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Sobe para 17 o número de municípios em situação de emergência no Paraná

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O Governo do Estado homologou na tarde desta segunda-feira (16) os decretos de situação de emergência de Rio Azul, Peabiru, Roncador e Porto Amazonas. Com isso, chega a 17 o número de cidades nesta condição devido às fortes chuvas dos últimos dias e que continuam a cair sobre grande parte do Paraná. As equipes da Defesa Civil e de outros órgãos estaduais continuam a prestar atendimento à população afetada, que desde o início de outubro chegou a 62 mil pessoas em 76 municípios.

Além destes quatro últimos, estão em situação de emergência São Mateus do Sul, Ivaiporã, Santa Izabel do Oeste, Jardim Alegre, Paulo Frontin, União da Vitória, Pitanga, Rio Negro, Paula Freitas, Pinhão, Cascavel, Mangueirinha e São Jorge do Oeste. Há ainda processos em análise pelo Estado para pedidos da mesma natureza das prefeituras de Dois Vizinhos, Prudentópolis e Rebouças.

Dados do boletim mais recente divulgado pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil apontam que 7.186 pessoas permanecem desalojadas – em casa de parentes ou amigos – enquanto outras 816 estão desabrigadas – temporariamente em abrigos públicos. A Defesa Civil também contabiliza a doação de 3.391 cestas básicas, 1.900 kits dormitórios, 2.396 colchões, 1.249 kits de higiene e 655 de limpeza e 39.680 telhas.

Para os desabrigados, o governador Carlos Massa Ratinho Junior determinou o repasse de R$ 1 milhão para custeio de hospedagens em hotéis e pousadas, destinados prioritariamente a gestantes, crianças, idosos, acamados, pessoas com deficiência ou em situação de vulnerabilidade. Já acontecem transferências para esses locais em Rio Negro, União da Vitória e São Mateus do Sul. 

O secretário estadual do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), Rogério Carboni, acompanhou a transferência das primeiras pessoas dos abrigos públicos para hospedagens em São Mateus do Sul e reiterou o compromisso do Estado com o acolhimento dos mais necessitados. “Todos os afetados estão sendo atendidos, mas há pessoas que têm uma vulnerabilidade maior e precisam de uma atenção mais especial do Governo do Estado, por isso disponibilizamos os hotéis e pousadas”, disse.

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“São Mateus do Sul é um município muito extenso, com pontes danificadas, o que gera uma dificuldade para chegar em algumas localidades, por isso estamos acionando a Defesa Civil para termos um apoio aéreo”, acrescentou o secretário da Sedef. “Caso a situação se agrave, o que não queremos, as equipes estaduais estarão de prontidão”, concluiu Carboni.

SEGURANÇA E CONFORTO – O vendedor ambulante Geraldo de Lima Oliveira, de 75 anos, e a esposa Joventina Francisca dos Santos, 59, foram os primeiros a irem para um hotel em São Mateus do Sul. Apesar da situação delicada e da vontade de voltar para a casa, que precisou ser evacuada devido à inundação, eles demonstram tranquilidade por estarem em um local confortável.

“A gente precisou sair da casa porque começou a encher de água, então só deu tempo de tirar algumas coisas e o restante ficou. Depois disso fomos para o Ginásio de Esportes e agora estamos aqui no hotel”, contou Geraldo, que revelou que esta é a primeira vez na vida que o casal fica em um hotel.

“Lá no abrigo não faltou nada para a gente, assim como aqui. Temos água, comida e conforto graças a Deus, então melhor que isso só o céu. Eu preferia voltar para a minha casa, mas tendo essa assistência é mais tranquilo até que a água baixe e a gente possa voltar para limpar tudo e continuar a vida”, disse o vendedor.

Além do casal, uma outra família deverá ser hospedada no mesmo hotel nas próximas horas. Trata-se de um casal em que a mulher está grávida, fazendo acompanhamento pré-natal, e mais um filho.

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ACESSO ÀS FAMÍLIAS – Para a prefeita de São Mateus do Sul, Fernanda Sardanha, o apoio da estrutura estadual nos atendimentos e encaminhamentos da população tem sido fundamental, sobretudo para aquelas residentes nos locais mais inacessíveis. “As famílias estão passando por um momento delicado em precisam sair do seu lar, então tentamos amenizar esse drama fornecendo um alojamento em condições adequadas com a maior rapidez possível”, declarou.

Com cerca de 40% da população residente no campo e 5.800 quilômetros de estradas rurais, a prefeitura conta com o apoio das equipes estaduais para chegar aos pontos mais difíceis. “Tivemos 73 pontos que cederam com as chuvas, mas com o apoio da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros conseguimos chegar onde as famílias estão isoladas”, relatou.

“Essa possibilidade de acomodar as famílias em hotéis é uma excelente ação do Governo do Estado nesse momento de tanta dificuldade, principalmente para pessoas com deficiência, idosos e gestantes de alto risco, que poderão ter um acolhimento diferenciado”, completou Fernanda.

NOVAS CHUVAS – Nesta segunda-feira, houve chuvas localizadas no Sul, Sudoeste, Centro-Sul, Campos Gerais, Região Metropolitana de Curitiba e no Litoral do Estado. Para terça-feira (17), porém, a previsão do Simepar é de que a instabilidade se eleve em todo o Paraná, incluindo um risco elevado de tempestades com raios e ventos fortes em vários momentos do dia em diversas regiões, o que demanda atenção da população.

Em Rio Negro, o nível do de mesmo nome teve uma leve queda nas últimas horas, para 10,5 metros, de acordo com a Defesa Civil. Acima de 4,5 metros, o nível é considerado muito alto. Em União da Vitória, o nível do Rio Iguaçu não sobe tão rapidamente, mas ainda está em 7,7 metros.

Fonte: Governo PR

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Portos do Paraná realiza oficina de coleta e despolpa do açaí juçara em comunidade no Litoral

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Moradores da no Litoral do Paraná, participaram nesta quarta-feira (02) da 2ª Oficina de Coleta, Higienização e Despolpa de Juçara, fruta semelhante ao açaí amazônico. A iniciativa da Portos do Paraná busca estimular uma nova fonte de renda para as comunidades locais, predominantemente compostas por pescadores, além de promover a preservação da palmeira juçara, espécie ameaçada de extinção.​

“Com o conhecimento da despolpa dos frutos, é possível uma mudança cultural, possibilitando renda às comunidades e incentivando o plantio das sementes”, destacou o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana.​

A oficina integra o Programa de Educação Ambiental (PEA) da Autoridade Portuária e surgiu como uma demanda dos próprios moradores. “No Sul do Brasil basicamente não temos a cultura do aproveitamento deste fruto. Já no Norte, é muito comum. Estamos trazendo a oficina para estimular esta nova opção”, explicou o coordenador de Sustentabilidade da Portos do Paraná, Pedro Pisacco Pereira Cordeiro. “A sementinha roxa produz um açaí de excelente qualidade”.​

O Instituto Juçara de Agroecologia conduziu as atividades teóricas e práticas. “A coleta da juçara no Litoral é feita entre março e maio. É neste período que a palmeira vai frutificar e os cachos com os frutos vão amadurecer”, comentou o vice-presidente do Instituto, Rafael Serafim da Luz.​

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O fruto da juçara é semelhante ao açaí da Amazônia, porém, a palmeira nativa das áreas litorâneas de Mata Atlântica, Euterpe edulis, difere das palmeiras que produzem o açaí tradicional da região Norte do país. O “açaí juçara” é rico em antocianina, um antioxidante que confere a coloração roxa escura, muito semelhante ao açaí amazônico. Além do fruto, a palmeira também é conhecida por produzir o palmito juçara.​

O fruto é extremamente rico em ferro e cálcio, elementos que complementam muito bem a alimentação. “É uma planta que se desenvolve super bem, de fácil manejo. E a gente vê na casa das pessoas, faz parte da paisagem dos caiçaras”, pontuou Serafim da Luz.​

SELEÇÃO DE GRÃOS – A merendeira Adi Fátima Lourenço possui algumas palmeiras no quintal de casa, uma das quais foi utilizada durante a oficina. “A gente se criou subindo nos pés de juçara, mas não sabia fazer os sucos. E essa oficina vai ajudar na renda mesmo. Dá pra fazer bolo, pão. É um diferencial que as pessoas sempre estão procurando”, comentou Adi.​

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Durante a coleta e higienização, ocorre a seleção dos grãos maduros e sadios, que passam por um processo de lavagem com água sanitária para a esterilização das bactérias. Após o enxágue, eles são encaminhados para a despolpadeira, que remove os caroços, sementes ou cascas, resultando em um líquido engrossado e peneirado.​

CURSOS E OFICINAS –  Pelo Programa de Educação Ambiental, a Portos do Paraná realizou, desde 2019, dezenas de oficinas de capacitação e cursos profissionalizantes gratuitos para comunidades litorâneas do Estado.

As iniciativas buscam promover, além de práticas permaculturais, a educação ambiental, a organização comunitária e a valorização ambiental, ao mesmo tempo em que apresentam possibilidades de geração de renda para os membros das comunidades.

Entre os temas abordados estão comunicação e atendimento e introdução à maquiagem para jovens, em parceria com o Senac. As mulheres das comunidades de Piaçaguera e do Valadares também puderam participar dos cursos de corte e costura.

Fonte: Governo PR

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