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Exportações de amendoim cresceram 360% nos últimos 10 anos e é apenas o começo

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Nos últimos dez anos, as exportações de amendoim cresceram impressionantes 360%, com um aumento de 40% de 2019 a 2022. O amendoim brasileiro está ganhando terreno no mercado global por várias razões. O Brasil possui espaço para expandir sua área de cultivo, um clima favorável e tecnologia de produção avançada. Além disso, o país tem trabalhado na melhoria da qualidade do grão, conforme relatado pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) e outros setores da cadeia produtiva.

No período de 2019 a 2022, a produção nacional de amendoim aumentou em impressionantes 60%, atingindo quase 900 mil toneladas. Apenas em 2022, as exportações do grão totalizaram 285,6 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 333,4 milhões e posicionando o Brasil como o sexto maior exportador do mundo, liderado pela Índia, que ultrapassou a Argentina no ano anterior.

No acumulado de janeiro a agosto deste ano, o Brasil já exportou quase 197 mil toneladas de amendoim, registrando um aumento de 11% em relação ao mesmo período de 2022.

A produção de amendoim no Brasil é altamente concentrada no estado de São Paulo, que responde por cerca de 93% da produção nacional, de acordo com a Abicab. Regiões como Jaboticabal se destacam, onde o cultivo de amendoim é frequentemente combinado com a renovação de canaviais. Outra região importante é Tupã, onde o amendoim é cultivado em áreas renovadas de canaviais e pastagens. O amendoim também está ganhando terreno em estados como Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Apesar do crescimento recente, especialistas apontam que ainda há potencial não explorado nesse setor. Para José Antonio Rossato, diretor da Coplana, uma cooperativa de Jaboticabal que exporta o produto, o Brasil é como um “gigante adormecido” no mercado de amendoim. O salto na produtividade ocorreu a partir de 2000, quando houve a mecanização da atividade e a substituição das variedades de cultivo manual por variedades desenvolvidas pelo Instituto Agronômico (IAC) e pela Embrapa.

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Um indicativo do avanço do amendoim brasileiro no exterior é o aumento no número de países compradores, que mais que dobrou desde 2010, passando de 53 para 115, de acordo com a Abicab. Cerca de 85% das exportações totais são destinadas a 12 países, incluindo Rússia, Argélia, Holanda, Reino Unido, Espanha, Polônia, Colômbia, Turquia, Ucrânia, África do Sul, Austrália e Emirados Árabes Unidos, de acordo com um estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA).

As exportações brasileiras para a Rússia e a Ucrânia foram afetadas pelo conflito entre esses países no ano passado, mas esse prejuízo foi compensado pelo aumento das vendas para o Reino Unido e a África do Sul, bem como pela entrada em novos mercados, como a China. No entanto, o foco dos exportadores brasileiros não está na China, pois este país compra principalmente óleo bruto de amendoim. Em 2022, o Brasil exportou 152 mil toneladas de amendoim para a China, o que representa 83% das exportações totais.

O interesse principal dos exportadores brasileiros está em atender às exigências da Comunidade Europeia, que requer mais certificações, mas está disposta a pagar um preço mais alto, entre US$ 150 e US$ 200 por tonelada de amendoim in natura em comparação com Rússia, Ucrânia e China, de acordo com Jaime Recena, presidente da Abicab. No ano passado, o Brasil exportou 70 mil toneladas de amendoim para os países-membros da União Europeia. Atualmente, existem 58 empresas habilitadas para exportar, mas apenas 18 estão certificadas para o mercado europeu.

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Com a perspectiva de uma demanda externa contínua, a busca agora é pelo aumento da produtividade. Em Jaboticabal, os pesquisadores estão procurando variedades de amendoim de ciclo precoce, que podem ser colhidas em 110 a 115 dias, além de serem mais produtivas e resistentes a pragas. Atualmente, o ciclo de produção varia de 120 a 150 dias, dependendo da variedade, o que pode interferir no período de plantio da cana-de-açúcar.

De acordo com o agrônomo Paulo Umberto Henn, da Cras Brasil, líder na exportação de óleo de amendoim, a área de plantio na região de Tupã deve crescer entre 10% e 15% este ano, devido aos bons preços do amendoim e ao aumento do corte de cana em áreas em renovação. O amendoim está competindo com a soja na renovação dos canaviais, e aqueles que possuem equipamentos e equipe para o plantio de ambas as culturas estão optando pelo amendoim devido à queda nos preços da soja.

Com informações do Globo Rural

Fonte: Pensar Agro

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Suinocultura se consolida como um dos principais polos produtivos do Brasil

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Mato Grosso do Sul se destaca como um dos maiores produtores de carne suína do Brasil, consolidando-se como referência no setor da suinocultura. O estado, com uma produção crescente e em constante evolução, se prepara para figurar entre os cinco maiores produtores e exportadores do país, com um futuro promissor que inclui investimentos robustos, inovações tecnológicas e um mercado internacional em expansão.

Em 2024, o estado registrou o abate de mais de 3,39 milhões de suínos, resultando em cerca de 315 mil toneladas de carne. O setor movimenta uma cadeia produtiva significativa, gerando aproximadamente 32 mil empregos diretos e englobando 129 empresas no segmento. Além disso, Mato Grosso do Sul ocupa atualmente a 6ª posição no ranking nacional de exportações de carne suína, com uma expectativa de alcançar a 5ª posição nos próximos anos.

A suinocultura sul-mato-grossense tem se destacado pela alta qualidade e modernização do setor. Investimentos em biosseguridade, como o programa “Leitão Vida”, que já destina recursos significativos para modernizar as granjas e promover o bem-estar animal, têm sido fundamentais para o crescimento sustentável da atividade. Com mais de R$ 64 milhões investidos no programa nos últimos anos, o estado tem conseguido avançar não apenas na produtividade, mas também na implementação de práticas inovadoras e sustentáveis.

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O avanço da infraestrutura logística, com a melhoria das rodovias e a ampliação do acesso aos mercados internacionais, também tem sido crucial para a suinocultura sul-mato-grossense. A Rota Bioceânica, por exemplo, promete abrir novos mercados na Ásia, proporcionando uma maior competitividade para o setor e ampliando a capacidade de exportação.

Com polos produtivos em diversas regiões do estado, como Dourados, Sidrolândia e São Gabriel do Oeste, o setor se caracteriza pela diversificação e pela força das cooperativas e associações locais. A presença de instituições de ensino e pesquisa, como a Embrapa e a UFMS, tem contribuído para a capacitação da mão de obra e o desenvolvimento de novas tecnologias, que garantem a sustentabilidade e a inovação contínua da atividade.

O crescimento da suinocultura em Mato Grosso do Sul também está atrelado ao aumento do consumo interno e à abertura de novos mercados. Com a retirada da vacinação contra a febre aftosa e o reconhecimento do status de área livre de febre aftosa sem vacinação, o Brasil tem avançado nas negociações com mercados internacionais, como a União Europeia, que ainda não importa carne suína brasileira. Esse fator representa uma oportunidade estratégica para expandir as exportações e aumentar a competitividade da carne suína brasileira no exterior.

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A suinocultura de Mato Grosso do Sul, com sua organização e compromisso com a sustentabilidade, vem se consolidando como uma das grandes forças do agronegócio brasileiro. O desafio agora é continuar crescendo com responsabilidade, mantendo a qualidade da produção e respeitando o meio ambiente, para que o estado siga como um líder no setor suinícola nacional.

Fonte: Pensar Agro

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