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Diálogo e troca de experiências fortalecem gestão compartilhada de resíduos sólidos

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O diálogo e a troca de experiências sobre gestão de resíduos sólidos foram ponto alto da 17ª reunião ordinária do Grupo R-20, nesta quarta-feira (8), em Curitiba. O Grupo é um órgão consultivo para a gestão compartilhada de resíduos sólidos pelos municípios que reúne representantes das 399 cidades do Estado e Consórcios Intermunicipais de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos de 20 regiões do Paraná. 

Realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), em parceria com a Escola de Gestão do Paraná, o evento teve como objetivo fortalecer o relacionamento entre os integrantes do R-20. Participaram prefeitos e representantes de 130 municípios.

Na abertura, o vice-governador Darci Piana destacou a importância do diálogo do Estado com os municípios para o tratamento do resíduos sólidos. “Tenho certeza que o G-20 vai ajudar a resolver a questão dos resíduos sólidos, e ajudar a conscientizar a população para que cuide onde joga seu lixo, é preciso falar com a população e sobretudo com as crianças para que elas se conscientizem”, afirmou.

O secretário do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, enfatizou a organização do R-20, que está prevista no Plano Estadual de Resíduos Sólidos. “O Paraná está dividido hoje em 20 regiões para que possamos, de forma ordenada e bem distribuída, fazer a coleta dos resíduos e começar a gerar recursos”, disse ele. “Os próprios municípios vão encontrar a melhor solução para sua realidade, a partir das novas tecnologias e das trocas de experiência trazidas neste encontro. Estamos organizando essa cadeia dos resíduos sólidos para que possamos gerar mais riqueza, e não enterrar mais dinheiro”, apontou.

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Walquiria Menna Brusamolin, bióloga da Coordenação de Saneamento Ambiental e Economia Circular da Sedest, apresentou um histórico do R-20, que começou a ser gestado em 1999, com a Política Estadual de Resíduos Sólidos, a partir da Lei Estadual 12.493/1999. Depois, em 2008, foram elencadas 22 cidades-pólos, que então eram responsáveis, somadas, por 90% da geração de resíduos sólidos urbanos. Em 2013 foi fundado o R-20, por meio do Decreto Estadual nº 8656/2013.

Alexandre Gaio, promotor de Justiça, presidente da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), discorreu sobre as Operações Percola I, II, e III e as ações do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Meio Ambiente e de Habitação e Urbanismo.

Ele explicou que o Ministério Público tem recomendado que o R-20 tenha o maior número possível de adesões de municípios e que eles, de fato, participem das discussões e das decisões a serem tomadas sobre resíduos sólidos urbanos.

O promotor de Justiça também destacou a orientação que o órgão tem repassado aos municípios. “Estamos também emitindo notas técnicas orientativas para as promotorias de justiça, mas que também servem de base e suporte para que os prefeitos possam se estruturar e executar de modo mais adequado os seus planejamentos de gestão integrada de resíduos sólidos urbanos”, disse ele.

NOVAS TECNOLOGIAS – No encontro, foi enfatizado que trocas de experiência entre os municípios são essenciais para que não seja necessário “reinventar a roda” e que soluções criativas possam ser encontradas. Os representantes dos municípios apresentaram soluções inovadoras que estão implementando.

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É o caso de Marilândia do Sul, no Norte do Estado. O secretário do Desenvolvimento Econômico, Laudemir Peres, contou que o município desenvolveu um projeto-piloto com aplicativo, pelo qual o cidadão indica sua residência que contém o material reciclável a ser coletado e contabiliza pontos que podem ser deduzidos do IPTU municipal.

O projeto, segundo o secretário, tem potencial para agregar também outras funcionalidades. “Nesta etapa piloto testamos o aplicativo com o IPTU, mas há potencial para agregar outros benefícios e inserir coleta de outros materiais. Desde janeiro de 2023, já contabilizamos a coleta de 9 mil kg por meio do aplicativo”.

ELEIÇÃO – Na reunião também foi eleita a comissão executiva do grupo R-20, que atuará pelos próximos dois anos, com a seguinte composição: 1º Secretário – Marcos José Chaves, de Marechal Cândido Rondon; 2º Secretário – Mariza Pissinati, de Londrina; 3º Secretário – Mônica Fambom, de Itambaracá.

A partir desta reunião, o intuito é que as agendas do G-20 sejam retomadas com mais frequência, a fim de que o Paraná possa preparar ações estruturantes e que efetivem uma economia verdadeiramente circular.

“A cadeia de resíduos envolve o consumidor, o produtor, quem distribui, quem faz a destinação final. Por isso ela exige ações estruturantes com diversos entes do estado”, Gabriel Schuhli, diretor de Economia Sustentável da Sedest. “O intuito é criar uma política de economia circular para o Estado. Não só resolver problemas pontuais, que têm impacto pequeno, mas ações estruturantes que vão dar seus frutos ao longo de muitos anos”, afirma.

Fonte: Governo PR

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Municípios já podem aderir ao incentivo de R$ 159 milhões para crianças e adolescentes

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Os municípios Paraná já podem formalizar a adesão ao incentivo financeiro do Governo do Estado que destina R$ 159 milhões para ações de fortalecimento da Política da Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes em todo o Paraná. O repasse foi liberado no início do mês pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Os recursos, oriundos do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), deliberados pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA-PR) e administrados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), serão repassados na modalidade fundo a fundo e poderão ser usados de maneira autônoma pelas cidades.

“Este é um momento importante para que cada município possa atender às suas necessidades específicas, de acordo com a realidade local. Estamos dando um passo significativo na construção de políticas públicas voltadas para nossas crianças e adolescentes”, afirma o secretário estadual do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.

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Os valores poderão ser utilizados em materiais de consumo, pedagógico e esportivo, materiais de higiene e limpeza, artesanato e recreação, além do desenvolvimento de materiais de áudio, vídeo e foto, despesas com impressão de materiais gráficos, alimentos perecíveis e não-perecíveis, veículo e móveis.

Os termos de adesão devem ser preenchidos pelos municípios nos próximos dias através do Sistema de Acompanhamento do Cofinanciamento Estadual Fundo a Fundo (SIFF). As orientações sobre o incentivo estão na Deliberação 013/2025-CEDCA/PR. O documento traz detalhes, como prazos, itens de despesas e valores destinados para cada município.

Carboni ressalta a importância da regularização de saldos encerrados e da prestação de contas. “É fundamental que os prefeitos estejam atentos a essas questões para garantir a aptidão em novas adesões e o encerramento adequado do processo”, destaca.

O secretário orienta os prefeitos a tomarem algumas ações. “Caso identifiquem pendências ou saldos, é necessário enviar um e-mail para duvidassiff@sedef.pr.gov.br, solicitando as orientações necessárias. Além disso, é essencial manter os extratos bancários atualizados mensalmente no SIFF”, explica.

Cada município receberá, no mínimo, R$ 250 mil. Do total dos recursos disponíveis, dois municípios vão receber R$ 250 mil; 246 cidades receberão entre R$ 300 mil e R$ 400 mil; 137 devem receber entre R$ 400 mil e R$ 500 mil; 12 vão receber entre R$ 600 mil e R$ 700 mil; um município receberá R$ 800 mil; e Curitiba, devido ao porte, receberá R$ 1,5 milhão.

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REQUISITOS – Todas as cidades paranaenses estão elegíveis para receberem os recursos, desde que tenham realizado sua adesão e desenvolvam projetos e programas seguindo os eixos da garantia de direitos, como vida e saúde; respeito à dignidade; convivência familiar e comunitária; educação, cultura, esporte e lazer; profissionalização; e fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Fonte: Governo PR

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