NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Temperaturas elevadas traz problemas na emergência das sementes

Publicado em

O fenômeno climático El Niño está exercendo considerável impacto no bioma do Cerrado, trazendo consigo uma elevação significativa das temperaturas e uma diminuição drástica das precipitações pluviométricas.

Essas condições climáticas adversas estão gerando desafios substanciais para os agricultores da região. A escassez de água, associada à reduzida produção de palhada devido à prática de rotação de culturas, está levando os agricultores a replantar durante o período de safra.

A ausência de palhada compromete a umidade do solo, amplia a exposição ao calor e dificulta o processo de germinação das plantas, resultando em um menor índice de estabelecimento das mesmas.

Devido às temperaturas elevadas, muitos agricultores estão enfrentando dificuldades na germinação das sementes. Para que o processo de germinação ocorra, as sementes necessitam absorver uma quantidade específica de umidade do solo, equivalente a 50 a 55% do seu peso, e a temperatura ideal deve situar-se entre 20°C e 30°C.

No entanto, estamos registrando temperaturas muito superiores a esses valores nesta safra. Temos observado situações como o tombamento fisiológico, resultado das altas temperaturas, ou o tombamento ocasionado pela presença de fungos como Pythium, Phytophtora e Rhizoctonia, os quais se desenvolvem em ambientes com temperaturas acima de 30°C.

Leia Também:  Safra de café no Espírito Santo sofre impacto do calor intenso, mas mercado mantém otimismo

Esses fungos se aproveitam desse cenário desfavorável. Além disso, é comum ver plantas emergindo do solo que, ao se depararem com temperaturas elevadas na superfície do solo, curvam-se para dentro, formando o que os especialistas chamam de ‘pescoço de ganso’, além de  ficarem mais suscetíveis à degradação e ao apodrecimento.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

Published

on

By

Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

Leia Também:  Exportação de carne bovina desacelera em dezembro, mas acumula crescimento

Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

Leia Também:  C.Vale investe R$ 1 bilhão em nova esmagadora de soja

A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA