continuou subindo, sustentado pela demanda aquecida no mercado internacional. Isso mantém a soja brasileira em posição estratégica, principalmente considerando a boa produção esperada em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná.

O subíndice de preços da carne subiu 3,2% em abril. A carne suína liderou o avanço, com a Europa ampliando compras após liberação sanitária da Alemanha. A bovina também ganhou fôlego com demanda estável e oferta global apertada. No Brasil, destaque para a carne de frango, cujos preços subiram por causa da forte demanda interna e menor ritmo de abates durante os feriados de Páscoa.

Para os pecuaristas e integrados da avicultura, os números são positivos: mostram uma retomada no mercado global, com espaço para ampliação das exportações brasileiras, especialmente para mercados como China, União Europeia e países árabes.

Os preços dos lácteos subiram 2,4% em abril e estão quase 23% acima do patamar de um ano atrás. A manteiga alcançou seu maior valor histórico, puxada pela alta demanda por gordura láctea e estoques reduzidos na Europa. Queijos e leite em pó também subiram, com destaque para o mercado da Oceania.

Esse movimento pode representar boas oportunidades para os produtores de leite brasileiros, desde que consigam superar os desafios internos de custo de produção e logística. A alta internacional pode ajudar a pressionar os preços pagos ao produtor no mercado interno.

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Na contramão dos outros alimentos, o açúcar caiu 3,5% em abril e está quase 11% abaixo do valor de um ano atrás. A razão é, em parte, o próprio Brasil: a produção acima do esperado na segunda quinzena de março e a desvalorização do real ajudaram a derrubar os preços internacionais.

Ainda assim, o setor sucroalcooleiro segue competitivo e os bons níveis de produção nas regiões Centro-Sul e Nordeste devem manter o Brasil como o maior exportador global. A menor cotação do petróleo também contribui para a queda do açúcar, já que reduz o incentivo para destinar mais cana para o etanol.

O que o produtor precisa saber:

  • O cenário internacional sinaliza uma recuperação da demanda por alimentos, com reflexos diretos nos preços.

  • Soja, milho, carnes e lácteos estão em alta e oferecem boas oportunidades de exportação.

  • A volatilidade do câmbio, os estoques globais e a política comercial de países importadores ainda podem trazer incertezas.

  • A queda no açúcar mostra que o Brasil tem peso no mercado global — tanto para subir quanto para derrubar preços.

A mensagem para o produtor rural é clara: o mundo está voltando a comprar mais alimentos, e o Brasil — especialmente seu agro — está no centro desse movimento. Quem estiver bem preparado, com planejamento, gestão eficiente e acesso a mercados, poderá aproveitar o bom momento para crescer.

Fonte: Pensar Agro

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