NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Dificuldades logísticas faz reduzir volume de trigo exportado pelo Rio Grande do Sul

Publicado em

A safra de trigo para o período 2023/24 está trazendo desafios inesperados para o setor de exportação, devido a dificuldades logísticas.

Um novo relatório divulgado pela StoneX revela que as estimativas de exportação precisaram ser revisadas para baixo, projetando agora 2,06 milhões de toneladas, em comparação com os 2,49 milhões de toneladas previstos no mês anterior.

Um dos principais fatores que contribuíram para essa revisão foi o expressivo escoamento de soja pelo porto de Rio Grande, o que levanta especulações sobre uma janela de exportação de trigo mais curta, com término previsto para março. Isso representa uma situação atípica em relação aos anos anteriores, quando a exportação de trigo costumava se estender até maio.

Jonathan Pinheiro, consultor em gerenciamento de riscos, destaca: “O escoamento de um volume elevado de soja pelo porto gera especulações de uma janela de exportação do trigo mais curta até março, de forma atípica em relação aos últimos anos, quando usualmente se estendeu até maio.”

Leia Também:  Boa notícia: mercado da soja tem tendência de alta após o carnaval

Além disso, houve consideração sobre o impacto da disponibilidade logística do porto no escoamento de trigo por cabotagem, levando à previsão de um volume menor nesse modo de transporte.

Outro fator que contribuiu para as revisões nas projeções é a pressão dos preços no mercado interno devido à maior oferta de trigo. Como resultado, a StoneX prevê um volume menor de importação, com indústrias da região Sudeste considerando aquisições de trigo da região Sul, mesmo que por via terrestre, devido aos preços atrativos indicados para a safra nova.

Em relação à produção da safra brasileira de trigo 2023/24, a StoneX manteve sua estimativa inalterada, em 11,19 milhões de toneladas. No entanto, a consultoria observa que as chuvas estão concentradas na metade sul do país, que representa uma parte relativamente pequena da produção de trigo. A continuidade das chuvas, mesmo em volumes menores em outras regiões, poderá representar um desafio para as lavouras.

Jonathan Pinheiro, do grupo StoneX, ressalta que o monitoramento constante das condições climáticas continuará sendo essencial para futuras projeções e ajustes nas estimativas. A situação pode evoluir rapidamente, requerendo atenção especial até o início da colheita no Rio Grande do Sul, programada para o início de outubro.

Leia Também:  Comissão aprova isenção de imposto para imóvel objeto de esbulho possessório

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Agronegócio mineiro bate recorde histórico no primeiro trimestre

Published

on

By

O agronegócio de Minas Gerais alcançou um desempenho sem precedentes no primeiro trimestre de 2025, com um faturamento equivalente a R$ 26,1 bilhões — o maior já registrado desde o início da série histórica, em 1997. Os dados, divulgados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), revelam que o setor movimentou cerca de 3 milhões de toneladas em exportações e superou a mineração, tradicional carro-chefe da economia mineira, ao responder por 45,3% das vendas externas do estado.

O mês de março também entrou para a história como o melhor já registrado em termos de receita, superando todos os meses anteriores desde o início do monitoramento. Comparado ao primeiro trimestre de 2024, o crescimento da receita foi de 26%, mesmo com uma queda de 14,2% no volume embarcado. O bom resultado foi impulsionado pela valorização das commodities agrícolas, cujo preço médio por tonelada subiu 47%. Em outros setores da economia mineira, a valorização média foi de 13%.

O café mais uma vez se destacou como o principal produto exportado pelo estado. Foram embarcadas 7,8 milhões de sacas, o que gerou uma receita equivalente a R$ 16,8 bilhões. A participação do grão na receita total do agronegócio mineiro foi de 64%, consolidando sua importância para a economia estadual. Em relação ao mesmo período do ano passado, o valor das exportações de café aumentou 77%, enquanto o volume cresceu 3%.

Leia Também:  Natal molhado em quase todo país é o que prevê o Inmet

Minas manteve sua posição como o terceiro maior exportador de produtos do agro no Brasil, atrás apenas de Mato Grosso e São Paulo. Os produtos mineiros chegaram a 150 destinos diferentes, com destaque para a China (responsável por 19% das compras), Estados Unidos (13%), Alemanha (10%), Itália (5%) e Japão (5%).

Entre os destaques do período estão os ovos, cujas exportações dispararam. Impulsionado pelo surto de gripe aviária nos Estados Unidos, o segmento registrou alta de 266% em valor e 153% em volume, totalizando 2 mil toneladas embarcadas e uma receita de R$ 23,2 milhões. No mesmo intervalo de 2024, haviam sido exportadas 809 toneladas, com faturamento de cerca de R$ 5,8 milhões. Segundo a Seapa, a demanda dos EUA e do Chile ajudou a alavancar as vendas do produto mineiro.

As carnes também mostraram força nas exportações. No total, foram embarcadas 115 mil toneladas, com receita de R$ 2,24 bilhões — aumento de 23% na comparação anual. A carne bovina liderou entre os cortes exportados, gerando R$ 1,56 bilhão com 57 mil toneladas, impulsionada principalmente pelas vendas aos Estados Unidos, que cresceram 148%. A carne de frango contribuiu com R$ 550 milhões e 49 mil toneladas, enquanto os suínos somaram R$ 104 milhões com 8 mil toneladas exportadas.

Leia Também:  Agronegócio de Minas Gerais exportou para 182 países em 2023: faturamento de R$ 50 bilhões

Apesar do cenário geral positivo, alguns segmentos registraram retração. O complexo sucroalcooleiro, que reúne açúcar e etanol, teve queda de 50% na receita e de 46% no volume exportado. O setor movimentou R$ 1,48 bilhão no trimestre, reflexo da baixa nos preços internacionais.

Já o complexo da soja também apresentou resultados negativos: a receita caiu 18,3% e o volume 8,8%, com R$ 3,17 bilhões arrecadados e 1,4 milhão de toneladas exportadas. Apesar do recuo, houve melhora nos embarques durante o mês de março, com o início da nova safra.

O grupo de produtos florestais, formado por celulose, papel e madeira, também enfrentou dificuldades. A receita totalizou R$ 1,41 bilhão, representando uma queda de 15%. Segundo a Seapa, o desempenho foi impactado pela desaceleração de economias importadoras e pela continuidade de gargalos logísticos no transporte marítimo global.


Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA