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Intempéries climáticas atrasa o plantio da soja e pode prejudicar a produtividade

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As intempéries climáticas, com excesso de chuvas no Sul, escassez no norte e precipitações irregulares no Centro-Oeste estão prejudicando o plantio da sagra o que deve afetar a produtividade da soja e ainda impactar negativamente o milho safrinha. Essa situação pode acarretar perdas econômicas consideráveis para o país.

Em nível nacional, o plantio de soja alcançou 50,67% da área projetada para a safra 2023/24 no Brasil, de acordo com as estimativas divulgadas na sexta-feira (03.11). O avanço percentual da semana foi de apenas 11,5%, mantendo-se como o progresso mais lento para esta época do ano desde 2015.

Os números do plantio ficaram abaixo dos 64,64% registrados no mesmo período do ano anterior (2022) e também abaixo da média dos últimos cinco anos, que foi de 59,54%.

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), até este  fim de semana, o plantio de soja no estado, que é o principal produtor,  havia atingido  83,32% da área planejada para a safra 2023/24.

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Apesar de um avanço de 13,27 pontos percentuais em relação às semanas anteriores, o ritmo de semeadura está atrasado em comparação com anos anteriores. No mesmo período da safra anterior, quando as chuvas foram mais favoráveis, 93,57% das áreas em Mato Grosso estavam plantadas. A média histórica para este período é de 88,61%.

Além de Mato Grosso, Rondônia também tem enfrentado condições climáticas adversas, marcadas pela falta de chuvas, estão dificultando a aceleração dos trabalhos de campo. Relatos indicam que em algumas regiões, o plantio deveria ter sido concluído, mas, neste ano, ainda nem começou.

O plantio de soja do Paraná atingiu 69% da área estimada para a cultura na safra 2023/24, avanço de 11 pontos percentuais em relação à semana anterior, apesar de chuvas intensas no Estado nos últimos dias, que têm dificultado os trabalhos em algumas áreas, de acordo com dados do Deral (Departamento de Economia Rural)

Fonte: Pensar Agro

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Algodão volta a crescer no Paraná e reforça liderança do Brasil no mercado mundial

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Depois de anos praticamente fora do mapa da cotonicultura, o Paraná está voltando a produzir algodão em pluma e reacendendo um ciclo que já foi símbolo de força agrícola no Estado. Quem se lembra das décadas de 1980 e 1990 sabe: o Paraná já foi o líder nacional na produção da fibra. Mas com o passar do tempo, a infestação do bicudo-do-algodoeiro, o avanço da soja e dificuldades econômicas acabaram derrubando a cultura.

Agora, o cenário é de esperança e retomada. A Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) lançou um projeto para incentivar o plantio de algodão e recuperar a importância da pluma na região. Para a safra 2024/25, a área plantada no Estado deve chegar a 1,8 mil hectares, segundo estimativas da Conab. Pode parecer pouco, mas o plano é ambicioso: a meta da Acopar é atingir 60 mil hectares nos próximos anos.

Entre os fatores que tornam essa retomada promissora está o menor custo de produção no Paraná, quando comparado a outras regiões produtoras. O clima mais ameno em certas áreas, o uso mais eficiente de insumos e a proximidade com portos e centros industriais ajudam a melhorar a competitividade da pluma paranaense.

Outro ponto a favor é o avanço tecnológico. Com sementes mais resistentes, maquinário moderno e práticas de manejo mais sustentáveis, os produtores têm hoje condições muito melhores do que nas décadas passadas para lidar com pragas como o bicudo e obter bons rendimentos.

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Brasil na liderança mundial – O momento não poderia ser mais favorável. O Brasil é, desde 2024, o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. O setor cresceu nos últimos anos com base em três pilares: tecnologia, qualidade e rentabilidade. A produção brasileira de pluma aumentou pelo terceiro ano seguido em 2023 e segue firme em 2024.

Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,9 milhão de hectares de algodão, com uma produção estimada em 3,7 milhões de toneladas de pluma. A produtividade média ficou em 1,8 tonelada por hectare, e o principal destino da exportação foi a China, um mercado exigente que reconhece a qualidade da fibra brasileira.

Os principais estados produtores continuam sendo Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul, mas o avanço do Paraná mostra que o mapa do algodão pode voltar a se expandir.

Um pouco da história – O ciclo do algodão no Brasil começou no século 18, especialmente no Nordeste. Durante os séculos XVIII e XIX, o país chegou a ser um dos maiores fornecedores do mundo. Mas nas décadas de 1980 e 1990, a cultura foi gravemente afetada pelo bicudo-do-algodoeiro, uma praga devastadora que levou muitos produtores a abandonarem o cultivo.

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Com o tempo, o setor se reorganizou, investiu pesado em pesquisa, controle biológico e práticas sustentáveis, e reconquistou espaço no mercado internacional.

A iniciativa da Acopar é vista com entusiasmo por técnicos, agrônomos e produtores. A retomada do algodão no Paraná representa não só diversificação da produção agrícola, mas também mais opções de renda para o campo, geração de empregos e incremento para a indústria têxtil regional.

Além disso, a cotonicultura permite o uso racional da área agrícola, com sistemas de rotação de culturas que ajudam a preservar o solo e controlar pragas de forma natural.

Para o produtor rural, o momento é de olhar com atenção para o algodão. Com planejamento, tecnologia e apoio técnico, a pluma pode voltar a brilhar nas lavouras do Paraná — e com ela, toda uma cadeia produtiva pode se fortalecer.

Fonte: Pensar Agro

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