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Agricultores do Paraná que preservarem áreas nativas podem receber até R$ 280 por ha

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Agricultores paranaenses, comprometidos com a conservação de florestas nativas, têm agora a oportunidade de obter renda por meio de um programa inovador de proteção ambiental, desenvolvido por uma incubadora de tecnologia situada em Maringá, no norte do estado.

A iniciativa visa promover a sustentabilidade, conectando o setor agrícola com o urbano, ao estabelecer uma ponte entre as empresas interessadas em adquirir créditos de carbono e os produtores rurais registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

O líder do projeto, o agrônomo João Berdu Júnior, explica que o processo começa com a identificação de áreas de mata nativa através de georreferenciamento com base nos dados do CAR.

A equipe avalia a extensão e a qualidade da preservação da vegetação nativa. Com o apoio das informações fornecidas pelo Instituto Água e Terra do Paraná (IAT), é possível determinar quais áreas são elegíveis para a emissão de créditos de carbono, que geram compensação financeira para os agricultores.

Segundo João, o pagamento é feito anualmente aos agricultores, e cada hectare de mata preservada pode render R$ 280. Até o momento, cerca de 10 agricultores da região de Maringá já foram beneficiados, acumulando um total de R$ 35 mil em créditos de carbono.

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Um dos pioneiros a receber essa compensação foi o agricultor Angelo Celestino. Sua filha, Roseli de Fátima Celestino, também produtora rural, destaca a importância dessa remuneração: “A preservação sempre foi uma responsabilidade do produtor e é adequado que seja reconhecida financeiramente. Essa é a primeira vez que isso acontece e temos a expectativa de que essa valorização da conservação continue.”

A legalidade desse tipo de remuneração é fundamentada no Código Florestal de 2012, que explicita o direito do produtor rural de ser compensado pelos serviços ambientais prestados por áreas de preservação e reservas legais em suas propriedades. Além disso, uma legislação de 2021 sobre a política de pagamento por serviços ambientais reforça esse suporte legal.

João esclarece que, apesar de o amparo legal já existir, faltava um modelo de negócio que efetivamente conectasse a função ecológica das áreas naturais dos produtores com empresas comprometidas com a expansão do plantio de árvores e a melhoria na conservação de áreas verdes.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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