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Paraná estuda parceria com a organização Gerando Falcões para acelerar desenvolvimento social

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior recebeu nesta terça-feira (11) a visita de membros do ecossistema de desenvolvimento social Gerando Falcões. O grupo esteve no Palácio Iguaçu, em Curitiba, para apresentar detalhes sobre o trabalho que promove, focado no desenvolvimento econômico e social da população residente nas favelas brasileiras, e buscar parcerias com o Estado para implantação de seus projetos no Paraná.

Fundada em 2013 em Poá, no estado São Paulo, a organização atua em formato de rede para acelerar o poder de impacto de líderes em favelas do Brasil. O foco dela é em iniciativas transformadoras, capazes de gerar resultados de longo prazo, como serviços de educação, desenvolvimento econômico e cidadania em favelas, com programas de transformação sistêmica.

Na conversa com o presidente do grupo, Eduardo Lyra, o governador falou sobre as iniciativas do Governo do Estado focadas no atendimento a pessoas residentes em assentamentos precários. “O programa estadual Vida Nova, que é focado no desfavelamento, com investimentos em urbanização e regularização fundiário, é muito parecido com aquilo que o Gerando Falcões já desenvolve em outros estados”, afirmou.

Para Ratinho Junior, a sinergia entre o poder público e entidades do terceiro setor garantem mais agilidade às iniciativas, principalmente aquelas com foco no desenvolvimento social. “O poder público tem facilidade em executar a parte física, com obras de urbanização, infraestrutura e a construção de casas, mas muitas vezes as entidades têm mais rapidez para fazer a parte social, de treinamento e qualificação dessa comunidade”, acrescentou o governador.

Segundo Lyra, que também foi o idealizador do Gerando Falcões, a ONG está presente em milhares de favelas brasileiras para ajudar as comunidades a combaterem a pobreza. O grupo já possui parcerias com os governos de São Paulo e do Rio Grande do Sul, e a proposta é formalizar um termo de cooperação com o Governo do Paraná para ampliar o alcance das ações nas comunidades existentes no Estado, começando por duas comunidades de Curitiba: a Portelinha, no Santa Quitéria, e a Santos Andrade, no Campo Comprido.

“Nossa missão é transformar a pobreza em uma peça de museu e, para isso, criamos o projeto Favela 3D, que significa Digital, Digna e Desenvolvida. Por isso, viemos apresentar ao governador Ratinho Junior como uma solução para o enfrentamento à pobreza nas favelas, demonstrando os resultados que temos obtido, como a redução do analfabetismo e das taxas de desemprego, além do fim das filas em creches”, disse o presidente da ONG.

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“A pobreza é um problema muito complexo e profundo e que nenhuma ONG, empresa ou governo conseguem resolver sozinhos, então acreditamos muito nessa união de esforços trazendo essa experiência colaborativa para o Paraná”, acrescentou Lyra.

VIDA NOVA – Iniciado em 2019, o programa visa melhorar a qualidade de vida da população socialmente vulnerável do Paraná utilizando a moradia como um vetor de desenvolvimento social, familiar e comunitário. O programa é coordenado pela Cohapar, vinculada à Secretaria das Cidades, e conta também com a participação de diversos outros órgãos e secretarias estaduais.

O projeto-piloto está em andamento em Jandaia do Sul, no Vale do Ivaí, onde 75 famílias serão realocadas de um assentamento precário para novas moradias, acabando com os casos de pessoas residentes em áreas impróprias no município. Após a realocação, a área onde elas residem passará por um processo de recuperação ambiental, enquanto as famílias receberão o acompanhamento social após a mudança, com ações educacionais, de saúde, empregabilidade, geração de renda, organização e fortalecimento comunitário e conscientização ambiental.

A meta da primeira etapa do programa é atender 5.600 famílias de 140 assentamentos precários em 73 municípios, cujo maior volume de obras deverá ser iniciado no primeiro semestre de 2024. O programa receberá um investimento de US$ 187,5 milhões, sendo US$ 150 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e os outros US$ 37,5 milhões do Tesouro estadual.

Dados do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (PEHIS) elaborados pela Cohapar em parceria com os municípios apontam que o Paraná possui cerca de 114 mil famílias residentes em assentamentos precários. As moradias estão espalhadas em 1.167 assentamentos (favelas) nos 399 municípios paranaenses. A prioridade da primeira etapa do Estado são os pequenos municípios, onde o reassentamento represente o fim das favelas em nível local.

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De acordo com o presidente da Cohapar, Jorge Lange, a empresa está na reta final de tratativas com o BID para a liberação dos recursos necessários para a ampliação do programa. “Os projetos têm muito a ver com o trabalho desenvolvido pela Gerando Falcões no Brasil inteiro, de trabalhar a situação das pessoas que moram em situação de vulnerabilidade social de uma forma mais profunda, visando a mudança permanente na condição de vida delas”, disse.

“Não se trata apenas da melhoras das moradias, mas de transformar a vida das famílias através da educação, saúde, emprego e renda, garantindo a cidadania plena das pessoas”, afirmou Lange.

GERANDO FALCÕES – Atualmente, o grupo atua a partir de um ecossistema formado por cerca de seis mil favelas espalhadas por todo o Brasil, atuando em estratégia de rede, com a formação de lideranças sociais e outros projetos sociais através de parceiros. Entre as ações, estão iniciativas voltadas à oferta de moradias dignas, saneamento e urbanismo, geração de renda, acesso à saúde, cultura, esporte e lazer, autonomia da mulher, direito à educação, cidadania e cultura e ações focadas na primeira infância.

Em abril, a ONG firmou parcerias com os Governos dos Estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul para o estabelecimento de um projeto-piloto no estado para a revitalização da infraestrutura de uma favela, com ações de saúde, educação, geração de renda e assistência social.

PRESENÇAS – Participaram da reunião os secretários estaduais das Cidades, Eduardo Pimentel; do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni; o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; e o assessor da Governadoria, Mauro Rockembach. Também estiveram presentes a presidente da ONG Caminhos do Renascer, Rosenilda de Paula; o líder comunitário da comunidade da Portelinha, Arildo Taborda; e os membros e parceiros da Gerando Falcões Nina Rentel, Camila Casagrande e Patrícia Valdiveso.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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