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Fornecedores do Estado serão classificados quanto a ações de prevenção à corrupção

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A partir da próxima semana, todos os fornecedores do Estado, sejam de serviço ou de produtos, poderão preencher um questionário de análise de riscos em que indicam boas práticas de compliance adotadas. De acordo com as respostas, as empresas serão classificadas quanto ao grau de vulnerabilidade. Será promovido na semana um webinar para explicar como funcionará a ferramenta.

O preenchimento do formulário responde ao procedimento de due diligence, pesquisa e investigação detalhada, que busca identificar e classificar vulnerabilidades que possam acarretar condutas ilícitas. O decreto 11.420/2022 instituiu o due diligence nas contratações no âmbito da Administração Pública (direta e indireta) do Poder Executivo e é uma das ações que compõem o projeto Harpia, da Controladoria Geral do Estado (CGE-PR).

“A implantação do compliance no Estado reduz os riscos de corrupção, mas temos que aplicar o mesmo princípio às pessoas jurídicas que têm relação com a administração pública”, disse o controlador-geral Raul Siqueira. “O gestor poderá escolher entre aquela que dificulta atos ilícitos, por meio de determinadas rotinas, e aquelas que não parecem preocupadas com a integridade e a ética”.

CADASTRO – Atualmente são mais de 50 mil fornecedores inscritos no Cadastro Unificado de Fornecedores, atualizado anualmente. O formulário estará disponível para ser preenchido na renovação do cadastrado ou no cadastramento de novo fornecedor. No documento, os representantes das empresas devem indicar as medidas anticorrupção e de promoção da cultura da ética adotadas. O resultado ficará disponível apenas para os órgãos que contratarão os serviços ou adquirirão os produtos.

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A partir das respostas, o sistema, gerenciado pelo Departamento de Logística para Contratações Públicas, vinculado à Secretaria da Administração e da Previdência, estabelece pontuação de zero a 100. De 80 a 100 o fornecedor recebe o selo verde (risco baixo); de 60 a 80, o selo laranja (risco moderado); pontuação abaixo de 60 recebe o selo vermelho (risco alto).

ANÁLISE – As classificações obtidas a partir do due diligence poderão ser feitas pela Controladoria Geral do Estado (CGE-PR). A pesquisa também será acessada pelos ordenadores de despesa dos órgãos contratantes. Não há obrigatoriedade no preenchimento do formulário, mas o documento poderá ser considerado em processos de dispensa de licitação (contratos diretos entre empresas e Administração Pública em situações específicas e previstas em lei).

Para a secretária da Administração em exercício, Luciana Carla de Azevedo, a aplicação do due diligence amplia os critérios para as contratações públicas. “O sistema que faz a gestão dos fornecedores do Estado é robusto e os fornecedores precisam apresentar uma série de documentos antes do cadastro. Nas licitações, as empresas vencedoras passam por um ‘pente-fino’ antes das assinaturas de contratos. O due diligence reforçará essas verificações, antecipando riscos e garantindo a idoneidade dos processos”, salienta.

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Segundo ela, não é apenas o Estado que se beneficia da novidade. “É um incentivo para que mais empresas adotem práticas de compliance e mostra o compromisso com a transparência e a lisura dos processos. Para a sociedade, é mais uma garantia do compromisso do Governo do Paraná com os recursos públicos”, enfatiza.

CAPACITAÇÃO – Na próxima terça-feira (18), a Secretaria da Administração e da Previdência promove um webinar para explicar como funcionará a ferramenta da due diligence e como o questionário deverá ser preenchido pelos fornecedores. O evento será transmitido no canal do youtube da Escola de Gestão do Paraná, a partir das 9h30.

O webinar é direcionado aos fornecedores do Estado, empresas de serviços e produtos, gestores públicos e servidores estaduais.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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