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Quer virar fazendeiro? Criar gado pode ser um bom negócio, mas não é fácil, nem barato. Veja aqui como iniciar seu negócio

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Sempre que alguém ganha algum dinheiro, tipo na loteria ou um herança, a primeira ideia é virar fazendeiro. E “virar fazendeiro” significa criar gado. Parece uma atividade fácil, afinal é só soltar os bichos no pasto que eles se alimentam sozinhos, engordam e procriam. Aí é só abater ou vender para o frigorífico mais próximo.

Mas, não é bem assim… aliás, não é nada assim.
A pecuária não dá retorno quando o lucro não cobra as despesas para manter tudo funcionando, desde os investimentos mais básicos como contas de luz até o pagamento de funcionários e também de parcelas de empréstimos e crédito rural (se houver).

É comum no começo, o negócio começar com uma margem negativa. O objetivo, com a produção funcionando e, principalmente, após as primeiras vendas, é a conta ficar positiva.

Pra início de conversa, veja o que recomendam pecuaristas experimentados: Nunca, jamais deixe seus animais sem alimento. Não tem pasto? Sirva silagem ou ração no cocho; Água limpa em quantidade adequada, suficiente para o número de animais, deve ser oferecida e trocada sempre; Monitorar doenças e preservar bem o pasto; ofereça sal mineral nas água e sal proteinado na seca; e aplique vacinas, de acordo com o calendário das autoridades.

Lembre-se de que a criação de gado é um negócio que requer dedicação, conhecimento e trabalho árduo. É importante buscar orientação especializada e estar atualizado sobre as melhores práticas da indústria.

Em linha gerais, para obter virar um criador de gado, siga essas 10 dicas matadoras do Pense Agro:

  1. Planejamento e pesquisa: Antes de iniciar um negócio de criação de gado, é importante realizar um planejamento cuidadoso e pesquisar sobre o setor. Isso inclui entender as demandas do mercado, os custos envolvidos, as melhores práticas de criação e as tendências atuais.
  2. Escolha de raças adequadas: Selecione raças de gado que sejam adequadas para a sua região e que tenham um bom desempenho em termos de taxa de crescimento, conversão alimentar e resistência a doenças. Raças produtivas podem resultar em maior lucratividade.
  3. Manejo adequado e cuidados com a saúde: Garanta um manejo adequado do gado, fornecendo alimentação balanceada, água limpa, abrigo adequado e cuidados veterinários regulares. Prevenir doenças e garantir a saúde do rebanho é fundamental para evitar perdas e maximizar o lucro.
  4. Gerenciamento eficiente dos recursos: Otimize o uso dos recursos disponíveis, como terra, pastagem e água. Implemente práticas de manejo sustentáveis, como a rotação de pastagens, para maximizar a produtividade do seu rebanho.
  5. Controle de custos: Acompanhe de perto os custos envolvidos na criação de gado, incluindo alimentação, cuidados veterinários, infraestrutura e mão de obra. Identifique oportunidades de redução de despesas sem comprometer a qualidade dos cuidados prestados aos animais.
  6. Estratégias de comercialização: Desenvolva estratégias eficazes de comercialização, como parcerias com frigoríficos, venda direta para consumidores ou participação em feiras e leilões. Conhecer os canais de venda e entender as demandas do mercado pode ajudar a maximizar os lucros.
  7. Quite ou renegocie suas dívidas – Se aquela parcela em aberto só aumenta, evite ao máximo deixá-la acumular. Os juros costumam ser altos quando empréstimos não são pagos, causando grandes rombos no fluxo de caixa. Antes de mais nada, contabilize tudo o que você tem e o que será necessário para manter o negócio produzindo. A partir daí, analise o que é urgente e que não pode ficar para depois. E não deixe de contatar as empresas nas quais têm empréstimo para tentar renegociar as parcelas.
  8. Produza o sal e a ração que vai utilizar e, fique de olho nas ofertas de insumos para a ração e nutrição. Negocie com os fornecedores e acompanhe sempre as projeções do mercado para não só economizar, mas saber os fatores que estão impactando os preços como embargos, suspeitas de doenças, suspensões de importações, entre outros.
  9. Melhore sempre sua produção – Estude sempre! Por mais que a pecuária seja uma das profissões mais antigas e tradicionais do mundo, a tecnologia está invadindo o campo para melhorar nosso progresso. Além de maquinários, temos diversos aplicativos que monitoram não apenas o clima, mas o peso, vacinas, medicamentos, reprodução e até a localização do gado. Brincos de identificação e monitoramento são muito bem-vindos na pecuária facilitando o acompanhamento do desempenho do animal individualmente e do rebanho como um todo. Ainda temos aditivos que, por meio de pesquisas, reduzem doenças e aumentam o peso do gado.
  10. Tenha sempre os pés no chão – Um dos segredos de como saber prosperar na pecuária é saber aplicar o dinheiro com muito cuidado. Toda vez que for comprar algo com preço que irá impactar seu orçamento, faça as seguintes perguntas:
    É o momento de comprar esse equipamento, expandir as terras ou um novo animal?
    Em quanto tempo terei o retorno financeiro pela compra?
    Eu realmente preciso de algo nesse porte? Irá mudar a realidade da minha propriedade?
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Fonte: Pensar Agro

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União Europeia publica adiamento da lei antidesmatamento

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O Parlamento Europeu e o Conselho Europeu oficializaram nesta segunda-feira (23.12) a decisão que adia por um ano a aplicação das regras da lei antidesmatamento (EUDR, na sigla em inglês), garantindo um respiro aos produtores brasileiros e às entidades do agronegócio, que vinham travando uma batalha contra os prazos originalmente estabelecidos.

A medida, publicada no Diário Oficial da União Europeia, entra em vigor em três dias, postergando para 30 de dezembro de 2025 a obrigatoriedade de adequação para grandes operadores e comerciantes, enquanto micros e pequenas empresas terão prazo até 30 de dezembro de 2026.

A luta pelo adiamento contou com forte mobilização de organizações do setor agropecuário (VEJA AQUI), que apontaram inconsistências e prejuízos significativos aos exportadores de commodities, especialmente do Brasil. Apesar de a medida aliviar o setor, a aplicação da lei ainda impõe desafios.

A partir de 2025, será exigido que importadores de seis commodities agropecuárias (como soja, carne bovina, óleo de palma, madeira, cacau e café) comprovem que os produtos não se originam de áreas desmatadas após 2021, independentemente da legalidade dentro dos países de origem.

Leia Também:  Uso de bem público para fins particulares induz condenação por improbidade administrativa e ressarcimento

Para o setor de madeira, um cronograma diferenciado foi mantido: os produtores terão até 31 de dezembro de 2028 para se adequar às exigências, desde que os produtos tenham sido fabricados antes de 29 de junho de 2023. Além disso, a União Europeia definiu que a lista discriminando os países em categorias de baixo e alto risco deverá ser publicada até 30 de junho de 2025.

O adiamento é visto como uma vitória parcial, mas a lei continua sendo motivo de preocupação para o agronegócio brasileiro por ignorar a legislação local. A decisão oferece uma folga estratégica para que o Brasil ajuste seus processos e intensifique o diálogo com a União Europeia, mas também sinaliza a necessidade de maior articulação política e técnica para evitar impactos econômicos significativos no futuro.

O debate está longe de terminar, mas o adiamento foi um passo importante para equilibrar as negociações em um cenário que exige alinhamento entre produção e preservação ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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