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Tecpar promove debate sobre ações inovadoras em biotecnologia da saúde

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Com o objetivo de apresentar cenários e tendências na área de biotecnologia, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e o Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) promoveram nesta quarta-feira (29) o 1º Workshop de Maturidade Tecnológica de Biotecnologia na Saúde. O encontro foi no auditório do Tecpar, câmpus CIC, em Curitiba.

Desde 2021, as duas instituições são parceiras na elaboração de um mapeamento dos caminhos para construção da inovação no setor de Biotecnologia no Paraná, dentro do projeto Roadmap Biotecnologia 2031. O Tecpar coordena as atividades de biotecnologia relativas ao segmento de saúde.

O evento foi aberto pelo diretor Industrial da Saúde do Instituto, Iram de Rezende, que destacou que a maturidade tecnológica envolve o desenvolvimento de novos produtos com base nas legislações e normas vigentes no País.

“Nada acontece de forma espontânea, para um produto chegar à sociedade é preciso que haja a sua maturidade tecnológica, com a capacidade de os inventos gerarem novos produtos e processos que melhorem a vida das pessoas”, ressaltou.

Lucio Kamiji, diretor da Fiep e coordenador do Conselho Temático de Inovação para a Indústria da entidade, salientou que a construção de um ambiente inovador voltado à biotecnologia impactará na qualidade de vida dos cidadãos. “Ações voltadas à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação geram produtos inovadores para a sociedade. O Sistema Fiep é um apoiador das ações relacionadas à biotecnologia no Estado”, afirmou.

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PROPRIEDADE INTELECTUAL – Uma das mesas redondas envolveu o debate sobre propriedade intelectual. O analista de Tecnologia e Inovação do Tecpar, Marcus Julius Zanon, mediou o diálogo, que abordou temas ligados à propriedade intelectual na biotecnologia, como processo de obtenção, tipos de propriedades intelectuais de produtos, tendências atuais, estratégias de gestão de portfólio de patentes e o processo de litígio de patentes.

“O Tecpar sempre esteve envolvido com a promoção da propriedade intelectual no Estado e difundiu o conceito junto aos núcleos de inovação tecnológica no Paraná”, explicou.

Pesquisador especialista em Bioprocessos, Biologia e Bioquímica, Carlos Ricardo Soccol, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), repassou dados relevantes sobre a propriedade intelectual: enquanto na China, em 2022, houve 1,5 milhão de pedidos de patentes, no Brasil foram 24 mil.

“Dessas 24 mil patentes no Brasil, só 19% são de pesquisadores brasileiros sem o envolvimento de entidades ou empresas internacionais. Precisamos inverter esse número, porque inovações retornam ao país em forma de emprego e arrecadação de impostos”, explicou.

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Para Fernando Tavares Consoni, pesquisador do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), não é possível falar em inovação na indústria biotecnológica sem vinculá-la à questão de propriedade intelectual. “Ao longo da pesquisa, podem aparecer inovações em processos ou no produto. Em ambos os casos é possível realizar a proteção por meio de patentes. Um centro de pesquisa precisa estar atento a questões de patentes para proteger o conhecimento gerado”, salientou.

WORKSHOP – O workshop foi voltado a profissionais que atuam em pesquisa e projetos relacionados à área de biotecnologia em saúde, além de empreendedores e startups.

O evento teve em sua programação mesas-redondas para debater sobre os desafios do desenvolvimento biotecnológico e temas de interesse ligados à biotecnologia, como proteção intelectual, editais, fomento e mercado, captação de recursos, empreendedorismo e inovação, além da apresentação do Novo Marco de Inovação no Estado do Paraná.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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