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467 mulheres fazem parte da nova turma de policiais militares no Paraná

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“O sonho de ser policial vem desde criança e hoje o meu sonho foi realizado. É uma honra vestir a farda da Polícia Militar do Paraná, que é um estado acolhedor e cheio de oportunidades”. As palavras são da soldado Rosielma Silva Soares, natural do Tocantins, uma das 467 novas mulheres que ingressam nas fileiras da PMPR a partir desta semana. Ao todo, 2.482 policiais militares estão prontos para atuar na segurança pública em todo o Paraná a partir da próxima segunda-feira (18).

“Para mim foi gratificante receber a notícia que ela passou no concurso para ser policial, até porque é a primeira da família a fazer parte de uma instituição de segurança pública”, ressaltou a mãe de Rosielma, Maria José da Silva Soares, que acompanhou a formatura da filha. 

O ingresso de um número expressivo de mulheres na corporação é um dos grandes diferenciais desse concurso. A nova turma de aspirantes passou pelo Curso de Formação na Escola Policial Militar do Guatupê ao longo de um ano. A formatura da turma de Curitiba, Litoral, Campos Gerais e Centro-Sul foi realizada nesta terça-feira (12), em Curitiba, com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior e do secretário da Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira.

A soldado Letícia Tavares de Souza, de Curitiba, também comemora a chance de servir a população paranaense. “É um dos momentos mais marcantes da minha vida. A preparação não foi nada fácil. Foram várias etapas e a cada uma senti a expectativa para saber onde eu iria chegar, ainda mais quando se fala da preparação física e estudo. Fico muito feliz de ter concluído tudo e agradeço à minha família por todo apoio. Hoje posso dizer com clareza que represento as mulheres na carreira da PMPR”, afirmou. 

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A formanda Carolina Grein Xavier Tchorney, natural de Mafra (SC), nunca vai esquecer o fato de ter feito parte da maior contratação da história. “Eu tenho uma tia que foi a 1ª mulher policial militar da minha cidade e uma prima também que é policial militar, então a minha referência sempre foi nas mulheres da minha família e por conta disso eu sempre quis fazer parte da segurança pública. Além disso, eu sempre percebi os olhares atenciosos das mulheres nas ruas quando elas veem policiais femininas, fazem elas se sentirem representadas”, explicou.

Jozana de Araújo Rios Lima, de 33 anos, do Piauí, também é uma das novas policiais do Estado. “Vim para o Paraná para fazer o concurso. Minha família tem muitos policiais. E como mulher é um orgulho muito grande. Sempre quis essa carreira”, completou. “E um grande diferencial foi o Curso de Formação. No estágio colocamos em prática tudo o que aprendemos e vimos que estamos preparados”.

O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Jefferson-Silva, disse que a entrada das mulheres na PM contempla um momento de novas representações sociais e nova percepção em relação ao uso da força. Elas representam um quinto da turma. “A incorporação da mulher na PMPR representa integração. A formatura marca um momento especial para todos que oficialmente passam a integrar as forças de segurança do Estado. A partir de agora o Paraná contará com mais agentes mulheres, reforçando a segurança nas ruas”, afirmou.   

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FORMATURA EM CURITIBA – Ao todo, 1.452 novos soldados se formaram em Curitiba nesta terça. Entre os novos formandos, 1.050 foram destacados para atuar no 1º e no 6º Comando Regional da Polícia Militar (CRPM), que abrangem a Capital, a Região Metropolitana e o Litoral do Estado. Os outros 402 soldados vão reforçar o trabalho do 4º CRPM, que atende os municípios dos Campos Gerais, Centro, Centro-Sul e Sul do Estado. A previsão é que a partir de segunda-feira (18) os policiais recém-formados já estarão nas ruas.

Eles passaram no concurso público iniciado em 2020 pela Secretaria de Estado da Segurança e foram convocados em 2022 para iniciar a capacitação na Academia Policial Militar do Guatupê, que teve duração de um ano.

Outras três cidades recebem a cerimônia de formatura dos novos policiais nesta semana. Em Londrina, 371 soldados se formam na quarta-feira (13) e vão reforçar o efetivo do 2º CRPM, que atende todo o Norte e o Norte Pioneiro do Estado. Na quinta-feira (14), acontece a formatura de 356 soldados em Maringá. Eles vão incrementar o efetivo do 3º CRPM, que abrange as regiões Noroeste e Centro-Oeste. Por fim, em Cascavel, a cerimônia será na sexta-feira (15), com a formação de 328 soldados para atuar no 5º CRPM, compreendendo o Oeste e o Sudoeste do Paraná.

Fonte: Governo PR

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Imbituvão: projeto da Unicentro ajuda a mapear riquezas e potenciais florestais do Paraná

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Pesquisadores da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) têm instruído pequenos agricultores a fazer manejo florestal sustentável em propriedades rurais na região Centro-Sul do Paraná. O projeto Imbituvão, que funciona há mais de 15 anos, trabalha nas frentes de pesquisa e extensão com o foco em ações na Floresta Ombrófila Mista. Além do plantio de grãos e criação de animais, comuns na região, o projeto permite a expansão das possibilidades de renda dos agricultores com o cultivo de árvores e apicultura.

Com ajuda do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), o projeto mapeou 36 propriedades rurais com potencial de trabalhar o manejo florestal na região da bacia hidrográfica do Rio Imbituvão. Dessas terras, 24 passaram a integrar os experimentos do projeto, totalizando 9,54 hectares distribuídos em 53 parcelas permanentes de Floresta Ombrófila Mista.

A primeira fase do Imbituvão focou no diagnóstico das propriedades selecionadas. “A ideia inicial do projeto era fazer um manejo experimentalmente nos remanescentes de floresta com araucária nas pequenas propriedades, para provar que ele funciona, não desmata, é viável e conserva a floresta”, explica o coordenador do Imbituvão, professor Afonso Figueiredo Filho. “Quando fizemos o inventário, para avaliar o que tínhamos no momento, nos preocupamos de instalar essas parcelas para monitorar a dinâmica da floresta”.

A primeira medição feita pela equipe foi em 2011, com esse processo sendo refeito a cada três anos para acompanhamento. “Para fazer um manejo florestal, você precisa conhecer o estoque de madeira que a floresta tem, saber como ela cresce. Se você vai cortar uma certa quantidade de madeira, vai colher uma certa quantia de árvores, você tem que saber qual é a capacidade que a floresta tem de repor o que você cortou e em quanto tempo ela faz isso”, explica.

As saídas a campo do projeto permitem coletar fragmentos de diversas espécies, que são analisadas no Laboratório de Manejo Florestal e resultam em dezenas de pesquisas científicas de mestrado e doutorado. “A gente aproveita a extensão para fazer pesquisa. Tudo o que a gente faz lá, em geral, gera dados para pesquisa”, afirma.

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Entre as atividades desenvolvidas pela equipe do Imbituvão estão inventários florestais, produção e plantio de mudas, enriquecimento e manejo florestais, educação ambiental nas escolas e investimentos nas associações de apicultores e agricultores.

O projeto está auxiliando na instalação e manutenção de colmeias para a produção de mel em Fernandes Pinheiro. “O projeto deu um apoio muito forte à Associação de Apicultores e Meliponicultores de Fernandes Pinheiro, a Amfepi, assumindo o encaminhamento de projetos para construir uma unidade de beneficiamento de mel. Nós equipamos essa unidade com os acessórios necessários para trabalhar com mel”, conta Afonso.

HISTÓRIA – A ideia do Imbituvão surgiu ainda em 2009, quando o professor recebeu Thorsten Beimgraben, docente da Universidade de Rottenburg, na Alemanha, para uma visita às instalações da Unicentro. Mais tarde, a aproximação das universidades rendeu um acordo para o intercâmbio de estudantes e professores via Programa de Parcerias Universitárias Brasil-Alemanha (Unibral).

A instituição alemã fez os primeiros investimentos no Imbituvão, que depois conquistou recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e hoje conta com financiamento da Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF), através da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti).

Ao longo dos 15 anos, dezenas de professores e cerca de 60 estudantes de graduação e mais 60 profissionais recém-formados já passaram pela equipe.

Um deles foi o engenheiro florestal Alison Margraf, que atuou como bolsista do Imbituvão por quatro anos – dois durante a graduação e outros dois como profissional. Para ele, integrar as ações do projeto agregou aprendizados a mais na sua formação. “As trocas de experiências com os produtores rurais fizeram eu conhecer novas culturas, ampliando a minha visão de mundo. Vivenciar a engenharia florestal na prática ajudou a desenvolver uma melhor compreensão dos conhecimentos teóricos estudados na sala de aula”, pontua.

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Outra ação de destaque do Imbituvão foi a ajuda a agricultores da região na adesão ao projeto Estradas com Araucárias, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com apoio do Governo do Estado. A iniciativa incentivou financeiramente produtores rurais a plantar araucárias na beira de estradas e nos limites de suas propriedades, pagando R$ 1 mil a cada 100 araucárias plantadas por ano. Os recursos são oriundos de empresas que pagam multas como compensação dos gases de efeito estufa que emitem.

AÇÕES E DESAFIOS ATUAIS – Atualmente em sua quinta fase, o Imbituvão tem trabalhado com o controle da uva-do-japão. Segundo Afonso, essa é uma espécie invasora, que atrapalha o crescimento de outras árvores nativas, como as araucárias. “Ela compete com as outras espécies em desigualdade, porque ela avança muito, cresce em qualquer lugar e bastante. A ideia é manejar a uva-do-japão para tentar controlar a expansão, mas gerando alguma coisa para o pequeno proprietário e analisando o efeito disso na evolução da floresta”, descreve.

O agricultor João Taiok, que é representante da Associação dos Agricultores São João Batista do Assungui, conta que a equipe do Imbituvão fez o manejo florestal na região de atuação da entidade, com o plantio de eucaliptos para recuperação de áreas degradadas e o controle da uva-do-japão. “Essas atividades beneficiaram os produtores rurais de várias maneiras. Com a retirada da uva-do-japão, trouxe um proveito econômico para os agricultores da Associação, além de fortalecer a atividade produtiva do eucalipto”, avalia.

A equipe do Imbituvão também tem trabalhado com plantio de mudas de araucárias, erva-mate e outras espécies. Três propriedades têm sido espaço desses últimos experimentos, localizadas nos municípios de Ivaí, São Mateus e Inácio Martins.

Fonte: Governo PR

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