NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Produtores de Goiás estão preocupados com a seca afetando o ciclo pecuário

Publicado em

A situação de seca e o ciclo pecuário preocupam os criadores de gado em Goiás. As opiniões dos pecuaristas estão divididas quanto ao tempo que levará para os preços da arroba voltarem a subir, afetando toda a cadeia produtiva.

O ciclo pecuário é o conjunto de etapas que compõem a criação de gado. Começa com a reprodução, onde novos animais são gerados. Em seguida, ocorre a criação dos bezerros, sua engorda e, por fim, a venda para o abate ou reprodução. Esse ciclo se repete para manter a produção constante de carne ou outros produtos derivados do gado.

Quando a oferta de boi gordo aumenta, os preços tendem a cair, afetando também outras categorias, como gado magro, bezerros e novilhas. Com a pressão econômica, os criadores optam por vender mais vacas para abate. Esse aumento na oferta de carne contribui para a queda dos preços.

A diminuição no número de matrizes impacta a produção de bezerros e a reposição do rebanho reprodutor, afetando a oferta futura de gado para abate. Após alguns anos, a escassez de touros e novilhas para substituir as vacas abatidas leva a um aumento nos preços, reiniciando o ciclo.

Leia Também:  Minas Gerais: superleite deve movimentar R$ 300 em Pompéu

Este ciclo, aliado à seca que atinge principalmente o interior de Goiás, é o que tem preocupado os produtores. O período esperado para as águas iniciar é em outubro. Contudo, até o momento, a região tem enfrentado dias de sol intenso e calor acentuado.

A estiagem prolongada, nesta época do ano representa mais uma preocupação para os criadores de gado em Goiás, que já estavam preocupados com os preços da arroba do boi gordo, em queda. As cotações caíram de mais de R$ 300 para R$ 215 em cerca de um ano. A perspectiva é que o ciclo pecuário possa trazer algum alívio somente em 2025.

Enquanto parte do mercado projeta que o ciclo pecuário só se reverterá em 2025, no campo, a esperança é que a situação mude já no próximo ano. De acordo com especialistas, espera-se que o preço da arroba tenha uma melhora pouco expressiva em 2024.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

Published

on

By

Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

Leia Também:  Mapa diz que plano safra liberou R$ 217 bilhões em 5 meses

Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

Leia Também:  Levantamento mostra que preços das terras agrícolas quase dobraram em 3 anos

A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA