NOVA AURORA

PARANÁ

Paraná recebe prêmio nacional por implementação de sistema com foco na saúde do trabalhador

Publicado em

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) foi destaque no 11º Encontro da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renastão), realizado de quarta a quinta-feira (27 a 29) em Brasília. O evento, promovido pelo Ministério da Saúde (MS), premiou a implementação do Sistema Brasileiro de Monitoramento de Trabalhadores e População Expostos ao Amianto (Datamianto) no Paraná. Cerca de 200 experiências exitosas desenvolvidas em todas as regiões do país foram inscritas e apenas seis receberam a premiação.

O Paraná foi contemplado com a melhor experiência no eixo temático Ações Inter e Intrasetoriais em Saúde do Trabalhador. “Mais uma vez o Paraná é destaque em um evento nacional promovido pelo Ministério. Isso é resultado do comprometimento e trabalho realizado com muita seriedade por toda equipe da saúde. Parabenizo os profissionais do Centro Estadual de Saúde do Trabalhador (Cest), que têm como principal objetivo o bem-estar e a saúde do trabalhador paranaense”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

De acordo com a autora do trabalho e técnica Cest, Maria Carolina Lobo da Silva Leal, a implantação do Datamianto é uma retomada e reorganização das ações de vigilância e atenção à saúde dos trabalhadores expostos ao minério.

Leia Também:  MAC-PR participa da 17ª Primavera dos Museus com programação especial

“Este sistema possibilita o resgate do monitoramento de trabalhadores que em algum momento estiveram expostos ao amianto e, a partir disso, em caso de doenças desenvolvidas por esse contato, é possível obter um diagnóstico precoce e proporcionar um tratamento adequado junto ao SUS”, explicou.

SISTEMA – A partir de 2019, quando o Ministério da Saúde instituiu o Plano de Ação com vista à estruturação da rede de ações e serviços para atenção à saúde da população exposta ao amianto, o Cest implementou o sistema informatizado para registro dos casos resultando no rastreamento e identificação de 7.172 trabalhadores que foram expostos.

Este rastreamento já identificou dois casos de trabalhadores com um tipo de câncer raro e outros 31 que tiveram o diagnóstico de doenças pulmonares causadas pela inalação da fibra. Dos trabalhadores expostos, 73 aceitaram receber atendimento especializado pelo SUS.

AMIANTO – O amianto é uma fibra mineral que foi amplamente utilizada em vários processos produtivos, e a exposição ao produto é um grave problema de saúde pública. Ele atinge principalmente os trabalhadores da indústria do fibrocimento e da construção civil, da fabricação de pisos vinílicos, telhas, caixas-d’água, divisórias, forros falsos, tubulações, vasos de decoração, para plantio, artefatos de cimento-amianto e para isolamento acústico ou térmico.

Leia Também:  Inovação: startup cria plataforma para apoio a prefeituras na gestão de áreas rurais

RENASTÃO – Além de dar oportunidade e estimular o debate sobre o conhecimento e práticas de Vigilância em Saúde do Trabalhador (Visat), o objetivo deste encontro foi identificar, dar visibilidade, reconhecer e promover iniciativas desenvolvidas nesta área em todo país.

Com o tema central “Saúde no mundo do trabalho como um direito humano”, o evento reuniu cerca de 400 participantes, entre profissionais, técnicos e gestores da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast), além de representações de trabalhadores e movimentos sociais. A pauta teve como objetivo fortalecer a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT), que desde 2012 norteia a promoção da saúde dos trabalhadores no SUS.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

Published

on

By

Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

Leia Também:  Pesquisador fala sobre participação feminina na Independência, na Biblioteca

Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

Leia Também:  Sanepar vai vistoriar ligações de esgoto em 1,8 mil imóveis de Dois Vizinhos, no Sudoeste

O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA