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Desenvolvimento do Paraná passa por dinamismo, sinergia e planejamento, afirma Guto Silva

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A importância de uma governança dinâmica que envolva o Poder Público e a iniciativa privada foi o tema da apresentação do secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, no evento “Paraná em perspectiva – Desafios e oportunidades”, promovido nesta terça-feira (22) pela Gazeta do Povo, em Curitiba. Ele também falou sobre o Plano Plurianual 2024-2027, em andamento no Estado, e a necessidade de ouvir demandas regionais para ter investimentos mais concretos.

Silva apresentou um panorama das mudanças sociais e econômicas do Paraná na última década e os desafios revelados pelo Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostrou uma dinâmica demográfica de migrações que exige um enfrentamento mais assertivo pelo Estado.

No Paraná, as regiões metropolitanas, por exemplo, cresceram acima da média nacional. O Paraná também foi o estado que registrou o maior crescimento populacional em termos proporcionais entre os estados brasileiros desde o primeiro Censo Nacional, em 1872.

Outro aspecto, segundo ele, é um crescimento populacional das cidades médias e grandes e encolhimento dos municípios menores, o que exige uma reorientação orçamentária para que sejam evitadas distorções.

“Os territórios em desenvolvimento no mundo são aqueles com uma governança muito clara, isto é, essa sinergia entre Estado, iniciativa privada e a imprensa como contrapeso importante na democracia. Isso cria um ambiente que facilita esse diálogo produtivo”, disse. “Para atingir esse objetivo, criamos governanças que estão levantando demandas regionais e estamos trazendo-as para dentro do PPA, para que o Estado consiga desenvolver as regiões com menores níveis de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”.

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TRÊS PILARES – No painel, que teve ainda a participação do secretário de Indústria e Comércio, Ricardo Barros e do diretor da Comissão de Infraestrutura da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Eugênio Gizzi, Silva apontou a necessidade de um direcionamento mais assertivo de recursos para três pilares fundamentais.

Entre as muitas vocações do Paraná, ele citou a aposta baseada no agro sustentável, ancorado pela indústria diversificada e energia renovável, uma vantagem competitiva do Estado. Esses pontos estão na raiz do novo ciclo de desenvolvimento do Paraná, que hoje tem a quarta maior economia do Brasil.

“Esses últimos 20 anos de safra cheia que o Paraná vivenciou trouxe enriquecimento, principalmente no Oeste do Estado, com um agro robusto nas franjas do Paraná. Isso gerou cidades ricas, que fizeram com que o Paraná tenha uma poupança, um colchão de liquidez armazenado nos muitos silos do Interior, que deve ser aproveitado para promover um novo ciclo, com foco em sustentabilidade, energia renováveis e no desenvolvimento de indústrias de base, para que tenhamos longevidade no desenvolvimento”, disse Silva.

Ele também abordou outros temas, como a importância da indústria de alimentos e o “Paraná como supermercado do mundo”, e os diferenciais do Estado na atração de investimentos estrangeiros, como a capacidade para realizar a transição energética, como um dos estados com maior capacidade de geração de energia solar e a partir do biogás, além da expertise em desenvolvimento para a utilização de hidrogênio verde.

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PLANEJAMENTO – Além disso, Silva ressaltou a importância do foco em educação e na retenção de talentos no Estado, para que todo o investimento feito durante a carreira escolar dos paranaenses permaneça no Paraná e resulte em ganhos de desenvolvimento. “Somos bons em plantar milho e soja, mas temos que plantar mais cérebros, mais conhecimento, além dessa educação de ponta que nós temos e que temos que manter. Por isso nossa aposta na ciência, na tecnologia e na inovação”, complementou.

Segundo o secretário de Planejamento, o Paraná tem conseguido alcançar projeção nacional porque reestruturou o seu planejamento. “Nós encontramos um método, um modelo de desenvolvimento, com uma lógica de governar junto com as entidades, com os paranaenses, acreditando que o caminho do Paraná está trilhado, trabalhando com um planejamento para ter um futuro, pois quem planeja tem futuro, e quem não planeja tem destino incerto”, afirmou.

De acordo com ele, esse é o motivo do sucesso por trás do pacote de obras de infraestrutura tocado com recursos estaduais, como a revitalização da PRC-280, as duplicações da PR-445 e PR-323, e a Ponte de Guaratuba, além dos macroprojetos, como a nova concessão rodoviária e a Nova Ferroeste.

Fonte: Governo PR

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Comércio global: Paraná vendeu US$ 14,2 bilhões em alimentos e bebidas para 176 países em 2024

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O Paraná exportou US$ 14,2 bilhões em alimentos e bebidas para 176 países diferentes de janeiro a dezembro de 2024 , de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços organizados e analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O número de países interessados nos produtos paranaenses e a variedade comercializada reforçam a vocação do Estado de ser um dos principais e mais completos fornecedores de alimentos do planeta.

Ao longo do período, a China foi o principal importador de alimentos e bebidas do Paraná, com US$ 5,4 bilhões de produtos deste segmento comercializados, representando 37,9% da pauta de vendas para o Exterior. Na sequência estão o Irã (US$ 473 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 471 milhões), Coreia do Sul (US$ 441 milhões), Holanda (US$ 385 milhões), Indonésia (US$ 376 milhões), Japão (US$ 353 milhões), Índia (US$ 330 milhões), México (US$ 306 milhões) e Arábia Saudita (US$ 288 milhões). 

O Paraná também exportou muitos produtos para a União Europeia ao longo do ano passado, com França (US$ 208,4 milhões), Alemanha (US$ 208 milhões), Turquia (US$ 200 milhões), Reino Unido (US$ 142 milhões), Espanha (US$ 127 milhões) e Eslovênia (US$ 101 milhões) liderando o comércio. Para os Estados Unidos foram vendidos US$ 117 milhões. Países sul-americanos também estão bem representados na pauta do comércio exterior: Chile (US$ 152 milhões), Uruguai (US$ 95 milhões) e Peru (US$ 71 milhões). 

Ao longo dos últimos seis anos, a estratégia do governador Carlos Massa Ratinho Junior de consolidar o Paraná como um grande fornecedor de alimentos para todas as regiões do mundo tem surtido efeito. Em valores totais, as exportações de alimentos e bebidas do Paraná cresceram muito em relação a 2019. Naquele ano, 22 países importavam US$ 50 milhões ou mais em alimentos do Paraná. No mesmo período de 2024, 40 países superaram a marca de US$ 69 milhões.

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O principal produto alimentício exportado pelo Paraná entre janeiro e dezembro foi a soja, com US$ 5,3 bilhões, seguida pela carne de frango in natura (US$ 3,8 bilhões), farelo de soja (US$ 1,4 bilhão), açúcar bruto (US$ 1,2 bilhão), cereais (US$ 551 milhões), carne suína (US$ 404 milhões), óleo de soja bruto (US$ 358 milhões), café solúvel (US$ 326 milhões) e carne de frango industrializada (US$ 146 milhões).

PRODUÇÃO EM ALTA – Os dados de exportação e comércio internacional são reflexo do aumento da produção das principais cadeias do Estado. A produção de ovos para consumo, por exemplo, era de 191,866 milhões de dúzias em 2023 (ou 2,302 bilhões de unidades) e aumentou para 202,874 milhões de dúzias produzidas (ou 2,434 bilhões de unidades) em 2024.

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O Paraná também liderou o crescimento nacional da produção de frangos e suínos no ano passado, de acordo com as Estatísticas da Produção Pecuária de 2024, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado produziu 53,3 milhões de frangos e 281,4 mil cabeças de suínos a mais em 2024 em relação a 2023, além de acumular altas também na produção bovina, de ovos e de leite. 

Na avicultura, o Estado se mantém como líder absoluto, sendo responsável por 34,2% da produção de frango no País. O setor teve um crescimento de 2,47% no abate em relação ao ano anterior, somando mais de 2,2 bilhões de aves produzidas no ano passado no Paraná, superando o recorde de 2023, quando esse número chegou 2,15 bilhões de unidades.

Já na suinocultura, o Paraná diminuiu a diferença com Santa Catarina e se manteve com a segunda maior produção. Enquanto o Paraná teve um aumento de 2,32% em relação ao ano anterior, totalizando 12,4 milhões de porcos abatidos em 2024, o estado vizinho teve queda de 0,08% nos abates, com 16,6 milhões de cabeças de suínos abatidas.

O Paraná também é o maior produtor de feijão e recentemente tem se caracterizado também como um exportador importante. Em 1997, a exportação paranaense somou apenas 277 toneladas. Em 2024, a as exportações somaram 71 mil toneladas, superando em mais de cinco vezes o número registrado em 2023.

Fonte: Governo PR

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