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Produção global de café totalizou cerca de 171,3 milhões de sacas

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A produção global de café para o ano-cafeeiro de outubro de 2022 a setembro de 2023 totalizou cerca de 171,3 milhões de sacas de 60kg, indicando um leve aumento de 1,7% em comparação aos doze meses anteriores. Desse montante, 98,6 milhões de sacas (57,5%) pertencem à espécie Coffea arabica, enquanto 72,7 milhões de sacas (42,5%) são da espécie Coffea canephora (robusta+conilon).

Paralelamente, considerando o consumo global de café nos últimos doze meses, especificamente no ano-cafeeiro anterior de 2021-2022, totalizando 175,6 milhões de sacas, espera-se um aumento ligeiro de 1,6% no ano-cafeeiro atual, alcançando um total de 178,5 milhões de sacas de 60kg. Isso sinaliza a perspectiva de outro ano de déficit no mercado mundial de café, com um consumo estimado superior à produção em cerca de 7,2 milhões de sacas.

Antes de continuar com mais detalhes sobre a cafeicultura global, com destaque para o desempenho no ano-cafeeiro de outubro de 2022 a setembro de 2023, é importante mencionar que estas análises têm como base o Relatório sobre o mercado de Café – outubro de 2023, da Organização Internacional do Café – OIC, disponível no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

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A OIC classifica quatro grandes regiões produtoras de café em seus relatórios e estudos: Ásia & Oceania, México & América Central, África e América do Sul. Seu ano-cafeeiro vai de outubro a setembro, o que difere dos anos-cafeeiros de diversos países produtores, incluindo o Brasil.

Com base nos dados do Relatório sobre o mercado de Café – outubro de 2023, da OIC, as exportações dessas quatro regiões totalizaram aproximadamente 122,98 milhões de sacas de 60kg, representando cerca de 72% da produção mundial mencionada anteriormente.

Ao classificar essas exportações em ordem decrescente para o ano-cafeeiro de 2022-2023, observamos que a América do Sul, como principal região produtora de café do mundo, exportou aproximadamente 50,59 milhões de sacas de 60kg, correspondendo a 41,1% do total das exportações.

Em segundo lugar no ranking, a região de Ásia & Oceania exportou 43,56 milhões de sacas (35,4%). Em seguida, México & América Central venderam 15,3 milhões de sacas, representando 12,4% do total, seguido pela África, que exportou 13,53 milhões de sacas (11,1%).

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Além disso, as exportações de café solúvel atingiram 11,47 milhões de sacas de 60kg, enquanto o café torrado alcançou apenas 750 mil sacas, de acordo com os dados da OIC para o mesmo período em análise.

Fonte: Pensar Agro

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Algodão volta a crescer no Paraná e reforça liderança do Brasil no mercado mundial

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Depois de anos praticamente fora do mapa da cotonicultura, o Paraná está voltando a produzir algodão em pluma e reacendendo um ciclo que já foi símbolo de força agrícola no Estado. Quem se lembra das décadas de 1980 e 1990 sabe: o Paraná já foi o líder nacional na produção da fibra. Mas com o passar do tempo, a infestação do bicudo-do-algodoeiro, o avanço da soja e dificuldades econômicas acabaram derrubando a cultura.

Agora, o cenário é de esperança e retomada. A Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) lançou um projeto para incentivar o plantio de algodão e recuperar a importância da pluma na região. Para a safra 2024/25, a área plantada no Estado deve chegar a 1,8 mil hectares, segundo estimativas da Conab. Pode parecer pouco, mas o plano é ambicioso: a meta da Acopar é atingir 60 mil hectares nos próximos anos.

Entre os fatores que tornam essa retomada promissora está o menor custo de produção no Paraná, quando comparado a outras regiões produtoras. O clima mais ameno em certas áreas, o uso mais eficiente de insumos e a proximidade com portos e centros industriais ajudam a melhorar a competitividade da pluma paranaense.

Outro ponto a favor é o avanço tecnológico. Com sementes mais resistentes, maquinário moderno e práticas de manejo mais sustentáveis, os produtores têm hoje condições muito melhores do que nas décadas passadas para lidar com pragas como o bicudo e obter bons rendimentos.

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Brasil na liderança mundial – O momento não poderia ser mais favorável. O Brasil é, desde 2024, o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. O setor cresceu nos últimos anos com base em três pilares: tecnologia, qualidade e rentabilidade. A produção brasileira de pluma aumentou pelo terceiro ano seguido em 2023 e segue firme em 2024.

Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,9 milhão de hectares de algodão, com uma produção estimada em 3,7 milhões de toneladas de pluma. A produtividade média ficou em 1,8 tonelada por hectare, e o principal destino da exportação foi a China, um mercado exigente que reconhece a qualidade da fibra brasileira.

Os principais estados produtores continuam sendo Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul, mas o avanço do Paraná mostra que o mapa do algodão pode voltar a se expandir.

Um pouco da história – O ciclo do algodão no Brasil começou no século 18, especialmente no Nordeste. Durante os séculos XVIII e XIX, o país chegou a ser um dos maiores fornecedores do mundo. Mas nas décadas de 1980 e 1990, a cultura foi gravemente afetada pelo bicudo-do-algodoeiro, uma praga devastadora que levou muitos produtores a abandonarem o cultivo.

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Com o tempo, o setor se reorganizou, investiu pesado em pesquisa, controle biológico e práticas sustentáveis, e reconquistou espaço no mercado internacional.

A iniciativa da Acopar é vista com entusiasmo por técnicos, agrônomos e produtores. A retomada do algodão no Paraná representa não só diversificação da produção agrícola, mas também mais opções de renda para o campo, geração de empregos e incremento para a indústria têxtil regional.

Além disso, a cotonicultura permite o uso racional da área agrícola, com sistemas de rotação de culturas que ajudam a preservar o solo e controlar pragas de forma natural.

Para o produtor rural, o momento é de olhar com atenção para o algodão. Com planejamento, tecnologia e apoio técnico, a pluma pode voltar a brilhar nas lavouras do Paraná — e com ela, toda uma cadeia produtiva pode se fortalecer.

Fonte: Pensar Agro

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