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Turismo rural, morangos e orgânicos movimentam a região do Miringuava

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As belezas naturais da Bacia do Rio Miringuava, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, foram atrativos para uma visita de jornalistas, influencers digitais e formadores de opinião. Eles conferiram as riquezas da natureza e também as propriedades rurais, que se dedicam à produção agrícola baseada no respeito ao meio ambiente.

Realizada quarta e quinta-feira (22 e 23), a Expedição Destino Miringuava foi organizada pela equipe da Fundação O Boticário com o objetivo de promover a região como destino turístico. A iniciativa integra as ações do Movimento Viva Água, do qual fazem parte o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), a Sanepar, Invest Paraná e Fundação O Boticário.

O Viva Água visa estimular a preservação da água e, ao mesmo tempo, incentivar a produção sustentável de alimentos, além de fomentar cadeias de comercialização baseadas na conexão direta entre produtores e consumidores.

O engenheiro agrônomo Tiago Hachmann, coordenador do Movimento pelo IDR-Paraná, destaca que a divulgação das belezas do Miringuava se soma a ações do poder público na região e fortalece a geração de renda das famílias. “A divulgação dos atrativos naturais fará com que todos conheçam a beleza que temos na região, o que poderá atrair mais clientes para as propriedades, fortalecendo o turismo rural. Afinal, muitos ainda desconhecem as opções tão perto de Curitiba. O segmento pode ser uma excelente fonte de renda extra ao produtor rural”, afirma.

Anke Manuela Salzmann, gerente de projetos da Fundação Grupo Boticário, explica que a ação de divulgação contempla uma das três vocações da Bacia do Miringuava, o Turismo Rural.

“Quando iniciamos este projeto fizemos um estudo e percebemos três principais vocações na região: além do grande potencial em abastecimento de água, temos também a produção de hortaliças e o turismo. Estamos trabalhando com estas propriedades nestas três vertentes para garantir a preservação da água, a continuidade da produção de alimentos e a geração de renda. Levar o grupo de jornalistas e influencers à região foi uma maneira que encontramos de divulgar e atrair mais clientes ao local”, explica.

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DESTINOS ESCOLHIDOS – As visitas foram realizadas em cinco propriedades rurais que valorizam o turismo responsável e a conservação da natureza. As propriedades, na sua maioria, são de agricultores assistidos pelo IDR-Paraná, como as primas e vizinhas Adriane e Alexandra Leschnhak, que possuem propriedades de turismo rural na região. Elas entendem o quanto essa iniciativa pode fortalecer o negócio e destacam a assistência recebida pelos técnicos do IDR-Paraná.

Adriana é produtora de morangos e proprietária da LaChoupana – Colha e Deguste Morangos e afirma que os técnicos estiveram ao seu lado em todos os aspectos. “Além de nos orientar sobre como manter nossa agricultura e ainda preservar o meio ambiente, nos ajudaram com a rotulação dos produtos, com capacitação e, agora, temos auxílio na construção de mais uma cozinha para atender melhor nossos clientes”, afirma.

Utilizar a água de forma racional e sem desperdício tem sido o desafio da Adriane, que cultiva morangos no sistema elevado e semi-hidropônico. O canteiro de produção são bancadas a um metro do chão e recebem água e nutrientes por irrigação. A solução para evitar o desperdício veio com a instalação de sensores que medem a umidade do substrato e indicam quando o cultivo precisa de água.

Além disso, a irrigação é feita em um sistema fechado e o excedente da água das bancadas com cultivos volta para o reservatório e é reutilizada. A economia de água com o sistema fechado fica entre 20 e 25%.

Adriana acredita que estas visitas servem para divulgar e reconhecer o turismo rural na região. “Através deste grupo de influencers e jornalistas temos a oportunidade de mostrar para a sociedade o que temos a oferecer e conquistar mais clientes”, diz.

Alexandra produz orgânicos em sua propriedade e recebeu o grupo com orgulho no local que ela chama de “a maior sala de aula a céu aberto do Miringuava”. A propriedade familiar, além de produzir alimentos orgânicos, também recebe grupos de alunos que queiram conhecer mais sobre a produção agroecológica e o respeito com o meio ambiente.

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A produtora conta que optou por migrar para produção orgânica para evitar a contaminação ao meio ambiente e já está há 15 anos com a certificação. “Com a migração conseguimos focar na qualidade e não na quantidade. Como agregou valor ao produto, podemos trabalhar menos, ganhamos mais e trazemos mais saúde para nossa família e para os consumidores. Então, resolvemos abrir o espaço para receber as crianças e ensinar sobre a proteção de água e do meio ambiente desde cedo”, completa.

Ela apostou na produção de produtos biológicos para aplicação no cultivo de olerícolas e frutas. Com isso, foi possível eliminar resíduos de agrotóxicos nos alimentos e diminuir a poluição ambiental.

Outro local visitado que também recebe assistência pelo IDR-Paraná foi a Pousada Estância Carmello, que preparou o pernoite do grupo. Utilizada para o turismo rural, o estabelecimento é referência em proteção ambiental na área rural. A proprietária Sônia de Paula explicou que, para ela, o turismo rural responsável significa usar a natureza como parceira, aliar a preservação do local com a geração de renda.

“A estância nasceu com o intuito de fazer um turismo rural raiz, com recursos existentes na localidade. Usamos como diferencial e quase todos os produtos que utilizamos aqui compramos dos nossos vizinhos para fazer a economia do entorno circular”, afirma. “Olhar para além da nossa porteira. Isso é fazer turismo de forma responsável. É uma forma de polinizar, como as abelhas fazem, e criar uma grande colmeia de propriedades que fazem uma agricultura limpa e sustentável”.

ABASTECIMENTO – A Bacia do Miringuava é utilizada para captação de água pela Sanepar. Ela abastece atualmente cerca de 500 mil pessoas e, após a conclusão de uma nova barragem – em construção – tem previsão de atender aproximadamente 800 mil habitantes. A água captada é inserida no Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana.

Fonte: Governo PR

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Piana participa de encontro sobre programas voltados à segurança alimentar do Paraná

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O governador em exercício Darci Piana participou nesta segunda-feira (7) de um evento sobre o acesso às políticas públicas de segurança alimentar e fortalecimento de cozinhas solidárias no Estado. Promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), o encontro discutiu a importância de programas como o de Aquisição de Alimentos (PAA) e Cozinha Solidária para o enfrentamento da fome em todo o País.

O PAA tem como objetivos promover o acesso à informação e incentivar a agricultura familiar, por meio da compra de alimentos produzidos e destinação às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, além das atendidas pela rede socioassistencial, equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino.

Desta forma, o programa promove a inclusão produtiva dos agricultores familiares e garante a segurança alimentar da população em situação de vulnerabilidade. Ele é executado por estados e municípios, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e a Conab.

Piana destacou o apoio do Governo do Estado aos pequenos produtores, com linhas de financiamento e auxílio direto com o Coopera Paraná, o Compra Direta Paraná e o Renda Agricultor Familiar, além de programas como o Banco de Alimentos – Comida Boa, que promove a distribuição de alimentos para instituições sociais, e dos Restaurantes Populares, que auxilia grandes municípios com alimentação de baixo custo.

Apenas no Compra Direta, por exemplo, deverão ser contratadas 185 Associações e Cooperativas, de todas as regionais do Estado, totalizando um investimento de R$ 77 milhões, provenientes do Fundo Estadual de Combate à Pobreza. Nos próximos 12 meses serão entregues 63 gêneros, de 10 grupos: arroz, complementos, farinhas, feijão, frutas, hortaliças, legumes, ovos, pão, polpas e sucos, totalizando 8.300 toneladas.

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“Além dos nossos programas de apoio aos agricultores, grande parte da alimentação das nossas escolas é adquirida do pequeno produtor, buscando ajudar e incentivar a sua produção. Também apoiamos diretamente políticas sociais que fortalecem a segurança alimentar dos paranaenses”, afirmou. “O Banco de Alimentos – Comida Boa, da Ceasa Paraná, que aproveita dezenas de toneladas por mês para fazer com que esse alimento chegue às instituições sociais com qualidade, é outro exemplo de sucesso”.

Ele também ressaltou os investimentos em infraestrutura para possibilitar o aumento tanto de produção quanto de renda ao pequeno produtor. “Temos o programa de estradas rurais, diminuindo o custo e fazendo com que os produtos cheguem ao mercado com qualidade e preço justo. Não é possível um Estado que é o supermercado do mundo ter gente que passa fome ou se alimenta em condições precárias. Com a união de esforços, acredito que podemos fazer ainda mais”, acrescentou o governador em exercício.

“Segurança alimentar não tem ideologia. Barriga vazia não é aceitável, principalmente em um País como o nosso e em um estado como o Paraná, com terras fantásticas, clima extraordinário e um povo trabalhador. Nós temos os melhores índices com relação ao atendimento da segurança alimentar”, salientou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes.

O secretário também destacou o avanço em relação à construção do PAA indígena no Estado. “Foram investidos R$ 1,5 milhão e agora mais um repasse de R$ 2 milhões para a continuidade desse programa. Teremos mais recursos para o combate à fome dentro desse grande programa que é o PAA”, finalizou.

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O superintendente regional da Conab no Paraná, Valmor Bordin, explicou que o evento tem como objetivo fazer com que cozinhas solidárias se habilitem junto ao MDS e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) para terem acesso a políticas públicas.

“O registro é apenas um cadastro feito pelas entidades. Já quando ela é habilitada passa a contar com toda a documentação necessária para acessar políticas públicas. Das 80 cozinhas solidárias registradas no Paraná, apenas 23 são habilitadas junto ao MDS para acesso às políticas públicas. Isso é pouco”, comentou Bordin. “Por isso provocamos essa reunião para que haja um avanço e que mais cozinhas possam ser habilitadas.”

Durante todo o dia, estão programadas oficinas e momentos de interação entre técnicos e entidades envolvidas, finalizando em um grupo de trabalho para auxiliar que novas cozinhas solidárias possam ser habilitadas no Paraná.

PRESENÇAS – Participaram do evento o presidente da Ceasa Paraná, Éder Bublitz; o deputado federal Elton Welter; os deputados estaduais Professor Lemos e Luciana Rafagnin; o presidente da Fetaep, Alexandre Leal dos Santos; a superintendente Federal do Desenvolvimento Agrário no Paraná, Leila Klenk; a secretária Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social, Lilan Rahal; e o secretário de Segurança Alimentar e Nutricional de Curitiba, Leverci Silveira Filho.

Fonte: Governo PR

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