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Alunos superdotados contam com ampla rede de acolhimento na rede estadual do Paraná

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Júlia Batista de Souza tem 13 anos e, apesar de ainda bem jovem, já passou por uma experiência que muitos talvez jamais tenham a oportunidade de vivenciar: ela foi um dos destaques entre os participantes de altas habilidades no quadro “Pequenos Gênios”, do programa Domingão com Huck, da TV Globo. Ela é paranaense, estuda no Colégio da Polícia Militar de Londrina, no Norte do Estado, e frequenta a sala de recursos para altas habilidades/superdotação (AH/SD) do município, onde o talento da jovem sempre mostrou-se evidente.

Apaixonada pela disciplina de Ciências, Júlia faz parte do grupo de cerca de 6.500 alunos da rede estadual de ensino com o mesmo perfil. Em 2019 eram 1.440 alunos com altas habilidades cognitivas em áreas distintas. Neste 10 de agosto é comemorado o Dia Internacional da Superdotação e, em referência à data, a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) celebra os avanços no suporte aos alunos que se enquadram nesta condição e o crescimento significativo de estudantes na rede estadual que, hoje, frequentam as salas de recursos multifuncionais. 

Júlia participa das atividades especiais da Seed-PR no contraturno escolar. Como toda adolescente com altas habilidades, a jovem se cobra muito, por isso, além das aulas, ela conta também com acompanhamento terapêutico. Ela gosta das aulas do contraturno. Além de contribuir para o desenvolvimento da aluna, a frequência foi determinante para sua participação no programa global, onde mostrou sua capacidade de soletrar palavras.

“A Júlia sempre foi acima da média, mas foi em 2022, com a ajuda da escola e da professora Fabiana Mori, identificamos seu potencial. Ela adora a sala de recursos e gosta de fazer testes de lógica, de criatividade e de raciocínio”, afirma Silvana Batista da silva, mãe da estudante. 

Hoje, a Seed-PR atende mais de 3,5 mil alunos com superdotação em cerca de 278 salas de recursos multifuncionais espalhadas pelo Paraná. Além destes, mais 644 recebem apoio das equipes de atendimento educacional especializado (AEE) nas Escolas de Tempo Integral, com atendimento voltado às necessidades educacionais especiais, e também nas 20 escolas de referência para altas habilidades/superdotação. Os demais estão em estágios ou ensino profissionalizante.

A Secretaria da Educação oferta aos estudantes superdotados Salas de Recursos Multifuncionais para Altas Habilidades/Superdotação (SRMAH/SD); Escolas de Referência; Atendimento Educacional Especializado para Altas Habilidades/Superdotação (AEE-I para AH/SD); Turmas Paraná +; e aceleração de estudos para conclusão em menor tempo da série ou etapa escolar e enriquecimento curricular, que deve ser promovido na sala de aula comum pelos professores das disciplinas, conforme a Matriz Curricular de cada ano/etapa escolar.

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“Nosso objetivo é orientar e instrumentalizar os professores do atendimento educacional integral para que estejam aptos a atender esses estudantes, produzindo aulas e atividades muito dinâmicas”, destaca o secretário da Educação, Roni Miranda.

“Diferente do que muitos pensam, atender as necessidades educacionais do estudante superdotado não é uma ação pedagógica extraordinária, mas legítima, pautada no direito constitucional do acesso à educação deste público”, acrescenta Denise Matos, coordenadora do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S) e técnica pedagógica do Departamento de Educação Inclusiva da Secretaria de Estado da Educação.

ATENDIMENTO ESPECIALIZADO – O processo de identificação dos estudantes com superdotação passou por uma mudança em 2022, com cursos intensivos de formação de professores de toda a rede com foco na atuação em escolas de referência. Além dos professores, também participaram especialistas das salas de recursos multifuncionais para AH/SD, especialistas das escolas em tempo integral e técnicos em educação especial dos Núcleos Regionais de Educação (NREs).

O curso foi organizado e ministrado pela equipe do NAAH/S e o Departamento de Educação Inclusiva da Seed-PR (DEIN), com critérios definidos para que os participantes tivessem condição de identificar os alunos com altas habilidades.

Uma das participantes foi Kátia Monteiro, que é pedagoga da rede estadual e municipal de Educação de Curitiba, e possui especializações nas áreas de educação especial, psicopedagogia clínica e institucional, serviço de atendimento educacional especializado para estudantes com Altas Habilidades/superdotação e mestrado em Educação. “Trabalhar com alunos com altas habilidades/superdotação é um estímulo para que qualquer pedagogo fique antenado em absolutamente tudo”, afirma.

Kátia é, hoje, responsável pelo atendimento de 27 alunos numa das salas de recursos do Estado. “Eles são atendidos em grupos de três, dois, ou individualmente, dependendo da necessidade, por um mínimo de duas aulas por semana. Nesse período, mergulham intensamente em seus tópicos de interesse, realizando atividades com foco individual naquilo que mais lhes interessa”, explica.

O intuito das atividades, como explica a professora, é propiciar aos alunos melhor vinculação com a aprendizagem e com os colegas, além de fomentar o desenvolvimento de seu potencial criativo e dar oportunidade às atividades desafiadoras. “Essas atividades são desenvolvidas a partir de estudos de grandes especialistas internacionais na área das Altas Habilidades, com foco nas áreas de exatas, tecnologias e outras linguagens e ciências naturais e humanas aplicadas”, ressalta. 

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ALUNAS DESTAQUES – Outra aluna de destaque é Maria Fernanda Mouta, de 13 anos. De personalidade questionadora, a jovem aprendeu a ler e escrever mais cedo que a média dos outros alunos. Talento que, para os pais, seria natural. Foi em 2022, no Colégio Estadual Papa João Paulo I, em Curitiba, que a performance em sala chamou a atenção e logo a aluna seria reconhecida como pessoa com altas habilidades.

“Ela tinha certa dificuldade de fazer amizades com pessoas da idade dela, porque sempre a achavam ‘metida’. Com o tempo, a característica passou a ser vista como qualidade e depois de participar do grupo de altas habilidades fazer colegas ficou ainda mais fácil para ela”, conta a mãe, Denimar da Silva Mouta. “Digo sempre para as mães que me relatam atitudes parecidas com a da Maria para procurarem um lugar onde tenham esse cuidado, pois as crianças precisam que as escolas invistam nelas e as amparem”.

Aluna do Colégio Estadual Santa Cândida, em Curitiba, Roxanne Cristina Alves é dedicada aos estudos e interessada em política. A jovem participa do grupo de altas habilidades da escola, integrando a classe avançada em linguagem. “É um privilégio fazer parte do grupo e gostaria que outros jovens e crianças que possuem esse talento fossem reconhecidos e incentivados”, sugere.

Ela representou o Paraná no programa Jovem Senador, promovido anualmente pelo Senado Federal, em parceria com o Ministério da Educação. Roxanne conquistou o primeiro lugar entre as mais de 400 redações de alunos da rede estadual de ensino. O prêmio a habilita a passar quatro dias em Brasília, para vivenciar o processo de discussão e elaboração das leis do país, conforme a atuação dos senadores da República.

DIA INTERNACIONAL – Instituída pelo Conselho Mundial das Crianças Superdotadas e Talentosas, em 2011, na República Tcheca, a data tem a finalidade de apoiar e dar visibilidade às ações voltadas para estudantes superdotados em todo o mundo. A cor escolhida para representar o grupo foi o laranja, que simboliza inteligência e criatividade.

Fonte: Governo PR

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Comércio global: Paraná vendeu US$ 14,2 bilhões em alimentos e bebidas para 176 países em 2024

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O Paraná exportou US$ 14,2 bilhões em alimentos e bebidas para 176 países diferentes de janeiro a dezembro de 2024 , de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços organizados e analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O número de países interessados nos produtos paranaenses e a variedade comercializada reforçam a vocação do Estado de ser um dos principais e mais completos fornecedores de alimentos do planeta.

Ao longo do período, a China foi o principal importador de alimentos e bebidas do Paraná, com US$ 5,4 bilhões de produtos deste segmento comercializados, representando 37,9% da pauta de vendas para o Exterior. Na sequência estão o Irã (US$ 473 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 471 milhões), Coreia do Sul (US$ 441 milhões), Holanda (US$ 385 milhões), Indonésia (US$ 376 milhões), Japão (US$ 353 milhões), Índia (US$ 330 milhões), México (US$ 306 milhões) e Arábia Saudita (US$ 288 milhões). 

O Paraná também exportou muitos produtos para a União Europeia ao longo do ano passado, com França (US$ 208,4 milhões), Alemanha (US$ 208 milhões), Turquia (US$ 200 milhões), Reino Unido (US$ 142 milhões), Espanha (US$ 127 milhões) e Eslovênia (US$ 101 milhões) liderando o comércio. Para os Estados Unidos foram vendidos US$ 117 milhões. Países sul-americanos também estão bem representados na pauta do comércio exterior: Chile (US$ 152 milhões), Uruguai (US$ 95 milhões) e Peru (US$ 71 milhões). 

Ao longo dos últimos seis anos, a estratégia do governador Carlos Massa Ratinho Junior de consolidar o Paraná como um grande fornecedor de alimentos para todas as regiões do mundo tem surtido efeito. Em valores totais, as exportações de alimentos e bebidas do Paraná cresceram muito em relação a 2019. Naquele ano, 22 países importavam US$ 50 milhões ou mais em alimentos do Paraná. No mesmo período de 2024, 40 países superaram a marca de US$ 69 milhões.

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O principal produto alimentício exportado pelo Paraná entre janeiro e dezembro foi a soja, com US$ 5,3 bilhões, seguida pela carne de frango in natura (US$ 3,8 bilhões), farelo de soja (US$ 1,4 bilhão), açúcar bruto (US$ 1,2 bilhão), cereais (US$ 551 milhões), carne suína (US$ 404 milhões), óleo de soja bruto (US$ 358 milhões), café solúvel (US$ 326 milhões) e carne de frango industrializada (US$ 146 milhões).

PRODUÇÃO EM ALTA – Os dados de exportação e comércio internacional são reflexo do aumento da produção das principais cadeias do Estado. A produção de ovos para consumo, por exemplo, era de 191,866 milhões de dúzias em 2023 (ou 2,302 bilhões de unidades) e aumentou para 202,874 milhões de dúzias produzidas (ou 2,434 bilhões de unidades) em 2024.

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O Paraná também liderou o crescimento nacional da produção de frangos e suínos no ano passado, de acordo com as Estatísticas da Produção Pecuária de 2024, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado produziu 53,3 milhões de frangos e 281,4 mil cabeças de suínos a mais em 2024 em relação a 2023, além de acumular altas também na produção bovina, de ovos e de leite. 

Na avicultura, o Estado se mantém como líder absoluto, sendo responsável por 34,2% da produção de frango no País. O setor teve um crescimento de 2,47% no abate em relação ao ano anterior, somando mais de 2,2 bilhões de aves produzidas no ano passado no Paraná, superando o recorde de 2023, quando esse número chegou 2,15 bilhões de unidades.

Já na suinocultura, o Paraná diminuiu a diferença com Santa Catarina e se manteve com a segunda maior produção. Enquanto o Paraná teve um aumento de 2,32% em relação ao ano anterior, totalizando 12,4 milhões de porcos abatidos em 2024, o estado vizinho teve queda de 0,08% nos abates, com 16,6 milhões de cabeças de suínos abatidas.

O Paraná também é o maior produtor de feijão e recentemente tem se caracterizado também como um exportador importante. Em 1997, a exportação paranaense somou apenas 277 toneladas. Em 2024, a as exportações somaram 71 mil toneladas, superando em mais de cinco vezes o número registrado em 2023.

Fonte: Governo PR

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