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Policial penal explora importância da disciplina nas penitenciárias em livro

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Uma dissertação de mestrado em Educação produzida pelo policial penal Rodrigo Luiz Tozeti, em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado, virou o livro “A Educação das Pessoas Privadas de Liberdade via Disciplina Prisional”. Com 151 páginas, produzido em parceria com o mestre em Educação e professor Eduardo Nunes Jacondino, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), o livro foca no tema disciplina no sistema penitenciário paranaense, diretamente vinculado ao chamado Conselho Disciplinar.

O autor defende que a pessoa privada de liberdade deve se adequar às regras do estabelecimento penal e manter a disciplina, além de buscar formas de remição. Atendendo as regras, o preso pode, além de estudar e trabalhar dentro da unidade, conquistar oportunidades fora da prisão, quando conseguir a liberdade. É o que acontece muitas vezes quando o preso já atua por alguma empresa dentro das unidades e, quando sai da prisão, segue trabalhando na mesma empresa.

Lançado via e-book neste ano, o livro pode ser baixado gratuitamente. Ele faz um recorte de 2019 e mapeia o número de faltas disciplinares no País. Além disso, a pesquisa mostra que antes mesmo da instituição da Lei de Execuções Penais, em 1984, legislação nacional que traz regras mais claras ao sistema, o Paraná já contemplava questões disciplinares. O Conselho Disciplinar existe em todas unidades penais do Estado e é responsável por analisar ocorrências internas envolvendo os presos e encaminhá-las à decisão judicial.

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“As pessoas que seguem o que reza a Lei de Execuções Penais e o estatuto penitenciário cumprem a pena e conseguem antecipar com a remição, além de conquistar oportunidades de trabalho e de estudo dentro da penitenciária”, afirma Tozeti. “O Paraná foi pioneiro na regulamentação da disciplina e do Conselho Disciplinar no Brasil, conforme o levantamento bibliográfico e histórico que fizemos”.

“Uma obra literária produzida por um policial penal é vista com excelentes olhos pela instituição, ainda mais se tratando de aspectos sobre o sistema penal”, afirma o diretor-ajunto da Polícia Penal do Paraná, Maurício Ferracini. “Uma obra com olhar técnico, clínico, feita por um conhecedor de causa, é uma contribuição literária e ao conhecimento científico do Estado”.

EDUCAÇÃO – Para o professor Eduardo Nunes Jacondino, a ideia de produzir este livro surgiu justamente do trabalho realizado por Rodrigo enquanto policial penal. “Hoje temos alguns frutos surgindo desta aproximação entre a Unioeste e Polícia Penal do Paraná, dentre eles a própria materialização do livro. Esperamos, inclusive, que mais profissionais da área de segurança pública nos procurem no mestrado para que a gente possa dar continuidade às pesquisas relacionadas a esta área importantíssima”, complementa

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O professor revela ainda que existe a expectativa de criação de um mestrado na área de segurança pública em Francisco Beltrão. “Temos trabalhado nesta questão, justamente pela proximidade com as polícias Civil, Militar e Penal. Pretendemos, em breve, dar este passo significativo para a Unioeste e para a segurança pública da região”, explica.

A coordenadora do programa de mestrado de Educação da Unioeste de Francisco Beltrão, Janaína Damasco Umbelino, diz que o livro não só valoriza a formação do autor mas também demonstra a importância do programa na comunidade. “O objetivo do programa de mestrado é justamente discutir questões da nossa região. Essa iniciativa de escrever o livro e disponibilizá-lo de forma gratuita de maneira digital, sendo um trabalho muito bem avaliado, que passou por uma banca rigorosa, é motivo de muito orgulho para nós”, destaca.

A expectativa é angariar recursos para publicar mais exemplares físicos e distribuir às outras regionais da Polícia Penal do Paraná e também em bibliotecas públicas.

Fonte: Governo PR

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Mais de um terço dos finalistas da 1ª Olimpíada Brasileira de Inteligência Artificial são do Paraná

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Resultado Dos 85 estudantes de todo o Brasil classificados para a etapa final da 1ª Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial (ONIA), 29 são do Paraná, o equivalente a 34% dos finalistas. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (17) pela comissão organizadora da ONIA e aponta a liderança folgada do Estado em relação às demais unidades da federação.

Depois do Paraná, quem aparece na vice-liderança em número de classificados é São Paulo, com 17 alunos, ou 20% do total. Ceará, com 13 estudantes (15%) e Piauí, com 11 (13%) completam a lista dos melhores estados na competição de IA. Entre os concorrentes, estão alunos regularmente dos 8º e 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio.

Com participação voluntária e gratuita, a ONIA visa promover o conhecimento e a inovação em inteligência artificial, incentivando estudantes de todo o Brasil a explorar e desenvolver suas habilidades nesta área. A competição aconteceu ao longo de várias etapas, com provas online e práticas para definir os 4 vencedores brasileiros ainda em abril, que seguirão para a competição internacional.

Nas etapas anteriores, o Paraná já tinha se destacado também pelo alto número de alunos selecionados. Dos 60.317 participantes de todo o país que passaram da 1ª fase, focada no letramento digital, mais de metade era do Estado, totalizando 30.911. Na fase seguinte, de aprofundamento técnico, 1.378 estudantes dos 3.332 estudantes eram paranaenses.

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Após um ciclo preparatório, os estudantes precisaram realizar tarefas práticas utilizando programação, considerada a 3ª fase. Nela, eles precisaram lidar com um conjunto de dados técnicos e aprender a utilizar metodologia apropriada para obter os resultados esperados com o uso da IA.

“A presença de 34% de paranaenses na etapa final da Olimpíada Nacional de IA já representa um resultado muito positivo para o Paraná, demonstrando que os nossos alunos têm um ensino de excelência nessa área. Isso nos deixa animados para que o Estado tenha representantes na Olimpíada Internacional, que acontecerá em Pequim, na China”, afirmou o secretário estadual da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani.

INCENTIVO ESTADUAL – Como forma de premiar e estimular a participação na competição, o Governo do Estado, por meio das secretarias da Inovação e Inteligência Artificial (Seia) e da Educação (Seed), garantiu a entrega de notebooks e tablets para os 50 alunos que obtiveram as melhores notas na prova da 3ª fase da ONIA.Ao todo, foram 70 prêmios, que somam R$ 380 mil em investimentos estaduais.

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“O Paraná tem a melhor educação pública do Brasil e é protagonista também no uso de tecnologias aliadas à educação, como mostra esse resultado expressivo dos estudantes paranaenses na Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial. Nossos parabéns a todos os estudantes que participaram da competição, aos professores, agentes educacionais e funcionários das escolas estaduais, que trabalham diariamente pela educação do Paraná”, declarou o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.

ETAPA INTERNACIONAL – Entre a terceira e a última fase da Olimpíada, os estudantes passaram por um treinamento específico para a fase final, focada na preparação para a Olimpíada Internacional de IA (IOAI). Neste período, os participantes tiveram aulas com especialistas de ensino em IA e ciências da computação.

Ao final, os 4 melhores participantes serão premiados com medalhas de ouro e, além de participaram de uma cerimônia de premiação, seguirão em treinamento para participar da IOAI 2025, que aconteceráentre os dias 2 e 9 de agosto em Pequim, na China.

Confira a lista dos 85 estudantes classificados para a etapa final da ONIA por estado:

Paraná: 29

São Paulo: 17

Ceará: 13

Piauí: 11

Tocantins: 3

Rio de Janeiro: 3

Rio Grande do Sul: 3

Pernambuco: 2

Minas Gerais: 1

Distrito Federal: 1

Mato Grosso do Sul: 1

Pará: 1

Fonte: Governo PR

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